Os brinquedos são itens que nunca faltam na lista de presentes de Natal das crianças. Por isso, fabricantes e varejistas já estão com seus estoques prontos para atender a demanda que vem dos pequenos consumidores.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq), o Natal e a Semana das Crianças, juntas, representam 65% das vendas no ano. A indústria nacional oferece cerca de 4.700 itens diferentes, boa parte fabricada em material plástico.
O aumento da inflação e os impactos da pandemia que ainda permanecem são os principais desafios para os fabricantes atualmente. No entanto, algumas empresas já buscam se sobressair, atuando de forma direcionada e estratégica.
“Vimos a necessidade de atuar com uma linha que acompanhe o poder de compra da população que está cada vez menor, devido à alta da inflação causada pela pandemia. Ou seja, focamos na fabricação de brinquedos de até R$ 100, e direcionados para a primeira idade”, afirma Walter Flosi Junior, empresário que atua no ramo de brinquedos plásticos.
Segundo o empresário, a pandemia também trouxe maior conscientização e nacionalismo da população, que cada vez mais opta por brinquedos da indústria local em vez dos importados.
Dados da Abrinq mostram que a queda de 49% das importações em 2021 levou fabricantes nacionais, principalmente de brinquedos plásticos e borracha, a registrar crescimento de 21% na produção para suprir o varejo.
Para Mariana Cardoso, integrante do grupo de trabalho do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), o uso do plástico na produção de brinquedos oferece vantagens em relação aos outros materiais, sendo útil tanto para os consumidores como para os fabricantes.
“Os brinquedos plásticos infantis são mais leves, apresentam maior segurança para as crianças, maior durabilidade e praticidade. Além disso, a possibilidade de uso de material reciclado na confecção traz melhor custo-benefício para fabricantes e consumidores”, afirma Cardoso.
Mas é preciso haver conscientização em relação à compra de brinquedos plásticos falsificados, ainda uma realidade muito comum, com maior destaque em datas como o Natal. Além de afetar negativamente a indústria, a pirataria atinge com maior perigo as próprias crianças, que acabam expostas a materiais sem a devida análise, com potenciais riscos à saúde. Somente o Selo INMETRO, órgão responsável pela certificação dos brinquedos no Brasil, assegura que o produto foi testado e está em condições seguras de ser comercializado.
Fonte: Grupo Virta/Assessoria PICPlast