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Por Laercio Gonçalves, presidente da ADIRPLAST

Em um cenário desafiador, marcado por incertezas globais e oscilações nos mercados, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (ADIRPLAST) anunciou um crescimento total expressivo de 13% em 2023 em relação ao ano anterior. Isso representa um total de 279.226 toneladas de plástico, abrangendo uma ampla gama de produtos, desde filmes biorientados até resinas commodities, comercializadas pelas empresas associadas à entidade.

Esse resultado positivo, embora não represente necessariamente o desempenho individual de cada mercado, sinaliza uma melhora consistente no setor de distribuição oficial. A resiliência demonstrada pelas empresas associadas é motivo de otimismo, especialmente considerando os desafios enfrentados em um ambiente global instável.

Um destaque é o crescimento significativo nas vendas de resinas commodities, como polietileno (PE), polipropileno (PP) e poliestireno (PS). Em 2023, essas vendas atingiram a marca de 225.362 toneladas, representando um aumento de 16% em comparação com o ano anterior. Este desempenho foi impulsionado, em parte, pelo impacto das médias de preços praticados no Brasil.

No primeiro trimestre de 2023, o mercado brasileiro enfrentou uma inundação de produtos provenientes da China e dos Estados Unidos, entre eles polietileno e polipropileno. A importação massiva desses produtos resultou em um excedente de oferta, contribuindo para a redução dos preços. É importante destacar que o polietileno dos Estados Unidos registrou uma queda de oito por cento no início do ano, atingindo seu ponto mais baixo em março, com uma redução de preço de vinte e um por cento.

Olhando para o futuro

O ano de 2024 inicia-se com expectativas e desafios. No cenário internacional, conflitos armados impactam mais fortemente a Europa e o Oriente Médio, enquanto o Brasil mantém-se relativamente resiliente. Localmente, esperamos um ano mais promissor para nosso setor.

Ao refletir sobre as perspectivas para 2024, observamos um primeiro trimestre que se apresenta desafiador, especialmente para produtos importados. O Brasil tornou-se um destino para o excedente de estoques da China e dos Estados Unidos, resultando em uma saturação no mercado nacional. As guerras comerciais e eventos como o bloqueio do Canal de Suez contribuíram para as complexidades enfrentadas no primeiro semestre de 2023.

No entanto, mantenho a expectativa de que o primeiro trimestre de 2024 será mais positivo do que o ano anterior. Acredito que as lições aprendidas em 2023 e a resiliência demonstrada pela indústria nos permitirão superar desafios futuros. Reforço também a percepção de que a adaptação e a inovação constante são fundamentais para a sobrevivência nos negócios. Em um mundo dinâmico, é essencial estar preparado para enfrentar mudanças e buscar oportunidades mesmo em meio às adversidades.

No que diz respeito à ADIRPLAST, continuaremos apoiando e fortalecendo a indústria de resinas plásticas no Brasil, promovendo a colaboração entre os membros e impulsionando o desenvolvimento sustentável do nosso setor. Juntos, enfrentaremos os desafios e celebraremos as conquistas, construindo um futuro mais robusto e próspero para todos.

Por Márcio Freitas: jornalista, relações públicas, consultor e escritor

O ano passado testemunhou um recorde de pedidos de recuperação judicial no Brasil, destacando a vulnerabilidade econômica de diversas empresas, incluindo gigantes como a Americanas. O aumento de 70% em relação a 2022, conforme apontado pela Serasa Experian, evidencia os desafios enfrentados por 1405 empresas, sendo 135 grandes companhias e 939 pequenos e médios negócios. A inadimplência, impulsionada pela alta taxa de juros, agravou a situação, levando muitos negócios a buscarem uma saída na recuperação judicial. Nesse contexto, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), introduziu uma abordagem inovadora, incorporando aspectos ESG (ambiental, social e governança) nas transações tributárias a partir de novembro de 2023.

A Portaria 1241/23, tem como foco aumentar a transparência dos critérios de classificação dos créditos passíveis de negociação. Esta medida vai além do tradicional escopo tributário, considerando a função social da empresa e sua contrapartida à sociedade. Trata-se de uma oportunidade para as empresas devedoras negociarem com a União, oferecendo contrapartidas ESG. Essa abordagem alinha os interesses do Estado em avaliar a capacidade de pagamento do contribuinte com a responsabilidade ambiental e social das empresas, destacando uma abordagem mais sistêmica e sustentável na resolução de litígios fiscais.

Observando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas transações, a decisão da PGFN enfatiza o compromisso com a sustentabilidade socioambiental. A celebração de transações tributárias não é mais apenas sobre aliviar a dívida, é uma oportunidade de contribuir para a sociedade. Esta alteração normativa reforça práticas já adotadas pela PGFN, proporcionando maior prazo ou flexibilização às empresas que têm iniciativas com ganhos socioambientais. Esse reconhecimento destaca a crescente importância do ESG na dos negócios, reforçando a ideia de que empresas comprometidas como a governança corporativa e com a responsabilidade socioambiental capturam ganhos que muitas vezes nem pensaram em obter quando apostaram nessa dinâmica de negócios.

Em um primeiro momento, nem Matriz de Materialidade ESG, nem métricas específicas serão usadas para conceder descontos. As empresas interessadas deverão apresentar projetos detalhados explicando como a quantia que seria paga em multa será alocada em áreas ESG específicas. Empresas que operam com impactos ambientais podem propor ações que beneficiem diretamente as comunidades afetadas, seja por meio da criação de espaços verdes ou revitalização de áreas. A iniciativa da PGFN não apenas redefine a abordagem nas transações tributárias, mas também reflete uma crescente conscientização sobre a importância dos negócios estarem atrelados ao ESG. Mesmo com obstáculos e desafios econômicos, a adoção de práticas sustentáveis não é apenas uma escolha ética, mas agora revela uma estratégia inteligente para reestabelecer negócios e contribuir para um futuro mais sustentável.

Não tem como avaliar essa medida da PGFN como negativa, tampouco não há como negar que ela desperta questionamentos. É a chance de empresas transformarem um limão em uma limonada, ou punições em ações de impacto positivo. Entretanto, esta Portaria não contém nenhum dispositivo de sanções claras para o descumprimento das contrapartidas das empresas, o que pode gerar dúvidas sobre a garantia de uma fiscalização à altura da importância.

Na prática, é crucial assegurar um acompanhamento eficaz das medidas ESG, a falta de cumprimento das metas estabelecidas exige uma avaliação cuidadosa sobre a eficácia da medida. O risco de greenwashing é visto pelos especialistas como uma das grandes preocupações, destacando a necessidade de um filtro rigoroso para evitar práticas enganosas. Quem irá fazer, como irá fazer e quando são questões a serem observadas daqui para frente. A proposta da PGFN representa um passo audacioso na interseção ente responsabilidade fiscal e compromisso sustentável, mas será um grande desafio equilibrar a implementação efetiva das contrapartidas ESG com o risco greenwashing, garantindo que o benefício se traduza em ações concretas para o desenvolvimento sustentável.

Resultado divulgado pela S&P Global, uma das três maiores agências de classificação de risco, traz o Grupo Boticário na liderança do ranking de empresas de beleza brasileiras e como a 3ª empresa mais sustentável do mundo na categoria de produtos pessoais pelo Dow Jones Sustainability Index. O índice avalia a performance ESG de empresas e seleciona líderes globais, em comparação com seus pares do setor, por meio da Avaliação Global de Sustentabilidade Corporativa (CSA) abrangendo mais de dez mil empresas em todo o mundo.

Pelo quarto ano consecutivo, o Grupo Boticário vem em uma jornada consistente e, neste ano, atinge a melhor posição da sua história ao ocupar o Top 3 das empresas mais sustentáveis globalmente na categoria de produtos pessoais. A companhia subiu três posições em comparação ao resultado divulgado em 16 de dezembro de 2022, quando ocupava a 6ª posição. A classificação considera a atuação de empresas em temas como Governança Corporativa, Gestão de riscos, Ética nos negócios, Diversidade na cadeia de valor, Segurança da Informação e Privacidade dos dados, Ecoeficiência operacional, Estratégia climática, Sustentabilidade em Produtos e Embalagens, Inovação, Biodiversidade, Direitos humanos, entre outros.

Para Fabiana de Freitas, vice-presidente de Assuntos Corporativos do Grupo Boticário, o resultado histórico da empresa no ranking revela seu profundo comprometimento com as práticas ambientais, sociais e de governança realizadas muito antes do termo ESG se popularizar. "Estamos bastante honrados pelo reconhecimento do Grupo Boticário como a terceira empresa mais sustentável do mundo na categoria de produtos pessoais. Em nossa jornada em prol da sustentabilidade desempenhamos um papel proativo na implementação de ações robustas, com impacto positivo e que refletem, sobretudo, a nossa responsabilidade em fazer o certo e impulsionar mudanças sociais de forma positiva. Acreditamos e valorizamos uma jornada consistente e com propósito para continuarmos inovando e colaborando em direção a um futuro mais sustentável para as gerações que estão por vir", conclui a executiva.

Sustentabilidade em seu DNA

O Grupo Boticário divulgou, em junho deste ano, importantes avanços obtidos por meio de seu Relatório ESG 2022. O documento demonstrou que 97% da energia da operação direta vem de fontes renováveis e que, em solução de resíduos da companhia, o número passou de 32% em 2021 para 37% em 2022. Grande parte dos avanços só foram possíveis com redesenho de processos, como a concepção e fabricação de produtos e embalagens mais sustentáveis, inovação na logística de distribuição, uma comunicação assertiva com consumidores até a etapa pós-consumo, além de parceiros e sellers que compactuam com os valores e parâmetros da companhia, multiplicando estrategicamente os conceitos de ESG.

A companhia conta ainda com um Comitê ESG, composto por uma conselheira independente e profissionais da empresa que assessoram a liderança e o CEO nas tomadas de decisão. A partir do Comitê, criado em 2021, é possível monitorar a estratégia de integração dos aspectos da agenda ESG ao modelo de negócio e liderança, reforçando a característica transversal do tema nas diferentes áreas do Grupo Boticário, a fim de garantir análises de indicadores e resultados sob uma conduta ética, íntegra e envolvendo gestão de riscos.

Mais da metade (65%) separaram lixo para reciclagem com frequência nos últimos

seis meses, aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Os brasileiros têm adotado ações relacionadas à conservação do meio ambiente no dia a dia, embora ainda haja espaço para expansão do consumo sustentável. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 81% adotam hábitos sustentáveis sempre ou na maioria das vezes. Em 2022, eram 74%.

Nos últimos seis meses:

— 73% evitaram desperdício de água sempre e 17% na maioria das vezes, somando 90%;

— 69% evitaram desperdício de energia sempre e 20% na maioria das vezes, somando 89%;

— 50% reduziram a produção de lixo sempre e 28% na maioria das vezes, somando 78%;

— 52% reutilizaram água sempre e 22% na maioria das vezes, somando 74%;

— 47% separaram lixo para reciclagem sempre e 18% na maioria das vezes, somando 65%;

— 45% reutilizaram ou reaproveitaram embalagens de produtos sempre e 25% na maioria das vezes, somando 60%;

— 43% reutilizaram o uso de embalagens sempre e 27% na maioria das vezes, somando 70%;

"Todos temos de fazer a nossa parte: governo, sociedade e setor produtivo juntos, no que cabe a cada um para viabilizar a descarbonização da economia. Temos de entrar em um ciclo virtuoso para impulsionar o país para uma economia mais sustentável e alinhada à conservação do planeta e à promoção do bem-estar social", afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Por outro lado, 62% consideram difícil encontrar produtos sustentáveis em lojas e 45% não verificam se o produto que vão comprar foi produzido de forma ambientalmente sustentável. Os principais entraves para práticas sustentáveis apontados foram falta de campanhas de conscientização (19%), hábitos ruins (15%) e desconhecimento (15%).

Preço dos produtos orgânicos e sem crueldade animal ainda é barreira

O preço mais alto de produtos orgânicos ou que preservam o bem-estar animal ainda é uma barreira para muitos consumidores: 

— 32% compram alimentos orgânicos só se não houver diferença no valor com os não orgânicos;

— considerando dois produtos de origem animal iguais, 33% compram a mercadoria que preserva o bem-estar animal apenas se o preço for o mesmo.

Quem são os brasileiros que reciclam?

O perfil mais comum de quem separa lixo para reciclagem é morador de cidades do interior, mais velhos e com menor escolaridade. Também há variações regionais. Nos últimos seis meses:

— 57% separaram o lixo para reciclagem sempre na região Sudeste, seguido de 55% no Sul, 36% no Nordeste e 32% no Norte/Centro-Oeste;

— 50% separaram o lixo para reciclagem sempre no interior; o indicador cai para 45% nas regiões metropolitanas e 42% nas capitais;

— 56% das pessoas com 60 anos ou mais separaram o lixo sempre; o indicador cai para 52% na faixa de 41 a 59 anos, 44% entre 25 e 40 anos e 34% de 16 a 24 anos;

— 55% das pessoas analfabetas ou com escolaridade no nível de saber ler e escrever separaram sempre o lixo para reciclagem; o indicador cai para 50% para aqueles com ensino fundamental, 45% com ensino médio e 44% com ensino superior.

As maiores dificuldades apontadas para adotar a prática foram falta de costume e esquecer de separar (29%), não haver coleta seletiva na rua, bairro ou cidade (20%) e falta de informação sobre reciclagem ou coleta seletiva (11%).

Metodologia

A pesquisa ouviu 2.021 cidadãos com idade a partir de 16 anos em todas as unidades da Federação. O levantamento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre os dias 18 e 21 de novembro de 2023. A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95% e a soma dos percentuais pode variar de 99% a 101%, devido ao arredondamento.

Setor já pode se credenciar para a maior feira coureiro-calçadista da América Latina

O setor coureiro-calçadista tem um encontro marcado de 12 a 14 de março, das 13 às 20 horas, na Fenac, em Novo Hamburgo/RS, Brasil. Reconhecida como a maior feira do cluster na América Latina, a 47ª Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes) apresentará novidades da produção à logística, incluindo couros e peles, produtos químicos, componentes, máquinas, tecnologia e inovação em um espaço de cerca de 14 mil m², sendo a maior edição dos últimos 10 anos.

Com a expectativa de receber 20 mil visitantes, a 47ª Fimec tem o mote “Inovação, tecnologia e impacto positivo no mundo”, apresentando uma indústria coureiro-calçadista cada vez mais sustentável e atenta ao comportamento do mercado. “O foco das feiras organizadas pela Fenac é a qualificação do público visitante. Buscamos ter corredores tranquilos para circulação e estandes com visitação intensa com profissionais em busca de negócios”, reforça Marcio Jung, diretor-presidente da Fenac.

Uma feira que reúne o mundo

Nesta edição, a expectativa da organização é receber visitantes de mais de 30 países e 25 estados brasileiros, seguindo a forte presença de estrangeiros registrada em 2023. “Na última edição contamos com uma visitação de países como Colômbia, Peru e Equador, que tradicionalmente são grandes visitantes. Esperamos novamente ter a participação maciça desses países nesta que é uma das maiores feiras do mundo e, com certeza, a mais importante do setor na América Latina”, projeta Jung.

A organização ainda destaca que está trabalhando fortemente para que a visitação nacional e, principalmente, a internacional, cresça. “A feira vai ter plenas condições de apresentar não só matérias-primas e componentes, mas muitos equipamentos e máquinas para desenvolver a indústria do couro e do calçado das Américas. Não temos dúvidas de que o lugar do profissional deste setor será nos pavilhões da Fenac visitando a Fimec”, afirma Jung. “Estamos trabalhando para que a Fimec 2024 reúna visitantes qualificados e ofereça o ambiente ideal para que ocorram negócios, além de proporcionar atrações de conhecimento e experiência para que profissionais e empresas do setor coureiro-calçadista cresçam e se transformem”, complementa.

Além de visitantes internacionais, a Fimec 2024 também terá expositores estrangeiros. Neste ano, a feira apresentará cerca de 400 expositores no total, reunindo indústrias de todo o Brasil e 80 empresas estrangeiras vindas da China, Japão, Argentina, Itália, França, Alemanha, Inglaterra e Peru. “Trata-se de um evento internacional que é um importante indutor de negócios para o cluster, contribuindo para um desenvolvimento econômico que impacta todo o Brasil e diferentes países”, pontua Jung.

Fórum CICB de Sustentabilidade aborda “Elos para a Rastreabilidade”

Além de exibir lançamentos, a feira se destaca pelos espaços de experiência e conhecimento. A rastreabilidade do couro bovino brasileiro será o foco do Fórum CICB de Sustentabilidade, que ocorrerá no dia 13 de março, em Novo Hamburgo (RS), dentro da feira Fimec. O evento terá como tema central os “Elos para a Rastreabilidade”, com uma programação de palestras reunindo representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, empresas privadas e entidades da cadeia da carne e do couro. Atividade presencial, no turno da tarde, com inscrições sem custo que serão disponibilizadas em breve.

O Fórum CICB de Sustentabilidade é realizado pelo projeto Brazilian Leather, uma iniciativa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O evento terá tradução simultânea em inglês. Para participar do Fórum, é necessário também fazer o credenciamento para a Fimec.

As apresentações mostrarão ferramentas, soluções e a evolução no campo da rastreabilidade. Do governo federal, dois representantes compartilharão as ações e os projetos de plataformas e regulamentação da identificação de animais e registros públicos da produção. Da iniciativa privada, um curtume apresentará a sua jornada de entrega de couros 100% rastreados, e também haverá uma palestra de tecnologia. A partir das entidades setoriais, serão debatidas perspectivas e metas sobre o tema para os próximos anos.

Fábrica Conceito apresenta produção calçadista em tempo real

Outra atração confirmada é a Fábrica Conceito, um espaço já reconhecido da Fimec, que apresenta a produção de calçados em tempo real através de linhas de produção montadas dentro dos pavilhões da Fenac. No espaço, indústrias calçadistas parceiras produzem calçados em tempo real, demonstrando aos visitantes inovações, tecnologias e máquinas presentes nos estandes da Fimec. Dezenas de fabricantes e fornecedores de matérias-primas, insumos, máquinas, equipamentos e soluções de tecnologia marcam presença no projeto.

Por André Castro: CEO Après21 - Consultor do Sinplast-RS

As perspectivas econômicas revisadas para o ano 2024, indicam um caminho para as previsões do mercado de energia, química e petroquímica. Afinal são variáveis que se entrelaçam no âmbito da indústria de forma geral. A iniciar pela linha de queda do Petróleo desde Outubro /23 até o momento, e seu derivado mais importante no cenário petroquímico, a Nafta. Inúmeras são as projeções do preço do Petróleo, que varia conforme a situação do Dólar Index, que por sua vez oscila vinculado as taxas de juros internacionais e ao desempenho da moeda frente a cesta de moedas no âmbito global. Aliado a isso, o gás opera como energia concorrente, e os projetos ora consideram essa energia como matéria básica para fabricação de petroquímicos, ora desviam por vias alternativas como carvão e químicos para olefinas. Nesse complexo painel de instrumentos, avaliamos as correlações e analisamos os impactos das matérias-primas na indústria convertedora do Plástico.
Sob este ponto vista, fatores irrefutáveis como uma demanda global de plásticos de baixo desempenho em 2023 frente a 2022 (crescimento quase zero em Polietilenos e PVC, e na faixa dos 3% em Polipropilenos) obrigaram as petroquímicas a operar com reduzidas taxas de operação, e margens igualmente apertadas. Contribuindo para a exaustão do folego industrial, taxas de juros elevadas para controlar a inflação, e renda da população limitada no poder de compra. O Excesso de capacidades pesou, trazendo quedas no preços e concorrência acirrada por mercados como o latino-americano, por exemplo.
Se considerarmos o conjunto das projeções econômicas e o histórico de elasticidade com o qual opera o consumo de resinas para a indústria plástica, observa-se expectativas de crescimento na demanda na casa dos 3% -4% para 2024. Isso contribuirá para uma melhora nas taxas de utilização das plantas petroquímicas e da indústria como um todo, na cadeia de materiais, mas de maneira geral não haverá pressão nos preços globais de petroquímicos, apenas flutuações que ocorrem por incidências pontuais, de curto prazo...
O primeiro TRI24 inicia com variações diferentes conforme a região. Na Ásia o 1TRI24 se apresenta com queda na maioria dos materiais, e alguns efeitos se fazem sentir, como: Proximidade do Ano Novo Chinês, que reduz a atividade na região, crises sócio-político econômicas que diminuem a resposta na demanda, e preços tendem a operar entre estáveis e leve queda no período. Na Eurozona, as dificuldades energéticas do deste 1TRI24 podem pressionar preços de resinas e básicos, dependendo do rigor climático e guerra Ucrânia x Rússia, sem estes fatores a tendência é de leve queda nos preços. Nas Américas, o pouso suave da economia americana, e a contribuição do leve crescimento de mercados como México, Brasil, Colômbia, Perú, e ainda as expectativas de Argentina, tendem a manter uma demanda mais favorável, permitindo alguma pressão nos preços locais, na busca de recuperação de margens.
Todas estas premissas alcançam o horizonte do 1TRI24, considerando que as seguintes variáveis podem alterar esse comportamento rapidamente:

André Castro

No dia 31 de dezembro, ocorreu a 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo. Durante a ocasião, o Movimento Plástico Transforma realizou a ação de coleta dos copos plásticos de água utilizados pelos participantes. Essa foi a quarta edição da iniciativa, que contou com parcerias da Fundação Cásper Líbero e da Yescom.

Ao longo dos 15 km do percurso da corrida, foram distribuídos aos participantes cerca de 500 mil copos plásticos. Após o consumo da água, esses copos foram descartados nas vias. Uma equipe contratada pelo Movimento coletou as embalagens, que foram transportadas até a cooperativa de catadores, YouGreen, onde foram beneficiados com a retirada do lacre de alumínio. Posteriormente, os copos foram levados para a Plastimil, onde ocorreu a fabricação da resina reciclada. Finalizando o processo, a matéria-prima reciclada foi transformada em novos produtos, que foram doados e retornaram à sociedade.

Com essa ação, o evento almejou atingir resíduo zero de material plástico, garantindo que nenhum copo chegasse aos aterros sanitários. Um dos objetivos da iniciativa foi promover a destinação adequada dos resíduos plásticos gerados durante o evento, além de conscientizar o público sobre a importância da reciclagem e da economia circular.

A corrida reuniu 35 mil participantes, e, nesse contexto, o fornecimento de água foi essencial para a hidratação dos atletas, e a embalagem plástica se mostrou a mais apropriada para que os corredores ingerissem o líquido de forma rápida e segura. Além disso, esse tipo de material demonstrou ser bastante versátil, facilitando a possibilidade de sua transformação em uma ampla variedade de itens.

"Com essa ação temos o intuito de trazer consciência a sociedade quanto aos benefícios provenientes da reciclagem, que se torna mais efetiva quando todos colaboram por meio da realização do descarte correto de resíduos. A partir do recolhimento deste material será possível retorná-los à sociedade com outras utilidades, e ao mesmo tempo colaborar com a preservação do meio ambiente", explica Mariana Cardoso, membro do grupo técnico do Movimento Plástico Transforma.

O Grupo HEINEKEN no Brasil está adotando uma abordagem mais sustentável para a embalagem da marca Amstel em todo o país. Introduzindo embalagens Shrink PCR, compostas por 30% de polietileno reciclado pós-consumo, a iniciativa visa à redução das emissões de CO2 em 39 toneladas anualmente. Essa mudança faz parte do compromisso da HEINEKEN em atingir 100% de circularidade do plástico em suas operações, evidenciando a colaboração entre a empresa, a Dow e a Lord.

Em 2022, o Grupo HEINEKEN implementou o uso do material em suas embalagens secundárias da marca Devassa, que foi a primeira a utilizar o material mais sustentável para distribuição em todos os pontos de venda. A substituição permitiu a redução de 777 toneladas de plástico das embalagens da marca em 12 meses, distribuída majoritariamente na região Nordeste do país.

“A experiência inicial com a marca Devassa nos deu ainda mais estímulo para expandir os esforços para outras marcas do portfólio, como Amstel com crescimento expressivo e que tem ganhado cada vez mais reconhecimento do consumidor. Estamos seguros de que ao implementar essa solução para a marca Devassa e agora para Amstel, estamos adotando um modelo circular, que além de reduzir a quantidade de plástico no meio ambiente contribui para uma gestão eficiente de resíduos sólidos em nosso ecossistema”, afirma Ornella Vilardo, diretora de Sustentabilidade do Grupo HEINEKEN.

Segundo dados do relatório "The Global Waste Management Outlook" (2022), da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), as embalagens são um dos principais componentes do lixo urbano. Elas são responsáveis por cerca de 20% do volume total de resíduos sólidos gerados no mundo. 

Para combater esse problema em sua cadeia de distribuição, o Grupo HEINEKEN assumiu o compromisso de promover 100% de circularidade das suas embalagens no ON Trade – bares, restaurantes e estabelecimentos de consumo imediato – até 2025. Para a redução de embalagens plásticas a meta é ainda mais ambiciosa, visa atingir 100% de circularidade de embalagens plásticas também no OFF Trade – supermercados, lojas de conveniência etc. 

"Uma vez mais,  temos um trabalho em colaboração com a cadeia de valor trazendo avanços em requisitos de sustentabilidade nas embalagens, permitindo que a reciclagem ocupe um espaço cada vez mais relevante nesse mercado sem abrir mão de qualidade e da entrega técnica também tão importantes em embalagens termoencolhíveis.  Contar com parceiros como a Heineken e a Lord, que estão comprometidos em colocar na prática estas soluções, fez toda a diferença para que esse notável caso de sucesso pudesse se concretizar e chegar  às mãos dos consumidores.", relata Letícia Vanzetto, Gerente de Desenvolvimento de Mercado, Embalagens e Plásticos Especiais.

O índice de reciclagem é um indicador importante para avaliar o compromisso de um país com o meio ambiente. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste se destacaram na última pesquisa divulgada pelo PICPlast (Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico), que apresenta o Índice de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-consumo no Brasil, iniciativa criada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e pela Braskem.

O estudo mostra que o Sul reciclou 46,1% e continua sendo a região que mais expandiu sua capacidade produtiva, com um crescimento de 10,6% de 2018 a 2022. A Termotécnica, por exemplo, maior transformadora de EPS da América Latina, sediada em Joinville, Santa Catarina, recicla um terço do EPS pós-consumo do Brasil, o que equivale a 48 milhões de quilos de poliestireno expandido coletados e transformados em novos produtos.

"Nossa abordagem ambiental traz a circularidade na prática, incluindo uma visão integrada desde a concepção de produtos, eficiência operacional, passando por logística reversa e reciclagem e indo até novas cadeias produtivas, fechando o ciclo da economia circular. Pensando na cadeia logística como um todo, dar uma nova vida às embalagens pós-consumo, transformando-as em produtos nobres, atende à demanda da sociedade por uma atuação responsável das empresas em termos de sustentabilidade", conta Albano Schmidt, presidente da Termotécnica.

Ainda no Sul, na cidade de Maringá, a CIMFLEX transforma embalagens de pós-consumo agrícolas, de óleos lubrificantes, utensílios domésticos e tubos de PEAD em produtos para construção civil e infraestrutura. Ricardo Hajaj, Diretor Executivo da empresa, conta que desde que foi fundada em 2004, até hoje, já reciclou mais de 100.000 mil toneladas de resíduos pós-consumo.

Na região Sudeste, a pesquisa do PICPlast indica que 28,0% dos resíduos são reciclados, representando um aumento de 4,6%, um dos maiores índices desde 2018. Esse índice é seguido pelo Nordeste, que apresenta 16,3%, pelo Centro-Oeste, com 11,3%, e, por fim, a região Norte, que registrou 4,9%.

Esse é o resultado da atuação de empresas como a Lar Plástico, localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, que processa mensalmente mais de 1.200 toneladas de resíduos, transformando-os em paletes, caixas plásticas organizadoras, cestos para lixo, mesas e vasos em polietileno produzidos com resina 100% reciclada.

Leonardo Marino, CEO da Lar Plástico, destaca que a missão da empresa é impulsionar a economia circular e o desenvolvimento sustentável por meio da transformação do plástico. "Recebemos plástico pós-consumo e pós-industrial que, de outra forma, seria descartado em lixões e aterros. Integramos esses resíduos na cadeia produtiva, promovendo a circularidade do material. Desenvolvemos resina 100% reciclada de alta performance em laboratório próprio, seguindo as normas das principais petroquímicas, e 95% de nossa produção ocorre por meio de injeção e rotomoldagem de plástico PCR, resultando em uma solução pronta para a indústria que contribui para o alcance das metas de sustentabilidade", comenta.
 

O estudo revela que o país alcançou um índice de recuperação mecânica do plástico de 30,1%, uma taxa de reciclagem de embalagens de 28,7%, e uma reciclagem mecânica de descartáveis de 13,1%. Esses números indicam que a maior parte dos resíduos foi descartada de maneira apropriada, reduzindo os impactos negativos no meio ambiente. No total, a quantidade de resíduos consumidos na reciclagem em 2022 foi de 1.722 toneladas.

A Plastic Bank celebra a conquista de um feito global ao alcançar a marca de 100 milhões de quilos de plástico recolhidos. No Brasil, mais de 5 milhões de quilos foram coletados em comunidades no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. A empresa social canadense revela que atingiu o marco de mais de 100 milhões de quilos de plásticos resgatados, impedindo assim danos ao meio ambiente e contribuindo para mitigar a crise da poluição plástica. Essa quantidade equivale a 5 bilhões de garrafas de plástico de 500 ml.

Este avanço representa um passo significativo nos esforços do Plastic Bank para combater a poluição ambiental. No momento, a organização conta com 35 comunidades de coleta no Brasil, distribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Essas comunidades desempenharam um papel crucial, contribuindo com mais de 5% para atingir o marco global de 100 milhões de quilos.

No território brasileiro, foram recolhidas mais de 250 milhões de garrafas plásticas ao longo de quatro anos de operações. Dos mais de 40 mil membros envolvidos na coleta, 4.135 são brasileiros. Esses participantes não apenas colaboram para a preservação do meio ambiente, mas também combatem a pobreza, trocando resíduos plásticos por uma fonte de renda estável e benefícios que melhoram suas condições de vida.

David Katz, o visionário fundador e presidente do Plastic Bank, declarou: "Isso não é apenas um sonho; é uma conquista notável de nossas comunidades de reciclagem que coletaram cada peça manualmente, abrindo, com isso, seus próprios caminhos para sair da pobreza". Acrescentou: "estamos em uma encruzilhada. Podemos continuar pelo caminho do consumismo ou podemos embarcar em uma jornada profunda de regeneração".

"O marco alcançado não se trata apenas de plástico; trata-se do que a humanidade pode realizar quando unida por um propósito comum", relatou Katz, atribuindo o sucesso às comunidades de reciclagem, parceiros, indivíduos e colaboradores da Plastic Bank. Ele concluiu: "estamos convidando o mundo a se juntar a nós para reescrever o destino de nosso planeta, criando um mundo onde cada transação nos capacita a regenerar recursos, rejuvenescer o meio ambiente e libertar as comunidades de reciclagem do domínio da pobreza".

Desde sua origem, o movimento de reciclagem social do Plastic Bank se expandiu para mais de 550 comunidades em todo o Sudeste Asiático, América Latina e África.

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