A B4, primeira bolsa de carbono do Brasil, lançada em agosto, pretende facilitar o comércio de créditos de carbono, estimando movimentar cerca de R$12 bilhões em seu primeiro ano. Ela usa tecnologia Blockchain para garantir a transparência e evitar duplicações de créditos.
A iniciativa surge em meio a debates sobre emissões de gases de efeito estufa e a regulamentação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Com a regulação, empresas precisarão medir suas emissões e, portanto, a B4 vê potencial para atrair investimentos em projetos sustentáveis. Ela se destaca no mercado voluntário de crédito de carbono e espera contribuir significativamente para a sustentabilidade global.
"A B4 surge exatamente com o propósito de atuar como uma facilitadora neste mercado de crédito de carbono, que é extremamente valioso e está crescendo com muita força, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Nossa expectativa é de que a empresa movimente até R$ 12 bilhões em crédito de carbono no primeiro ano. Por isso, a regulação nacional deste mercado é muito importante para nós e também para todas as empresas e órgãos realmente preocupados com a sustentabilidade global", concluiu Odair Rodrigues, fundador da empresa.
A Braskem, líder de mercado e pioneira na produção de biopolímeros em escala industrial, recebeu a Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono (ISCC Plus, na sigla em inglês) para uso de matérias-primas circulares e/ou renováveis na produção de resinas e químicos em suas unidades industriais do Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.
A partir de agora, essas plantas poderão utilizar matérias-primas alternativas em seus processos produtivos. Entre essas possibilidades de insumos está o óleo de pirólise ou óleo circular –produzido a partir da pirólise,processo químico que quebra as moléculas dos resíduos plásticos a partir do calor –que será utilizado como matéria-prima circular nas plantas da Braskem para produção de novos químicos e polímeros.
A conquista da certificação integra os esforços da Braskem pela eliminação de resíduos plásticos. A companhia ampliará seu portfólio de produtos reciclados para incluir 300 mil toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado até 2025 e 1 milhão de toneladas desses produtos até 2030. Pretende, também neste prazo, eliminar 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos que seriam enviados para incineração, aterros, ou depositados no meio ambiente. Além das plantas situadas em Camaçari, o escritório na Filadélfia, nos Estados Unidos, e a planta de químicos intermediários em São Paulo também foram certificados pela primeira vez.
O documento também representa a continuidade e expansão da permissão concedida à Braskem para avançar na produção e venda dos produtos industriais a partir de matéria-prima circular. Em 2021, as unidades no Polo Petroquímico do Grande ABC, no estado de São Paulo, e no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, também passaram pelas auditorias e mantiveram seus certificados.
“A partir dessa chancela é possível atribuir conteúdo renovável ou circular para qualquer produto oriundo dessas unidades e que sejam produzidos a partir de matérias-primas não convencionais”, explica Luiz Falcon, responsável pela plataforma de Reciclagem da Braskem. “Anteriormente, a necessidade era focada na cana-de-açúcar por conta do PE (polietileno) e EVA (Etileno Acetato de Vinila). Agora, por meio dessa expansão da certificação, será possível incluir na lista de processos outros tipos de matérias-primas, como as circulares, que serão transformados em novas resinas ou químicos”.
Outra conquista importante para a Braskem foi a certificação ICSS Plus para a produção da Cera I’m green™ bio-based, que é desenvolvida a partir do polietileno (PE) renovável. “Com a certificação garantimos que a fonte utilizada no produto é de origem renovável, zelando assim pela transparência e responsabilidade, além do compromisso com a sustentabilidade para nossos parceiros e clientes”, diz Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis e Especialidades da Braskem.
A conquista da certificação ISCC Plus está alinhada com a estratégia de diversificação de matéria-prima renovável da Braskem e os macro objetivos da empresa para ampliar o conceito de economia circular na cadeia do plástico e se tornar uma empresa carbono neutro até 2050.
Fonte: Moglia Comunicação