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Ressaltando o impacto da continuidade da política da desoneração na folha de pagamentos para as indústrias da cadeia produtiva do calçado, a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) comemorou o anúncio da retirada do trecho da Medida Provisória que previa a reoneração da folha a partir de abril.
 

Segundo a superintendente da entidade, Silvana Dilly, a retirada do trecho por parte do Governo Federal sinaliza a abertura ao diálogo com o Congresso Nacional, já que a reoneração será, agora, enviada para as casas parlamentares por meio de Projeto de Lei. "Muito embora o projeto já houvesse sido aprovado por duas vezes no Congresso Nacional, sendo uma derrubada de veto presidencial, inclusive com votos da base do Governo, a continuidade das discussões é um sinal importante. A tendência é de que, mais uma vez, a reoneração seja barrada. Foi um dia de vitória para a cadeia produtiva do calçado, que por meio da continuidade da política de desoneração poderá preservar, pelo menos, 30 mil empregos nos próximos anos", comenta a dirigente, ressaltando que o impacto na indústria de componentes para calçados acontece pelo fortalecimento das produtoras de calçados em um "período ainda delicado no cenário nacional e internacional".
 

Entenda
A desoneração da folha de pagamento está em vigor desde 2011 e, atualmente, beneficia 17 setores da economia que mais empregam no País, entre eles o calçadista. Atualmente, as empresas dos setores contemplados podem substituir o pagamento de 20% de contribuição previdenciária sobre os salários dos funcionários por uma alíquota que vai de 1% a 4,5% sobre a receita bruta - no caso do setor calçadista, o pagamento é de 1,5%. No entanto, em função da MP, o mecanismo fica válido até abril, quando iniciaria uma "reoneração gradual" dos setores contemplados.

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que as exportações do setor geraram US$ 253 milhões no período de janeiro a julho deste ano. O valor é 20% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado. No comparativo com os respectivos períodos de 2019 e 2020, os números apontam crescimento de 18% e 37%, respectivamente, o que demonstra uma plena recuperação das perdas provocadas pela pandemia de Covid-19. 

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que os dados apontam para o aquecimento da demanda global por calçados, o que reflete no maior volume de compras de materiais dos países produtores. “Também existe uma influência do encarecimento dos fretes e as dificuldades de abastecimento com materiais da Ásia, o que faz com que países próximos geograficamente comprem mais do Brasil, já que temos o maior parque produtivo do Ocidente”, avalia. 

O principal destino dos componentes brasileiros no período foi a Argentina, para onde foram embarcados o equivalente a US$ 56,3 milhões, 51% mais do que no mesmo período de 2021. O segundo destino foi a China, com US$ 53,76 milhões e incremento de 1% ante o mesmo intervalo do ano passado. No terceiro posto aparece Portugal, que importou o equivalente a US$ 31,56 milhões em componentes brasileiros. O número é 52% superior ao registrado no período correspondente de 2021. 

RS é o maior exportador

O maior exportador do Brasil, no setor de componentes, segue sendo o Rio Grande do Sul. Entre janeiro e julho, partiram das fábricas gaúchas o equivalente a US$ 137 milhões, 11% mais do que no mesmo ínterim do ano passado. 

O segundo exportador do Brasil foi São Paulo. Nos primeiros sete meses do ano, partiram das fábricas paulistas o equivalente a US$ 27,76 milhões, 34% mais do que no mesmo período de 2021. 

Na terceira e quarta posições entre os exportadores do setor, apareceram a Bahia (US$ 22,2 milhões e alta de 58% sobre 2021) e o Ceará (US$ 16 milhões e alta de 53%).

Materiais exportados

Componentes para calçados são todos os materiais utilizados na confecção do produto, desde solas, saltos, palmilhas, cabedais, produtos químicos etc. Entre janeiro e julho, o componente mais exportado pelo Brasil foi Químicos para couro, o que gerou US$ 114,6 milhões, 10% mais do que no mesmo período do ano passado. 

Nos sete meses, o segundo produto exportado foi Cabedais, com US$ 70,55 milhões, incremento de 22% sobre o mesmo período de 2021. Na sequência apareceram Químicos para calçados/adesivos (US$ 27,34 milhões e alta de 28% ante 2021), Solados (US$ 17 milhões e alta de 56% ante 2021) e Laminados sintéticos (US$ 10,47 milhões e alta de 27% ante 2021).

O momento segue positivo para as exportações de componentes para couro, calçados e artefatos. Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, entre janeiro e maio, as exportações do setor somaram US$ 175 milhões, 21% mais do que no mesmo período do ano passado. Segregando apenas o mês de maio, os embarques de componentes somaram US$ 37,38 milhões, 33% mais do que no mesmo ínterim de 2021.

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, ressalta que segue o movimento de incremento dos embarques, especialmente para os países da América Latina, que sofrem com os altos custos dos fretes da China. “Dos oito principais destinos das exportações, cinco são da América Latina. Os países também registraram um incremento médio superior aos registros medianos (32% contra 21%)”, avalia. 

Além disso, o gestor destaca o aumento dos embarques para os Emirados Árabes Unidos (EAU) e para a República Dominicana, resultados de ações realizadas no primeiro semestre. “As exportações para os EAU aumentaram 98% (para US$ 947,2 mil) e para a República Dominicana 43% (para US$ 468 mil). Ambas são resultantes de negociações que ocorreram durante o INSPIRAMAIS, em janeiro, e na APLF (feira ocorrida em Dubai), em abril”, conta.

Destinos

Mesmo com crescimento abaixo da média geral, a China segue sendo o principal destino dos produtos brasileiros, com foco em químicos para tratamento de couros. Entre janeiro e maio, as exportações para lá registraram US$ 39,88 milhões, 11% mais do que no mesmo intervalo do ano passado. 

O segundo principal comprador do período foi a Argentina, que importou o equivalente a US$ 39,2 milhões em componentes brasileiros, 60% mais do que nos cinco primeiros meses de 2021. 

O terceiro destino dos cinco meses foi Portugal, para onde foram enviados o equivalente a US$ 24,3 milhões, incremento de 49% ante o mesmo período do ano passado. 

Estados

O principal estado exportador de componentes nos cinco primeiros meses de 2022 foi o Rio Grande do Sul. No período, partiram das fábricas gaúchas o equivalente a US$ 100,5 milhões, 17% mais do que no mesmo intervalo de 2021. 

O segundo exportador do período foi São Paulo, que somou mais de US$ 17,88 milhões, 31% mais do que no ínterim correspondente do ano passado.

O terceiro maior exportador dos cinco meses foi a Bahia. De janeiro a maio, partiram das fábricas baianas o equivalente a US$ 16 milhões, 72% mais do que no mesmo intervalo de 2021. 

Materiais

Nos cinco primeiros meses do ano, o principal material exportado pelo setor foi Químicos para couros, com crescimento de 9% (para US$ 80,85 milhões). Na sequência, apareceram os segmentos de Cabedais, com crescimento de 24% (para US$ 48 milhões); Químicos para calçados - adesivos, também com incremento de 24% (para US$ 18,3 milhões); Solados (US$ 12 milhões e crescimento de 66%); Laminados Sintéticos (para US$ 6,77 milhões e crescimento de 26%); e Palmilhas (US$ 355 mil e crescimento de 27%).

 A 45ª Fimec, que ocorreu em março de 2022, segue rendendo resultados e ações importantes. Na tarde de segunda-feira, 11 de abril, Fenac, IBTeC (Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos) e Coelho Assessoria Empresarial fizeram a entrega oficial dos pares produzidos durante a Fábrica Conceito para diferentes entidades assistenciais da região. Ao todo, foram produzidos mais de 1.650 pares de calçados durante três dias de evento, por meio do projeto Fábrica Conceito, que tem como objetivo apresentar uma produção calçadista real em plena feira.

“A Fábrica Conceito vem cumprindo um papel extremamente relevante na Fimec. Não importa o tamanho do fabricante, quando ele vê o maquinário, processo e matéria-prima ele se sente mais seguro para fazer um investimento de melhoria na sua fábrica. Por si, isso já é excelente. Outro mote muito importante é a busca por colocar nesta vitrine profissionais que não estejam no mercado de trabalho, dando a oportunidade de uma possível recolocação - que de fato, acontece - e os alunos do SENAI que já aproveitam o evento para aplicar o que estão aprendendo. Tão importante quanto é este momento que estamos vivendo hoje, quando estamos destinando esses calçados para entidades assistenciais e Prefeitura que irão fazer o uso da melhor forma”, destaca o diretor-presidente da Fenac, Marcio Jung.

As doações foram divididas entre as três instituições que fazem a Fábrica Conceito. Fenac fez a doação de mais de 500 pares para a Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social. A Prefeita, Fátima Daudt, aproveitou o momento para celebrar o cenário atual, o acontecimento da Loucura por Sapatos e agradecer pela entrega. “Estamos vivendo novos tempos. E é neste novo cenário que estamos colhendo esse resultado tão bonito da Fimec, uma doação importante e especial para nossa cidade”, ressaltou.

O IBTeC repassará um total de 300 pares para as três entidades que vêm sendo beneficiadas por esta doação nos últimos anos: Lar São Vicente e Paula, AMO Criança e Horta Comunitária Joanna de Ângelis. A doação dos calçados produzidos na Fábrica Conceito é uma das ações do Instituto na área de responsabilidade social. O presidente da instituição, Paulo Griebeler, salienta que “as ações na área social são um dos pilares do Instituto como forma de dar retorno à comunidade onde a instituição está inserida”.

A Coelho Assessoria Empresarial fará doação de mais de 500 pares para as instituições Kinder Centro de Integração da Criança Especial, Associação dos Deficientes Visuais (ADEVIS), Centro de Atenção Urbana à Dependência Química (CAUDEQ), Fundação Mokiti Okada, Paróquia Nossa Senhora Fátima e Liga Feminina de Combate ao Câncer (Ivoti), Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE NH) e Casa Dom Bosco. “Fazer a Fábrica Conceito é realizador. Mas sem dúvida, o momento mais feliz é este que estamos vivendo agora. É quando percebemos que fazemos a diferença, contribuindo para melhorar a vida das pessoas”, pontuou Luís Coelho, diretor da Coelho Assessoria Empresarial.

Sobre a Fábrica Conceito

A Fábrica Conceito é um projeto realizado durante a Fimec. Única no mundo, a iniciativa apresenta ao visitante da feira a produção de calçados em tempo real, com o objetivo de gerar uma experiência exclusiva ao visitante: a de acompanhar a mão de obra e todas as tecnologias e materiais aplicados na produção calçadista. Os responsáveis pelo projeto são Fenac, IBTeC (Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos) e Coelho Assessoria Empresarial. Nesta edição, foram três linhas produtivas fabricando modelos de calçados das marcas Paquetá e Arezzo. Dentre as linhas de produção, uma foi composta por alunos do SENAI, demonstrando o alto nível da formação recebida no Instituto de Tecnologia do Calçado Senai de Novo Hamburgo.

Sempre atenta às novidades do mercado e necessidades de seus clientes, a Bebecê, uma das principais marcas de calçados do país, acaba de investir em uma linha totalmente ecológica que alia design e sustentabilidade, numa proposta que já é conhecida pela marca há muitos anos: o consumo consciente e a preservação ambiental.

Reconhecida pela produção de calçados sem uso de matéria prima de origem animal, a Bebecê criou a nova linha b/Green que utiliza mais de 90% de materiais sustentáveis, especialmente garrafas pets (plásticas), principal ativo da malha REPREVE, fibra eco friendly fabricada pela Unifi, empresa americana líder global em soluções têxteis. O processo de fabricação da fibra faz compensações usando petróleo novo, emitindo menos gases de efeito estufa e economizando água e energia no processo.

“Criamos a b/Green para reforçar nosso compromisso com o meio ambiente, que é uma pauta fundamental para nós. Queremos oferecer mais opções para quem já se preocupa em adquirir produtos sustentáveis ou ecológicos, mas também para apresentar aos que ainda não tem o hábito da compra consciente como é possível ter itens bonitos e com valores acessíveis, além de ajudar a salvar o planeta”, explica Renata Moraes, diretora de branding da Bebecê e criadora do projeto b/Green.

A executiva acrescenta que a nova marca utiliza materiais recicláveis, orgânicos e renováveis para ajudar a proteger o futuro do setor calçadista brasileiro. Dessa forma, a empresa gera novas possibilidades para reduzir o impacto de gás carbônico no meio ambiente.

A nova linha é composta de quatro modelos de calçados: tênis (malha knit, R$219,90, utiliza 24 garrafas pet) e (caixa alta – R$ 219,90, utiliza uma garrafa pet), chinelo slide (R$ 139,90, utiliza 1,3 garrafas pet) e sandália espadrille (R$ 139,90 utiliza 4,25 garrafas pet). A quantidade de garrafa pet utilizada em cada modelo refere-se ao par.

O cabedal dos produtos, feitos de malha REPREVE, são fabricados em fibra poliéster produzida a partir de garrafas PET recicladas; a espuma, reduz a zero os resíduos na fabricação e utiliza fontes de energia renovável; o solado conta com uma composição de PVC e fibras de bambu; os cadarços são produzidos com poliéster reciclável, proveniente de resíduos de garrafa pet, assim como o forro que é antibactericida; as etiquetas são de fibra de retalhos de tecidos e fios de garrafa pet; o salto é de fibra  natural e os tecidos são algodão natural, sem tingimento e tecido gorgorão com fios reciclados. Todos os fornecedores de matéria prima são certificados.

Junto com a Calçados Beira Rio, fabricante brasileira de calçados, a Covestro está desenvolvendo sapatos conceito que combinam design pioneiro com soluções de materiais inovadoras e mais sustentáveis. Um sapato feminino elegante e um sapato casual confortável são usados como exemplos para ilustrar a variedade de possibilidades - da parte superior ao forro, do solado ao salto. O resultado é uma solução geral mais sustentável com desempenho superior e muitas possibilidades de design.

Ambos os sapatos apresentam produtos Covestro derivados de matérias-primas alternativas, como CO2, biomassa e resíduos de plástico. Estes são um recurso valioso, pois fornecem carbono que pode ser utilizado de forma benéfica em uma economia circular, em vez de serem lançados na atmosfera como gás residual. A Covestro é pioneira no uso dessas matérias-primas para reduzir sua dependência de materiais fósseis e aumentar a sustentabilidade da cadeia de valor.

Caminhando com tecnologia CO2

Um exemplo é o forro superior e interno dos dois sapatos. A base é uma espuma macia que garante um bom ajuste e passos confortáveis. Aqui, foi usado um produto precursor que contém até 20 por cento de dióxido de carbono e é comercializado pela Covestro sob o nome de cardyon®. O CO2 substitui algumas das matérias-primas fósseis usadas anteriormente, mas não compromete as propriedades favoráveis da espuma produzida convencionalmente.

Dois tipos diferentes de poliuretano termoplástico (TPU) são encontrados nas solas externas de ambos os sapatos femininos. Um deles também é baseado em cardyon®; enquanto no outro, até 60% do teor de carbono é derivado de biomassa. Como resultado, os dois produtos têm uma pegada de CO2 menor do que o TPU de base fóssil e ajudam a fechar o ciclo do carbono.

Salto alto feito de plástico reciclado

A Covestro também está se concentrando na recuperação de resíduos de plástico como parte de seu programa estratégico para apoiar a economia circular e está trabalhando com parceiros para desenvolver novos ciclos de agregação de valor para alcançar isso. Por exemplo, produtos de policarbonato usados são triturados, limpos, possivelmente misturados com plástico novo e reutilizados como Makrolon® reciclado. Nos sapatos femininos, isso confere resistência duradoura à palmilha e ao salto.

Sem solventes

Fabricantes de calçados como a Beira Rio querem oferecer produtos mais sustentáveis em benefício de seus clientes, mas também querem melhorar as condições de higiene na produção. É por isso que eles dependem cada vez mais de matérias-primas à base de água, que emitem significativamente menos componentes orgânicos voláteis (VOCs) do que as substâncias à base de solventes usadas no passado.

A tecnologia INSQIN® é utilizada no forro, cano e salto do sapato feminino, bem como no cano em laminado sintético do calçado casual. Esta tecnologia é baseada em matérias-primas de poliuretano base água e foi desenvolvida especificamente para um revestimento têxtil mais sustentável. Os adesivos aquosos com a dispersão de poliuretano Dispercoll® U fornecem a resistência necessária na sola superior e externa de ambos os sapatos.

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