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A Braskem expandirá sua capacidade de produção de eteno verde, matéria-prima produzida a partir do etanol da cana-de-açúcar e utilizada para a produção de resinas renováveis que capturam CO2 da atmosfera, um dos gases causadores do efeito estufa. A unidade industrial desse produto fica em Triunfo, no Rio Grande do Sul, e a capacidade atual, de 200 mil toneladas por ano, passará para 260 mil toneladas anuais. O projeto de expansão iniciará ainda em 2021, está orçado em US$ 61 milhões e deve ser finalizado no quarto trimestre de 2022.

“A expansão da capacidade de produção de biopolímeros é reflexo do crescimento na demanda da sociedade e dos nossos parceiros por produtos sustentáveis, que tem aumentado consideravelmente nos últimos anos.  Esta iniciativa também reforça nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, que anda lado a lado com os valores da cadeia em que estamos inseridos e de nossos clientes. Esse aumento na capacidade de produção de nossa unidade industrial tem como objetivo manter a Braskem na liderança do mercado de biopolímeros”, explica Marco Jansen, responsável global por biopolímeros na Braskem.

Os estudos da Braskem para produção dos biopolímeros produzidos a partir da cana-de-açúcar começaram em 2007, no Centro de Tecnologia e Inovação do Polo Petroquímico de Triunfo (RS), o maior e mais moderno complexo de pesquisa do setor na América Latina. A empresa investiu US$ 290 milhões na construção da unidade industrial e, em 2010, apresentou ao mercado o primeiro polietileno (PE) de origem renovável a ser produzido em escala industrial no mundo, representado hoje pela marca I’m greenTM bio-based.

Nos últimos anos a Braskem ampliou a produção com a oferta de novas soluções renováveis, como o EVA I’m greenTM bio-based, resina utilizada em setores como automobilístico e calçadista, entre outros. Em 2020, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) da ONU e a Rede Brasil do Pacto Global reconheceram a marca I’m greenTM como um dos casos mais transformadores em desenvolvimento sustentável no Brasil. No ano passado, durante o Financial Outlook & Sustainability Forum, a marca também recebeu o prêmio Sustainability Awards como melhor iniciativa sustentável. A iniciativa foi promovida pela publicação norte-americanaChemical Week e avaliou cerca de 75 projetos entre os mais inovadores do setor químico e petroquímico.

O empenho em criar soluções a partir da cana-de-açúcar na Braskem está diretamente relacionado à estratégia de sustentabilidade da empresa, que segue investindo cada vez mais em produtos desenvolvidos a partir de matéria-prima de origem renovável. Hoje, o portfólio de resinas renováveis é exportado para mais de 30 países e já é utilizado em produtos de mais de 250 grandes marcas, como Allbirds, DUO UK, Grupo Boticário, Join The Pipe, Johnson&Johnson, Natura & Co, Nissin, Shiseido e Tetra Pak.

“Não é mais possível pensar em um modelo de negócio que não considere processos produtivos com menor impacto ambiental e práticas de economia circular. O mundo tem inúmeros desafios pela frente, como as mudanças climáticas e a disponibilidade de recursos naturais como a água. Sendo parte importante no desenvolvimento econômico de vários setores da economia, a Braskem se coloca como corresponsável para ajudar o mercado a caminhar na direção certa”, complementa Jansen.

O polietileno renovável da Braskem mantém a mesma qualidade e versatilidade do produto de origem fóssil, mas com a vantagem de capturar, ao longo de sua cadeia de produção, até 3,09 toneladas de gás carbônico por cada tonelada produzida. Na produção de EVA renovável a captura é de até 2,1 toneladas de COpor tonelada produzida. No caso do polietileno, como o produto é fabricado pela Braskem há 10 anos, a estimativa é que a solução tenha evitado a emissão de 5,54 milhões de toneladas* de CO2 neste período.

A expansão da capacidade de produção de biopolímeros vai representar uma redução de 185 mil toneladas de CO2 na meta da Braskem de se tornar uma empresa carbono neutro até 2050. “A neutralização de carbono é um dos caminhos mais viáveis para minimizar os impactos das mudanças climáticas. Nesse sentido, aumentar a nossa produção de plástico feito a partir da cana-de-açúcar trará ganhos significativos para nós e para nossos clientes mundo a fora em questões relacionadas à sustentabilidade”, diz Jansen. O executivo também afirma que todas as etapas para o processo de expansão da capacidade de produção de eteno verde da Braskem serão realizadas sem interrupção da produção atual, atendendo normalmente aos clientes.

*Dado disponível no documento “Life Cycle Assessment on Green HDPE and Fossil HDPE”, desenvolvido pela consultoria ACV Brasil e revisado por Andreas Detzel, Mirjam Busch (IFEU), Ramani Narayan (MSU) e Carbon Trust.

A Activas recentemente deu mais um passo rumo ao seu objetivo de apostar em uma distribuição disruptiva. A companhia fechou parceria inédita com a empresa norte-americana Earth Renewable Technologies (ERT), que produz materiais biodegradáveis, excelente opção às embalagens plásticas, entre outros produtos.  A Activas terá a exclusividade no Brasil de comercialização de plásticos de base orgânica da ERT, feitos 100% a partir de materiais renováveis. A ERT tem forte presença nos EUA e Europa, pois oferece um produto não poluente e biodegradável, desde que seja colocado em ambiente compostável.

“Nossa solução única, que entrega propósito e sustentabilidade às marcas, somada a um mercado que se mostra aberto a serviços e produtos sustentáveis e pós-planeta, torna o Brasil um campo promissor para nossa atuação e a expectativa de nos tornarmos líderes no segmento de biopolímeros”, afirma Kim Gurtensten Fabri, Chief Executive Officer (CEO) da ERT. A escolha da Activas como parceira se deve, conforme Kim, ao comprometimento com a sustentabilidade e à política de compliance da distribuidora de plásticos, além de ter “uma equipe qualificada e ótima infraestrutura de distribuição”.

Kim Gurtensten Fabri, Chief Executive Officer (CEO) da ERT

A Activas tem hoje mais de 5.000 clientes/ano, espalhados por todo o país e faturou no ano passado cerca de R$ 700 milhões, resultado estável em relação a 2019, mesmo com crise provocada pela pandemia da Covid-19. “A nossa ideia, com a parceria, é ter disponível na prateleira mais uma opção sustentável aos clientes, além do polietileno verde, da Braskem (da qual a Activas é distribuidor oficial), à base de cana de açúcar, que já ofertamos”, afirma Laércio Gonçalves, CEO da distribuidora.

O biopolímero biodegradável da ERT, diz o CEO da Activas, cujo mercado ainda é quase inexplorado no Brasil, pode ser usado em todas as áreas atendidas pelo plástico normal, mas “neste primeiro momento vamos ofertar produtos descartáveis, embalagens de supermercados, filmes e monofilamentos para impressora 3D”. No caso dos descartáveis, um mercado no Brasil estimado em 226 mil toneladas de plásticos por ano, os biodegradáveis são ótima opção, diante da nova legislação de São Paulo, que proíbe o uso de talheres, talhares e copos plásticos não recicláveis ou biodegradável, por exemplo.

Segundo Kim, da ERT, a empresa escolheu o Brasil também em função da vocação agrícola do país e a abundância de matéria-prima renovável, como a bagaço de cana ou fibra de bambu e de coco e amido de milho, utilizados na produção do biopolímero composto.

A empresa norte-americana está construindo fábrica do produto em Curitiba, na qual está investindo US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões). “A partir de agosto, a fábrica estará produzindo cerca de 1 mil toneladas ao ano, com previsão de chegar a 30 mil até 2025”, diz o executivo. Nos EUA e na Europa, o mercado de plásticos biodegradáveis tem crescido cerca de 50% a cada cinco anos.

De acordo com Alexandre Pastro, da Activas, o acordo com a ERT vem sendo negociado há algum tempo. “Nas próximas semanas, já devemos ter os primeiros materiais biodegradáveis para entregar no mercado nacional”, afirma. “Vamos trabalhar em conjunto com a ERT para desenvolver um mercado nacional desse produto”, diz Alexandre.

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