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O índice de reciclagem é um indicador importante para avaliar o compromisso de um país com o meio ambiente. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste se destacaram na última pesquisa divulgada pelo PICPlast (Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico), que apresenta o Índice de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-consumo no Brasil, iniciativa criada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e pela Braskem.

O estudo mostra que o Sul reciclou 46,1% e continua sendo a região que mais expandiu sua capacidade produtiva, com um crescimento de 10,6% de 2018 a 2022. A Termotécnica, por exemplo, maior transformadora de EPS da América Latina, sediada em Joinville, Santa Catarina, recicla um terço do EPS pós-consumo do Brasil, o que equivale a 48 milhões de quilos de poliestireno expandido coletados e transformados em novos produtos.

"Nossa abordagem ambiental traz a circularidade na prática, incluindo uma visão integrada desde a concepção de produtos, eficiência operacional, passando por logística reversa e reciclagem e indo até novas cadeias produtivas, fechando o ciclo da economia circular. Pensando na cadeia logística como um todo, dar uma nova vida às embalagens pós-consumo, transformando-as em produtos nobres, atende à demanda da sociedade por uma atuação responsável das empresas em termos de sustentabilidade", conta Albano Schmidt, presidente da Termotécnica.

Ainda no Sul, na cidade de Maringá, a CIMFLEX transforma embalagens de pós-consumo agrícolas, de óleos lubrificantes, utensílios domésticos e tubos de PEAD em produtos para construção civil e infraestrutura. Ricardo Hajaj, Diretor Executivo da empresa, conta que desde que foi fundada em 2004, até hoje, já reciclou mais de 100.000 mil toneladas de resíduos pós-consumo.

Na região Sudeste, a pesquisa do PICPlast indica que 28,0% dos resíduos são reciclados, representando um aumento de 4,6%, um dos maiores índices desde 2018. Esse índice é seguido pelo Nordeste, que apresenta 16,3%, pelo Centro-Oeste, com 11,3%, e, por fim, a região Norte, que registrou 4,9%.

Esse é o resultado da atuação de empresas como a Lar Plástico, localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, que processa mensalmente mais de 1.200 toneladas de resíduos, transformando-os em paletes, caixas plásticas organizadoras, cestos para lixo, mesas e vasos em polietileno produzidos com resina 100% reciclada.

Leonardo Marino, CEO da Lar Plástico, destaca que a missão da empresa é impulsionar a economia circular e o desenvolvimento sustentável por meio da transformação do plástico. "Recebemos plástico pós-consumo e pós-industrial que, de outra forma, seria descartado em lixões e aterros. Integramos esses resíduos na cadeia produtiva, promovendo a circularidade do material. Desenvolvemos resina 100% reciclada de alta performance em laboratório próprio, seguindo as normas das principais petroquímicas, e 95% de nossa produção ocorre por meio de injeção e rotomoldagem de plástico PCR, resultando em uma solução pronta para a indústria que contribui para o alcance das metas de sustentabilidade", comenta.
 

O estudo revela que o país alcançou um índice de recuperação mecânica do plástico de 30,1%, uma taxa de reciclagem de embalagens de 28,7%, e uma reciclagem mecânica de descartáveis de 13,1%. Esses números indicam que a maior parte dos resíduos foi descartada de maneira apropriada, reduzindo os impactos negativos no meio ambiente. No total, a quantidade de resíduos consumidos na reciclagem em 2022 foi de 1.722 toneladas.

A ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) lançou o Perfil 2022, que fornece uma visão abrangente da indústria do plástico no Brasil. Este anuário é uma fonte completa de informações atualizadas sobre a produção, reciclagem e desempenho financeiro do setor.

O faturamento do setor atingiu R$ 117,5 bilhões, com 6,7 milhões de toneladas de produção física e cerca de 360 mil empregos em mais de 12 mil empresas. A construção civil lidera o consumo de plástico (25,4%), seguida pelo setor alimentício (21,9%). As principais resinas consumidas incluem PP, PEBDL e PEAD.

A relevância da indústria do plástico não se limita apenas à geração de empregos; ela também exerce um impacto econômico significativo. Para cada R$ 1 milhão adicionado à produção desse setor, são gerados 29 empregos indiretos. Além disso, há um aumento de R$ 1,3 milhão no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e um acréscimo de R$ 3,35 milhões na produção total da economia.

O anuário aborda a transição da economia linear para a circular, com nove tópicos: reduzir, recusar, redesenhar, reutilizar, reparar, recondicionar, remanufaturar, reaproveitar e reciclar. A inovação é central para atender às novas demandas e tendências de mercado, mantendo o plástico como uma solução valiosa.

O Perfil 2022 está disponível no site da ABIPLAST em: https://www.abiplast.org.br/publicacoes/perfil-2022abiplast/

*Por Paulo Teixeira

Até hoje, o desenvolvimento global se deu por meio da economia linear, modelo baseado na extração, produção, consumo e descarte que ocasionou ao menos três grandes problemas: escassez de recursos, excesso de descartes e impacto ambiental. Como alternativa a esse modelo, a economia circular é um sistema de produção e consumo baseado na lógica da própria natureza, aperfeiçoando o uso dos recursos por meio do redesign, da reutilização e da reciclagem, de modo a mantê-los no ciclo produtivo.

Os benefícios são inúmeros: redução da pressão sobre o meio ambiente; diminuição da extração de matérias-primas; aumento da competitividade, via otimização de recursos e, sobretudo, pela maior geração de valor; incentivo à inovação; geração de empregos; estímulo ao crescimento econômico. Os consumidores também saem ganhando com produtos mais sustentáveis e duráveis. Assim, além das vantagens econômicas, proporciona ganhos sociais e ambientais.

Com o objetivo de estimular a transição para a economia circular, a União Europeia lançou em 2019 o Pacto Verde Europeu, também conhecido como “Green Deal”. Trata-se de um conjunto de normas para todos os setores da economia visando transformar a Europa no primeiro continente climaticamente neutro até 2050. A China também trabalha para implementar a economia circular, que foi incluída em seu plano de governo.

A economia circular, como novo paradigma de desenvolvimento da sociedade, incluindo assim o sistema econômico, vem ganhando ainda mais força a partir da aceleração das alterações climáticas, da crise econômica global pós-pandemia, e tem sido reforçada pelo avanço das agendas dos ODS, ESG e da “descarbonização” da economia. Temas muito discutidos durante a 26ª Conferência das Partes (COP) em 2021 e se tornaram essenciais nas agendas públicas e privadas.

Essa trajetória mostra como a economia circular vem ganhando espaço no mundo, razão pela qual é importantíssimo dotá-la de um arcabouço jurídico-institucional no Brasil, que por sua vez, possui o segundo maior potencial de bioeconomia do mundo e o modelo circular pode trazer grandes perspectivas para a nossa indústria. Nesse sentido, é válido ressaltar dois projetos de lei sobre o assunto que tramitam atualmente no Senado: o PL nº 2524/2022 e o PL nº 1874/2022. Além disso, a Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas de vários estados têm projetos de lei sobre o tema.

O PL nº 2524/2022 confunde economia circular com banimento de produtos plásticos, direcionando o objeto da lei apenas a um único material. A economia circular implica em uma mudança sistêmica, portanto exige uma abordagem macro, envolvendo todos os setores da indústria. Enquanto que o PL nº 1874/2022 traz disposições importantes, como a gestão estratégica dos recursos, a promoção de novos modelos de negócio, os investimentos em atividades de pesquisa e inovação e o apoio à transição para o uso de tecnologias de baixo carbono por meio da criação de condições atrativas para investimento público e privado, entre outros aspectos.

É nessa diferença, portanto, que é preciso atenção. Intenções restritivas e de banimento, o olhar direcionado para apenas um material ou produto, não condizem com o conceito e a lógica da economia circular, um modelo pensado para reestruturar o modus operandi de produção, consumo e descarte . Há valor em políticas públicas que contemplam, então, essa visão integrada do modelo circular da economia, permitindo um arcabouço orientativo e de mobilização, fornecendo instrumentos sistêmicos para uma mudança real.

Encarar o desafio por meio da inovação de produtos e processos, levando em conta novos materiais, funcionalidades, (re)uso e reciclabilidade são alguns dos caminhos possíveis, diferente do ideal punitivista que, em estudos como da ONU Meio Ambiente e McKinsey, já foi contestado, por muitas vezes não possibilitar o resultado esperado. Com o olhar voltado somente para o produto, é preciso avaliar outras metodologias como as Avaliações de Ciclo de Vida, que permitem identificar o trade off de substituições.   

Várias possibilidades podem ser exploradas pelo setor industrial com novos modelos de negócio, design, recuperação de materiais, além de abrir possibilidades para incrementar ainda mais uma economia já estruturada em torno da reciclagem. Esse potencial existe em vários segmentos: no eletroeletrônico, com a recuperação dos materiais e novos serviços; na construção civil, com a redução da quantidade de resíduos gerados e edificações mais ambientalmente eficazes; no têxtil, com novos materiais e cadeias circulares de valor. O setor do plástico, presente em toda a cadeia da indústria, oferece potenciais possibilidades para que o material seja reutilizado e recuperado, se adaptdo a muito bem à economia circular. Além disso, é possível o desenvolvimento de novos materiais e de estruturas mais facilmente recicláveis.

Dessa forma, os conceitos e a essência da economia circular precisam estar sintonizados e inseridos também na Política Nacional de Resíduos Sólidos, incluindo metas de redesign, reuso e reinserção dos materiais na cadeia produtiva, contemplando conceitos da economia 4.0, permitindo a discussão sobre maturidade digital para cooperativas de catadores e para o restante da cadeia da reciclagem, além da modernização de modelos de Parceria Público-Privada, que permitem investimentos em concessões de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos nos municípios, entre outros aspectos.

Projetos de Lei com essa visão integrada da economia circular são, por tanto, muito bem-vindos, pois trazem segurança jurídica aos investimentos e ajudam a organizar uma nova política de industrialização dentro da dinâmica da nova economia, como Europa e China estão fazendo. De maneira geral, essa é uma bandeira que a indústria brasileira já vem levantando, e continuaremos a reforçar esse apoio mútuo, impulsionando uma política de competitividade.

Por todas estas razões, não podemos perder a oportunidade de aprofundar o debate de maneira abrangente, no sentido do estabelecimento de um marco legal da economia circular para o país, só assim poderemos avançar com consistência neste tema.

*Paulo Teixeira é Diretor Superintendente da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico)

ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) se tornou entidade credenciada da UNEP - UN Environment Programme (Programa das Nações Unidas para o Ambiente) na UNEA-5 - 5th Session of the United Nations Environmental Assembly (5ª Sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente), garantindo assim a sua participação nas discussões internacionais sobre o Tratado Global de Poluição Plástica. O próximo encontro ocorre em Paris, na França, durante os dias 29 de maio a 2 de junho de 2023. Como credenciada, a ABIPLAST participará, durante as sessões, das discussões do plenário e poderá compartilhar as suas contribuições aos governos presentes e realizar declarações orais sobre o Tratado. Paula Pariz é a representante da entidade no evento.

A ABIPLAST estará presente para debater e refletir sobre novos caminhos para a economia circular do plástico, como o redesign e novos modelos de negócios, temas  que a associação e seus associados vêm trabalhando em projetos conjuntos para efetivamente colocá-la em prática. A entidade também tem conversado com a delegação do governo brasileiro que participará de forma oficial dessa segunda sessão em Paris, com objetivo de fortalecer as discussões.

Em seu posicionamento, a associação reforça a necessidade da abordagem sistêmica, com investimentos na gestão integrada de resíduos sólidos urbanos, inserindo os catadores de materiais recicláveis, a importância dos estudos de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) como método para embasar as decisões e elaborações de políticas públicas, assim como de pesquisas e estudos, ao invés do simples banimento. Também é ressaltada a importância de uma governança regionalizada para adaptações às diferentes realidades locais.

Além disso, a ABIPLAST, a convite da ISWA (International Solid Waste Association - Associação Internacional de Resíduos Sólidos),apresentará em evento paralelo ao oficial, a plataforma de rastreabilidade de resíduos Recircula Brasil, ferramenta que está sendo elaborada junto a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), um órgão federal, em parceria com a Central de Custódia, um verificador de resultados independente. A tecnologia, considerada pioneira,  possibilita a identificação da origem e destino dos resíduos e comprova a reinserção de resina reciclada em novos produtos finais, atestando a sua circularidade e garantindo segurança jurídica, informação, transparência, compliance, maturidade digital e governança para uma cadeia que ainda precisa evoluir nesses quesitos. Assim, será uma excelente oportunidade para o governo brasileiro mostrar aos demais países o avanço dessa agenda no país

Linha do tempo do INC

Intergovernmental Negotiating Committee – INC (Comitê de Negociação Intergovernamental está encarregado de desenvolver e concluir seus trabalhos até o fim de 2024, quando o tratado global contra a poluição plástica estaria pronto para ratificação. A primeira sessão do INC ocorreu de 28 de novembro a 2 de dezembro do ano passado no Uruguai. Há uma série de sessões do INC planejadas para os próximos dois anos, com essa segunda sessão ocorrendo em maio em Paris. Nessas sessões, os governos trabalharão no conteúdo e na logística do tratado de plástico, com o objetivo de desenvolver e adotar um instrumento juridicamente vinculativo sobre a poluição plástica.

A RX (Reed Exhibitions) e a ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), parceiras na organização e realização da INOVAPLASTIC – Feira Internacional do Plástico, com apoio do SINDIPLAST, SIRESP e do INP, comunicam o adiamento do evento para março de 2023, na cidade de São Paulo (SP).

“Queremos que nossos expositores e visitantes possam se beneficiar ao máximo da participação em nossas feiras, o que no caso da Inovaplastic não seria possível em 2022, devido ao impacto da pandemia na cadeia de produção desta indústria. Acreditamos que a cadeia esteja normalizada até o final do primeiro trimestre de 2023, o que irá permitir que os expositores e visitantes da Inovaplastic se beneficiem integralmente dessa extraordinária plataforma de negócios”, afirma Claudio Della Nina, presidente da RX LATAM.

A ABIPLAST apoia a decisão da RX. O presidente da associação, José Ricardo Roriz Coelho, lembra que a principal feira do setor plástico vem sendo realizada nos anos ímpares. Foi assim com a BRASILPLAST e FEIPLASTIC, ao longo de 35 anos de história. “Como 2021 foi um ano excepcionalmente desafiador, por conta dos impactos dos quais já se vislumbra uma recuperação, estamos convictos de que em 2023 teremos uma edição memorável da INOVAPLASTIC, que carrega em seu DNA a inovação e comprometimento com a Economia Circular”, avalia Roriz.

“A preparação para a Inovaplastic já está a pleno vapor, estamos trabalhando para mostrar o que tem de mais moderno e inovador, novos modelos negócios, novos atores da cadeia produtiva, novos materiais e soluções para reciclagem, e para continuar nos consolidando como a Feira de Inovação da Cadeia Produtiva dos Plásticos”, conclui Roriz.

O INP e o SIRESP também confirmaram o apoio e a presença na feira, conforme reforça Edison Terra, presidente das duas instituições: “O INP e o SIRESP são parte integrante da feira que representa o ecossistema produtivo do nosso setor. Somos apoiadores institucionais e estaremos presentes, participando ativamente durante a nova data de realização da Inovaplastic”, comenta.

Esse esforço para a concretização de uma edição histórica da Inovaplastic em 2023 inicia-se, desde já, com a ação de organizadores e expositores preparando atividades para assegurar o engajamento da audiência e gerar conteúdo relevante para o público durante a feira.

A Inovaplastic tem como principal propósito enaltecer as boas práticas de aplicação do plástico e matérias-primas para o mercado de alta tecnologia e inovação. Desde a década de 1980, promove encontros empresariais estratégicos para fomentar a indústria e soube se adaptar às mudanças comportamentais e socioambientais para garantir consistência nas oportunidades de relacionamento e negócios.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Fundadora e CEO da Rethink Global faz alerta aos empresários brasileiros antes da participação como Keynote Speaker no 1° Circular Summit

Citando o presidente norte-americano Joe Biden, Catherine Weetman, referência mundial em economia circular, mandou um recado direto para líderes empresariais brasileiros: “Estamos em uma década decisiva e as empresas que não se adaptarem terão risco”.

Em um vídeo de pouco mais de dois minutos, a Keynote Speaker do 1° Circular Summit, evento que é uma parceria entre a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e a RX (Reed Exhibitions) e que acontecerá on-line nos dias 11 e 12 de agosto, reforça a urgência dos gestores em assumirem o protagonismo da transição do modelo econômico - de linear para circular.

“Nossos sistemas de produção e consumo dependem de uma quantidade cada vez maior de insumos e geram cada vez mais resíduos e poluição. Estamos levando os sistemas naturais e planetários em direção a pontos críticos irreversíveis. Tudo está sob pressão”, diz.

Participação no 1° Circular Summit

O 1° Circular Summit é um evento 100% digital que tem como propósito inspirar líderes e empresas de todos os setores a adotarem a sustentabilidade como um novo padrão de investimento, abordando temas conectados às necessidades atuais, como iniciativas públicas, desafios do Brasil em logística reversa e reinserção de materiais, risco ambiental x risco de investimento e a economia circular no centro dos investimentos.

A palestra de Catherine fará parte da abertura oficial e abordará o conceito de economia circular e o que isso representa para as empresas. “Falarei sobre como o assunto vai muito além de ampliar os esforços de reciclagem e usar uma nova geração de materiais, significando repensar o design de produtos, a escolha de materiais, os modelos de negócios e as políticas industriais. Vou expor as oportunidades que estão surgindo, incluindo o potencial de oferecer novos serviços e ter acesso a novos mercados”, completa.

Confira o depoimento completo no link: www.circularsummit.com.br

Serviço

1° Circular Summit

Data: 11 e 12 de agosto

Formato: digital

Inscrições gratuitas

www.circularsummit.com.br

Fonte: KB!COM

A ECO Local Brasil é uma instituição que tem como objetivo mitigar os impactos causados pelo descarte indevido dos resíduos plásticos no meio ambiente. Desde 2002, a organização não governamental (ONG) é responsável por ativações ambientais de limpeza de praia, principalmente no litoral Sul e Sudeste do Brasil.

Até agora, a ECO Local Brasil já transformou mais de 70 toneladas de plástico por meio de logística reversa, realizando centenas de ações, entre coleta de resíduos nas praias, visitas a escolas para conscientização dos alunos e doação de objetos feitos com a matéria-prima reciclada - como quilhas de surf e brinquedos. Para isso, a organização também conta com uma rede de projetos parceiros em todo o litoral Sul e Sudeste. Eles enviam os resíduos para a instituição, que os devolve em forma de matéria-prima transformada. “O que nós entendemos, como ONG, é que não basta ficar apontando para o problema. É preciso também chegar com a solução. Por isso a gente encabeçou essa responsabilidade.” conta o fundador da ONG, Filipe Oliveira. “Nós entendemos que seria importante também sermos responsáveis pelo transporte e por dar um destino final àquilo que a gente coleta”.

Após 16 anos de atuação, em 2018, seus participantes entenderam que não bastava recolher, era preciso também tratar. Então, a ONG se reorganizou e criou também uma empresa na área de prestação de serviços para fazer o gerenciamento do material por categorias.  O plástico retirado das ações ambientais é transformado em pellets (grânulos) sustentáveis, com os quais as indústrias fabricam novos produtos plásticos, também conhecidas como indústrias de 3ª geração, as transformadoras. A empresa também produz seus próprios objetos, que vão desde bancos de praça e lixeiras até quilhas para pranchas de surf. É a única instituição na América Latina que transforma plástico dos oceanos em matéria-prima sustentável, segundo Oliveira.

Coleta de lixo marinho se transforma em objetos como bancos de praça, brinquedos e quilhas de pranchas de surf

Reciclagem em números

Em 2019, o Brasil reciclou 838 mil toneladas de plástico, um aumento de 10% em relação a 2018, segundo dados da pesquisa da reciclagem do Plástico, realizada anualmente pelo PICPlast. O estudo também mostra diminuição de 15,1% nas perdas do processo de reciclagem. Ainda que o país tenha avançado quando o assunto é reciclagem, há muito a ser feito.

O Movimento Plástico Transforma, que tem como objetivo reforçar conceitos como consumo consciente, destinação correta dos resíduos, reciclagem de plásticos pós-consumo e transformação em novos produtos, avalia que é necessária uma adaptação da indústria e dos consumidores à nova realidade. Segundo a instituição, a pesquisa demonstra que os principais motivos de perda no processo da reciclagem são de contaminação da sucata por descuido no descarte e, também, por triagem desqualificada. Cerca de 45% dos materiais coletados são PET, material reciclável.

Ainda que grande parte dos resíduos plásticos descartados incorretamente no meio ambiente seja de produtos finais, como embalagens, a perda dos pellets pela indústria do plástico também é uma fonte de preocupação. Atenta a isso, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) é licenciadora do Programa Pellet Zero no Brasil, do qual a Braskem é signatária. A iniciativa tem como objetivo prevenir a perda de pellets, matéria-prima usada para fabricar os produtos plásticos. Para o Movimento Plástico Transforma, a iniciativa é importante para mitigar a perda dos pellets no meio ambiente, já que é também responsabilidade da indústria do plástico seguir um cronograma focado em conceitos da economia circular. A recuperação desse material não só evita problemas ambientais como pode significar diminuição no custo de sua produção a longo prazo.

Pellets e a mobilização da cadeia do plástico

A ABIPLAST é licenciadora do programa ® desde 2014 e do Programa Pellet Zero aqui no Brasil desde o fim de 2019. A iniciativa consiste em evitar e conter vazamento de pellets (grânulos plásticos antes da transformação), os quais podem ser levados para córregos, rios e mares. A Braskem é signatária do PPZ pela Plastivida (também licenciadora) e já alcançou a última estrela do programa.

O PPZ-OCS® visa ao engajamento de todo o setor dos plásticos em uma ação contínua e eficaz de contenção dos pellets e demais formas de resina, evitando a contaminação dos corpos d’água e, consequentemente, do oceano.

No Brasil, existem 274 municípios ao longo de 8.500 km de costa, segundo o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar. Esses números ilustram o tamanho do desafio do combate ao lixo no mar. Trata-se de um problema complexo, que demanda uma nova postura de todos os setores da sociedade na execução de ações que sejam, ao mesmo tempo, desafiadoras, pragmáticas e viáveis. 

O Movimento Plástico Transforma, uma iniciativa do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), anuncia o lançamento de um guia com dicas de segurança para a volta às aulas presenciais, que deverão ser adotadas por diversas escolas brasileiras. Direcionado para pais, alunos e professores, o objetivo do material é abordar atitudes que proporcionem uma retomada com proteção e segurança a todos, incluindo a utilização e descarte correto de itens de plásticos. A proposta do Movimento Plástico Transforma é estabelecer um diálogo com a sociedade e com a cadeia de transformação sobre como a utilização do plástico pode transformar nosso dia a dia e nosso futuro, de forma criativa e responsável.

“O Movimento tem uma série de atividades voltadas ao público infantojuvenil com o objetivo de reforçar conceitos como consumo consciente e destinação correta dos resíduos, reciclagem de plásticos pós-consumo e transformação em novos produtos. No retorno às aulas, não poderíamos deixar de ajudar pais, crianças e professores com dicas e orientações para um retorno mais seguro a todos”, explica Fernanda Maluf, coordenadora do Movimento Plástico Transforma. “O objetivo do guia é contribuir com a sociedade, especialmente neste momento importante. Nossa intenção é colaborar para que o retorno às salas de aula seja o mais seguro para todos”, complementa Simone Carvalho, também coordenadora do MPT.

Entre os destaques do guia está a recomendação de sempre levar um frasco plástico com álcool gel 70% na mochila, que pode ser utilizado para higiene pessoal e na higienização dos materiais usados nas aulas. O frasco é reutilizável e deve ser reabastecido sempre que necessário. Já as máscaras descartáveis, feitas de material plástico [não-tecido], podem ser usadas até ficarem úmidas ou por um período de 3 horas. Após o uso, devem ser descartadas em dois saquinhos plásticos, em lixo comum. O guia completo pode ser acessado em http://www.plasticotransforma.com.br/volta-aulas.

A importância do plástico no combate à pandemia 

A Covid-19 fez com que hábitos de higiene se transformassem em escudo para evitar a contaminação e, neste cenário, a percepção do uso do plástico ganhou um novo olhar. Soluções plásticas, como barreiras físicas de acrílico, protetores faciais e filmes para embalar superfícies, assumiram uma função fundamental na prevenção contra o novo coronavírus. A indústria da transformação também se mobilizou e diversas empresas se reuniram para produzir soluções a partir de resina plástica para Equipamentos de Proteção Individual, os EPIs, doados aos profissionais de saúde. Já o movimento maker, que utiliza criatividade aliada à tecnologia para criar soluções mais acessíveis, apostou na impressão 3D para confeccionar viseiras e até mesmo respiradores artificiais.

Sobre o Movimento Plástico Transforma

O Movimento Plástico Transforma é uma iniciativa do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, o PICPlast, fruto da parceria da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e da Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Desde 2016, o programa vem investindo em ações que geram agenda positiva para o uso consciente e responsável do plástico. É o caso da Estação Plástico Transforma, atividade realizada no parque temático KidZania, em São Paulo, e que apresenta para crianças entre 6 e 10 anos conceitos sustentáveis e de reciclagem de forma lúdica para crianças entre 6 e 10 anos conceitos sustentáveis e de reciclagem, destacando a responsabilidade de cada indivíduo na circularidade do plástico. Desde a inauguração, em janeiro de 2019, a Estação já recebeu mais de 17 mil visitantes. Outro exemplo é o PlastCoLab, espaço interativo, inspirado no movimento maker, que reúne inovação e tecnologia associados ao plástico. Com quatro edições realizadas em São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Brasília, o espaço contou com mais de 36 mil visitantes.

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