Com menos de um ano de operação, a Earth Renewable Technologies (ERT) prepara a ampliação da capacidade produtiva da planta localizada na Cidade Industrial de Curitiba. A unidade, inaugurada em agosto de 2021, foi a primeira planta industrial da América Latina focada em produzir plásticos com base de biopolímeros biodegradáveis.
O negócio chamou a atenção de parceiros ao redor do mundo, como a Nexeo Plastics, que vai distribuir o produto no Canadá e nos Estados Unidos. O contrato foi assinado em março deste ano e a previsão é que, até o fim de 2022, a ERT aumente em dez vezes o volume de biopolímeros produzidos. No ano passado, foram 300 toneladas.
Com a chegada de novos parceiros – como também a Activas, que está distribuindo o produto da ERT no mercado do México e do Brasil –, a empresa reafirma a importância de um negócio focado em preservação e sustentabilidade ambiental. Segundo o Atlas do Plástico, a produção de plástico no mundo pode crescer 50% até 2025, gerando uma crise ambiental sem precedentes – o Brasil recicla menos de 7% do material descartado.
Previsão de crescimento
O mercado de plástico projeta crescimento de 5% em 2022. Para a ERT, é a oportunidade de entrar em um cenário que ainda é muito dependente do plástico comum. Para ampliar a produção do biopolímero biodegradável, a ERT vai abrir uma nova linha fabril, aumentando em 50% o quadro de funcionários. O faturamento estimado é de R$ 100 milhões. A empresa planeja, ainda, substituir 3,5 mil toneladas de plástico de petróleo do mundo por plástico biodegradável neste ano.
Com a ampliação da capacidade produtiva no Brasil, a ERT caminha rápido rumo à expansão. A empresa estima investir cerca de R$ 250 milhões até 2025. “A tecnologia que empregamos pode se tornar cada vez mais versátil, gerando soluções inovadoras para um cenário onde a demanda por produtos biodegradáveis só vai crescer. Os consumidores estão cada vez mais conscientes sobre a origem daquilo que levam para casa, então é uma solução amiga do ambiente e alinhada às tendências de consumo”, conclui o CEO, Kim Gurtensten Fabri.
Fotos: Felipe de Souza