Por Brígida Sofia, Especial, de Joinville/SC
Foto de André Kopsch/Messe
A Interplast 2014 chega ao segundo dia, quando além do que acontece nos estandes, os importantes eventos paralelos já estão em pleno andamento. A Euromold Brasil, inspirada na versão alemã e que tem sua segunda edição, o Cintec – Congresso de Inovação Tecnológica, evento da UniSociesc, que completa 15 anos, e os minicursos também levarão a negócios, seja num futuro próximo ou um pouco distante, quando o conhecimento trocado na feira deve se transformar em novos produtos ou na melhoria dos atuais. Lideranças e autoridades como Albano Schmidt (Simpesc), Richard Spirandelli (Messe) e o prefeito de Joinville Udo Döhler participaram da abertura.
No pavilhão, hoje, cerca de 550 marcas mostram aos visitantes, em sua imensa maioria muito qualificados e com grande poder de decisão nas suas empresas, as novidades tecnológicas e de qualidade para o setor plástico, conforme reafirmou em sua saudação na abertura oficial do evento na segunda-feira o diretor da Messe Brasil, Richard Spirandelli. O presidente do Simpesc, Albano Schimidt, lembrou que indústrias de porte são expositoras, o que permite uma oportunidade única para os visitantes, ao mesmo tempo que 2014 é um ano que exige mais atenção por ser “desafiador, marcado por um momento delicado”, disse fazendo referência à Copa do Mundo – com paradas de produção, redução de pedidos, férias coletivas das empresas relacionadas ao setor -, as eleições para o segundo semestre, a dificuldade e achar mão de obra qualificada e comprometida, a questão da energia.
Outro ponto desafiador, para o dirigente é a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Não quero desanimar ninguém. Vamos fortalecer o plástico no Brasil, superar nossos limites. Acreditamos no setor e no retorno da Interplast. Aproveitem, circulem, temos um público de 35 mil, qualificado e a participação de vários países”. Marcos Balzer, da UniSociesc, lembrou da importância do Cintec Plásticos e reafirmou o convite à participação.
“São anos de parceria com a Messe, nesse tempo erramos algumas vezes, acertamos muito, vimos o evento crescer. Muito do que será falado nesta semana será exposto em 4, 8, 12 anos na feira, assim como muito do que estamos vendo hoje é resultado do que foi exposto anteriormente”. Gino Paulucci Junior, da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria do Plástico, lembrou que Joinville é a capital do plástico, dando exemplo “tem produzido grandes fornecedores de tecnologia”. Ao mesmo tempo, falou da concorrência desigual de fornecedores estrangeiros e suas condições de produção e exportação, “cansamos de máquinas mascaradas”. E disse ainda “não temos nada contra, mas convidamos os concorrentes de fora a virem produzir aqui”, afirmou em referência ao chamado “tripé do mal”: juros-câmbio-impostos.
O prefeito de Joinville Udo Döhler destacou a importância da Euromold. “O molde se constitui no coração da indústria do plástico. Joinville é importante centro de ferramentaria e nos próximos anos conseguiremos a liderança em moldes”, falou, lembrando que a cidade se destaca no estado, com 14% da economia, o que deve dobrar em 10 anos e triplicar em 30.
