O setor brasileiro de materiais compósitos faturou R$ 3,250 bilhões em 2013, alta de 9% em comparação ao ano anterior. No período, foram processadas 210.000 toneladas, volume 1,7% superior ao registrado em 2012. Os dados são da Maxiquim, consultoria contratada Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). Segundo Gilmar Lima, presidente da ALMACO, o crescimento em 2013 foi garantido basicamente pelos mercados de energia eólica, agrícola e construção civil. “Por outro lado, segmentos importantes para a cadeia produtiva dos compósitos, como o de transporte pesado e implementos rodoviários, não foram tão bem quanto esperávamos”, ele observa.
Com uma fatia de 49%, a construção civil permaneceu em 2013 na liderança do ranking dos principais consumidores de compósitos de poliéster, à frente de transporte (17%), corrosão (11%) e saneamento (6%), entre outros – total de 154.000 toneladas. Já a geração de energia eólica respondeu por 89% das 56.000 toneladas de compósitos de epóxi. Com 6%, o mercado de petróleo apareceu em segundo lugar.
Para 2014, a Maxiquim estima um elevação de 11,5% na receita do setor representado pela ALMACO, totalizando R$ 3,623 bilhões – consumo de 216.000 toneladas de matérias-primas (+2,9%). “A projeção desse significativo crescimento é sustentada principalmente pela performance da construção civil”, comenta. No primeiro trimestre, o estudo ainda aponta para um faturamento de R$ 859 milhões, 1,5% acima dos primeiros três meses de 2013.
Resultantes da combinação entre polímeros e reforços – por exemplo, fibras de vidro – os compósitos são conhecidos pelos elevados índices de resistência mecânica e química, bem como pela versatilidade. Há mais de 50 mil aplicações catalogadas em todo o mundo, de caixas d'água, tubos e pás eólicas a peças de barcos, ônibus e aviões. Para mais informações, acesse www.almaco.org.br