Quarto maior polo transformador de plásticos do país e o maior do Rio Grande do Sul, Caxias do Sul tem registrado aumento expressivo na demanda por profissionais da área. Muitos são jovens que tiveram uma boa ideia, prosperaram nos negócios e hoje tornaram-se expositores da feira realizada pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). Nas instituições de ensino com cursos na área, a empregabilidade é alta antes mesmo da formatura – só na Universidade de Caxias do Sul (UCS), a estimativa é de 90% a 100%.
No Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), um dos expositores da feira, há dois cursos na área de plásticos, um deles integrado ao ensino médio e o outro, subsequente em plástico, é para quem já concluiu essa etapa e busca formação técnica na área. O professor Tiago Colombo, 30 anos, conta que as primeiras turmas estão se formando agora e que a cada semestre a demanda é crescente.
“É um ensino gratuito e de qualidade. Já no ensino médio os alunos têm aula com mestres e doutores. Os profissionais podem atuar em indústrias transformadoras de plástico, termoplásticos, termorrígidos e borrachas, além de indústrias de embalagens, insumos, fornecimento de equipamentos para a indústria plástica, matrizarias, laboratórios de ensino e pesquisa e prestação de serviços”, explica Colombo.
Coordenador do curso de Tecnologia em Polímeros da UCS, Diego Piazza, 30 anos, revela que cada vez mais empresas procuram a instituição com o intuito de encontrar profissionais para preencher vagas. Muitos postos ficam em aberto por não haver gente qualificada para ocupá-los. Na opinião de Piazza, a Plastech Brasil oferece acesso fácil ao conhecimento da tecnologia.
“Aqui o jovem encontra inovação, sustentabilidade e conhece os processos de desenvolvimento dos materiais”, comenta o professor da UCS.
A nova faixa etária dos empreendedores brasileiros também se evidencia entre os expositores. O Grupo Criativo, da área de design de produto e com sede em Porto Alegre, é comandado por cinco sócios. O mais velho tem 38 anos. Há pouco mais de dois anos eles idealizaram uma empresa em que a metodologia é baseada no processo criativo. Um dos sócios, João Pedro Fagundes, 25, explica que o trabalho se dá através de pesquisa, desenvolvimento e avaliação de resultados. Na Plastech Brasil, eles vendem o serviço, mas também apresentam cases de produtos desenvolvidos para outras empresas. Entre eles, uma bicicleta.
“Depois de muita pesquisa vimos que havia espaço para uma bicicleta retrô, de uma cor só, e trabalhamos nesta linha. A Plastech Brasil possibilita novos negócios e tem sido excelente, estamos conseguindo explicar como é nosso trabalho e mantendo muitos contatos” comemora Fagundes.
Entre os visitantes, os estudantes de engenharia de produção Deise Rossa e Bruno Emmerich da Silva, 23, contam que buscam justamente conhecer novas tecnologias e encontrar soluções para demandas específicas de uma empresa do setor metal-mecânico.
“Eu, inclusive, estou retornando à Plastech Brasil, pois já havia visitado a feira de 2011”, conclui Deise.
Sobre a Plastech Brasil
A Plastech Brasil é uma das principais feiras setoriais do país organizada por um sindicato de classe. Em 2013, a quarta edição do evento bienal realizado pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) ocupa os Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul, de 27 a 30 de agosto, das 14h às 21h.
Ao todo, são mais de 400 marcas em exposição e 25 mil visitantes esperados na feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos. Os segmentos expostos na Platech Brasil incluem matérias-primas e produtos básicos, máquinas, equipamentos e acessórios, moldes e ferramentas, instrumentos, controle e automação, transformadores de plástico, serviços e projetos técnicos, publicações técnicas, entidades e instituições.
