Empresa é especializada em soluções plásticas para a indústria e atualmente 82% da produção já corresponde a materiais desenvolvidos com o PCR (resina pós consumo), plástico desenvolvido através do reaproveitamento de materiais
Diversas etapas da produção industrial utilizam plástico em seu cotidiano. Da mesa de corte ao túnel de encolhimento, da embalagem ao transporte, da entrega ao armazenamento, o material é comum na rotina das empresas. E é para este tipo de processo que a Embalatec desenvolve soluções, como bobinas plásticas, sacarias e filme stretch. E visando reduzir o impacto que o descarte incorreto do material causa, a empresa tem um propósito claro para os próximos anos: tornar 100% do seu mix sustentável e economicamente viável, priorizando a comercialização de itens fabricados a partir de resina pós consumo, o plástico PCR.
De acordo com Eloy Queija, diretor executivo da Embalatec, em 2019 82% do volume comercializado pela empresa já corresponde a este material. “O PCR é uma grande aposta. Há alguns anos vínhamos estudando estratégias para reduzir o impacto que o plástico pode causar caso não seja reutilizado e de que forma poderíamos contribuir para o consumo mais assertivo do material. Com a utilização da resina pós consumo não há extração de matéria-prima virgem, mas sim a utilização de material já desenvolvido e que retorna para a fábrica através da economia circular”, explica.
Segundo o executivo, chegar a 100% do mix sustentável exige não só um esforço por parte da organização e planejamento do negócio, mas uma mudança de mindset do consumidor. “Ainda há uma falsa ideia de que o plástico que passou pelo processo de reuso é menos eficiente, o que não é verdade. Nos processos industriais que atendemos não existe um apelo estético do produto e a única diferença entre o material virgem e o PCR é a tonalidade da cor. Por passar por mais processos de extrusão, a resina pós consumo não tem a mesma transparência do material virgem e se torna mais áspera, o que não prejudica em nada a sua funcionalidade”, explica Eloy.
Custo-benefício e adaptação do processo produtivo
Para priorizar o uso da resina pós consumo a Embalatec realizou algumas mudanças em seu processo. Recentemente a empresa assumiu, por exemplo, a compra direta dos insumos para produção e passou a ter contato direto com a cadeia de reciclagem. Além disso, vem investindo em estratégias comerciais e de comunicação para reforçar a qualidade e valor sustentável do PCR.
Além de ser sustentável, o custo-benefício do PCR é outra vantagem para o consumidor. “Uma das preocupações da Embalatec era conseguir atuar dentro de uma proposta sustentável que fosse economicamente viável. O nosso PCR foi criado com o propósito de unir essas duas frente. Hoje ele é um produto de valor muito competitivo e de qualidade, o que nos permite apostar em 100% da produção, garantindo a utilização muito mais consciente de recursos”, finaliza o executivo da empresa.
Sobre a Embalatec
Fundada em 1992, a Embalatec é uma marca 100% brasileira especializada no desenvolvimento de soluções plásticas para a indústria. Opera nas regiões Sul e Sudeste e tem no mercado têxtil sua principal atuação, através da comercialização de itens como bobinas para mesa de corte, bobinas tubolares e sacarias. São cerca de 300 clientes ativos e um crescimento constante da marca: nos últimos oito anos a Embalatec aumentou seu faturamento em 700%.