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Perspectivas para o cenário petroquímico em 2024

8 de janeiro de 2024
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Por André Castro: CEO Après21 - Consultor do Sinplast-RS

As perspectivas econômicas revisadas para o ano 2024, indicam um caminho para as previsões do mercado de energia, química e petroquímica. Afinal são variáveis que se entrelaçam no âmbito da indústria de forma geral. A iniciar pela linha de queda do Petróleo desde Outubro /23 até o momento, e seu derivado mais importante no cenário petroquímico, a Nafta. Inúmeras são as projeções do preço do Petróleo, que varia conforme a situação do Dólar Index, que por sua vez oscila vinculado as taxas de juros internacionais e ao desempenho da moeda frente a cesta de moedas no âmbito global. Aliado a isso, o gás opera como energia concorrente, e os projetos ora consideram essa energia como matéria básica para fabricação de petroquímicos, ora desviam por vias alternativas como carvão e químicos para olefinas. Nesse complexo painel de instrumentos, avaliamos as correlações e analisamos os impactos das matérias-primas na indústria convertedora do Plástico.
Sob este ponto vista, fatores irrefutáveis como uma demanda global de plásticos de baixo desempenho em 2023 frente a 2022 (crescimento quase zero em Polietilenos e PVC, e na faixa dos 3% em Polipropilenos) obrigaram as petroquímicas a operar com reduzidas taxas de operação, e margens igualmente apertadas. Contribuindo para a exaustão do folego industrial, taxas de juros elevadas para controlar a inflação, e renda da população limitada no poder de compra. O Excesso de capacidades pesou, trazendo quedas no preços e concorrência acirrada por mercados como o latino-americano, por exemplo.
Se considerarmos o conjunto das projeções econômicas e o histórico de elasticidade com o qual opera o consumo de resinas para a indústria plástica, observa-se expectativas de crescimento na demanda na casa dos 3% -4% para 2024. Isso contribuirá para uma melhora nas taxas de utilização das plantas petroquímicas e da indústria como um todo, na cadeia de materiais, mas de maneira geral não haverá pressão nos preços globais de petroquímicos, apenas flutuações que ocorrem por incidências pontuais, de curto prazo...
O primeiro TRI24 inicia com variações diferentes conforme a região. Na Ásia o 1TRI24 se apresenta com queda na maioria dos materiais, e alguns efeitos se fazem sentir, como: Proximidade do Ano Novo Chinês, que reduz a atividade na região, crises sócio-político econômicas que diminuem a resposta na demanda, e preços tendem a operar entre estáveis e leve queda no período. Na Eurozona, as dificuldades energéticas do deste 1TRI24 podem pressionar preços de resinas e básicos, dependendo do rigor climático e guerra Ucrânia x Rússia, sem estes fatores a tendência é de leve queda nos preços. Nas Américas, o pouso suave da economia americana, e a contribuição do leve crescimento de mercados como México, Brasil, Colômbia, Perú, e ainda as expectativas de Argentina, tendem a manter uma demanda mais favorável, permitindo alguma pressão nos preços locais, na busca de recuperação de margens.
Todas estas premissas alcançam o horizonte do 1TRI24, considerando que as seguintes variáveis podem alterar esse comportamento rapidamente:

  • Aumento nos fretes internacionais devido a problemas no Mar Vermelho, Canal de Suez e seca no Canal do Panamá, por exemplo, tornam os valores importados mais altos no CIF destino, além de aumentar o tempo de entrega;
  • Proporção das guerras em andamento, com o envolvimento direto das grandes potências nos conflitos, espalhando incertezas, e redefinindo fluxos comerciais;
  • Condições climáticas extremas, como inverno muito rigoroso, cheias e inundações etc. aumenta o risco/operação das plantas, e preços se elevam;
  • Alterações nos contextos macroeconômicos dos países, acordos comerciais, taxações e políticas protecionistas podem afetar a competitividade de fornecimento.
    Os Trimestres seguintes, indicam possível recuperação de preços conforme 2024 avança, mas iremos analisando periodicamente.
André Castro

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