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A meta é circular

24 de agosto de 2023
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Com o aumento da demanda por resinas recicladas, que estão inseridas dentro do processo da economia circular, fabricantes de aditivos miram em produtos que agreguem valor ao pós consumo.

Há algumas décadas o material reciclado não era visto com bons olhos pela indústria e pelo consumidor. Sua aplicação era restrita a determinados nichos, sem grandes propagandas ou exibições. Hoje todos sabemos que os tempos são outros e, dentro de um conceito amplo de economia circular, a reciclagem aparece como uma das protagonistas deste caminho, já sem volta. Mas, para que os produtos transformados com resinas recicladas tenham desempenho similar aos produzidos com matérias-primas virgens, é preciso investir em aditivos. Neste sentido há muitas atualizações em produtos desenvolvidos nos últimos anos já que as empresas estão atentas nas demandas exigidas pelos transformadores e brandonwers atuais. Para o diretor da Planet Color, David Campos, o mercado plástico tem realmente crescido, não só o consumo de resinas novas, mas também na utilização de resinas recicladas puras ou em misturas com virgens. Segundo o executivo, esse fenômeno foi impulsionado pela pandemia, momento de escassez mundial de insumos.

"O processo de reciclagem no Brasil amadureceu muito neste período, mas ainda temos muitos desafios para se conseguir resinas recicladas de qualidade. Isso acontece devido a maioria das matérias-primas pós-consumo possuírem contaminação por matéria orgânica e outros polímeros, tornando o processo de reciclagem mais difícil, caro e com menor qualidade do PCR", explica. Devido a isso, justifica Campos, o mercado vem oferecendo não só aditivos que ajudam recicladores e transformadores a obterem um PCR com maior qualidade em suas propriedades mecânicas e óticas como também masterbatches coloridos para correção e padronização da cor.

Tecnicamente, todos aditivos atuam na melhoria da eficiência e no aumento da qualidade dos polímeros reciclados e dos plásticos finais, só que cada um com características e necessidades de uso diferentes. Campos cita que os dessecantes, por exemplo, atuam na absorção dos gases gerados no processo de transformação que normalmente foram causados pelo excesso de umidade ou por misturas de resinas com tintas de impressão no processo de reciclagem. "Sem a utilização do aditivo dessecante o transformador só consegue reduzir os efeitos do problema de umidade e gás aquecendo previamente o PCR em um processo anterior ao da transformação, o que torna o processo produtivo muito mais trabalhoso e caro", pontua. Já o agente acoplante é indicado para melhorar a mistura entre resinas incompatíveis como o Polietileno e a Poliamida por exemplo. Essa incompatibilidade causa a perda das propriedades mecânicas do PCR tornando quase que impossível sua utilização. Para se reduzir essa incompatibilidade, explica o diretor comercial da Planet Color, o Agente Acoplante é utilizado tanto pelo reciclador como pelo transformador, possibilitando que resinas tecnicamente incompatíveis sejam misturadas entre si e que possam ser reutilizadas em vários processos de transformação.

Outro exemplo citado por Campos são os modificadores de impacto, muito utilizados para recuperar as propriedades mecânicas degradadas no processo de reciclagem ou para incluir propriedades que aquele PCR não possua em sua concepção, como por exemplo aumentar o modulo de flexão ou elasticidade de um polietileno de sopro. "Os modificadores de impacto já foram muito utilizados no processo reciclagem, mas hoje é mais comum ser utilizado diretamente no processo de transformação devido a melhoria constante na homogeneização de máquinas extrusoras, injetoras e sopradoras", diz.

O mais clássico dos exemplos talvez seja o odor das resinas PCR após sua reciclagem. Para tal desafio, há absorvedor de odores, que possui uma ação semelhante ao Aditivo Dessecante, só que sequestrando odores, deixando a PCR com menos "cheiros" característicos de resina reciclada. Sua utilização é mais indicada no processo de transformação mas pode ser aplicado no processo de reciclagem também.

Aditivos em destaque

Em outubro de 2022, Planet Color foi expositora da Feira K. "Como foco principal da feira era a sustentabilidade, fomos apresentar nossas soluções em aditivos para resinas PIR e PCR e lançar 5 novos produtos: Repelente a insetos, Repelente a pestes, Melhorador de Shelf Life e o Absorvedor UV permanente", relata Campos destacando as características dos materiais:

Repelentes a insetos - A nova geração de repelente de insetos à base de óleo natural da Planet Color oferece excelente proteção contra insetos, especialmente carunchos, evitando que danifiquem os grãos armazenados. É um aditivo à base de óleo microcapsulado, derivado apenas de ingredientes naturais, e é totalmente seguro para ser usado em contato direto com alimentos, o que fornece proteção superior e segurança para embalagens de alimentos.

Repelente a pestes - O repelente de pragas da Planet Color é um repelente e inseticida altamente eficiente e duradouro fornecendo excelente proteção contra pragas, pode ser processado por qualquer método de transformação (injeção, extrusão, termoformagem, sopro, rotomoldagem) com baixa interferência nas propriedades mecânicas dos polímeros. Exemplos de pragas controladas são mosquitos, moscas, baratas, mariposas etc.

Melhorador de Shelf Life - A nova geração de melhoradores de Shelf Life da Planet Color é segura e proporciona aos alimentos vida útil estendida por formar uma barreira ativa permanente. Essa solução atua na enzima responsável pela oxidação e escurecimento de frutas, legumes e verduras, e é também um excelente bactericida e fungicida de amplo espectro.

Absorvedor UV permanente - Este aditivo é projetado para polímeros utilizados em aplicações ao ar livre, proporcionando proteção contra os danos causados pela exposição prolongada à luz solar e aos raios ultravioleta. Ele ajuda a prevenir o amarelamento, a degradação e a perda de propriedades físicas dos materiais, prolongando a vida útil dos produtos.

Esses aditivos destacados pela Planet Color representam avanços significativos na busca por melhorar as propriedades e a aplicabilidade das resinas recicladas, contribuindo para a adoção mais ampla da economia circular e para a redução do impacto ambiental dos plásticos. Com soluções como essas, a indústria está dando passos importantes em direção a um futuro mais sustentável.

Após investimentos constantes em 2020 e 2021, a Planet Color fechou o ano de 2022 crescendo 40% em seus negócios em relação ao ano anterior, passando suas vendas de 1.400 para quase 2000 ton/mês de Masterbatch, aditivos e compostos. "Já para 2023, nossa expectativa é crescer ao menos 30% em nossa planta em SP e inaugurar uma em setembro uma nova planta em Manaus com capacidade inicial de 2.500 ton/mês de produção", observa Campos.

Uniformidade da cor

Os grandes players globais das indústrias (OEMs) possuem compromissos para redução das emissões dos gases do efeito estufa, conforme o Acordo de Paris e, quando estas metas são desdobradas em ações mais concretas, a substituição de plásticos virgens por plásticos reciclados PCR é um dos principais objetivos perseguidos, chegando a níveis de substituição de 30% até 50%. Segundo o Gerente de Contas Especiais da Termocolor, Murilo B. Feltran, a principal questão está na "reabilitação" dos plásticos reciclados PCR em várias aplicações das indústrias automotiva, linha branca, construção civil, eletroeletrônica, embalagens, entre outros mercados. Ele explica que o uso de masterbatches de aditivos de agentes antioxidantes, de proteção à radiação UV e agentes modificadores de impacto são essenciais para que tais metas sejam atingidas. "E a uniformidade da cor se torna fundamental, de forma que a estética da peça final não seja um empecilho para que os departamentos de projeto e design apliquem os plásticos reciclados PCR em peças aparentes e não somente em partes 'escondidas'", observa Feltran.

Uma das principais soluções recomendadas é o uso de masterbatches de agentes antioxidantes, que previnem a cisão molecular da cadeia polimérica e consequente degradação durante o processamento, evitando a perda de propriedades mecânicas e alterações de cor. "Além disso, o uso de masterbatches de modificadores de impacto pode reabilitar os plásticos reciclados para aplicações de maior desempenho mecânico e o uso de masterbatches de agentes de proteção à radiação UV pode permitir o uso em aplicações expostas à luz. Em alguns casos mais críticos de plásticos reciclados PCR (post-consumer recycled, reciclados pós-consumo), o uso masterbatches de agentes anti-odor pode ajudar a neutralizar os compostos odoríferos, transformando os plásticos reciclados em materiais inodoros ou menos odoríferos", afirma Feltran.

Além de todos estes masterbatches usados para melhorar as propriedades dos plásticos reciclados, a estabilidade e a uniformidade da cor é um ponto fundamental na aplicação dos plásticos reciclados. O executivo explica que a correta dosagem de masterbatches pode produzir peças moldadas em cinza, azul, e diversas cores e não somente em preto, como a indústria está acostumada a enxergar as aplicações de plástico reciclado. "Para tal, além do uso de masterbatches, a Termocolor pode produzir polímeros tingidos ou compostos na cor exata que o cliente está buscando, com estabilidade e uniformidade de cor", diz.

Na Termocolor, os projetos em desenvolvimento e produtos atuais que são aplicados em plásticos reciclados PCR são baseados em masterbatches que unem tanto estabilidade e uniformidade de cor quanto agentes antioxidantes e, em alguns casos, agentes de proteção à radiação UV. Tais masterbatches são adicionados no processo de extrusão dos plásticos reciclados PCR (previamente ao processo de dosagem) ou são dosados no processo de injeção já no processo de moldagem dos produtos finais. "Quando adicionados no processo de extrusão de plásticos reciclados PCR, é possível promover o ajuste de cor previamente ao processo de moldagem, o que melhora a uniformidade de cor do produto final. Um ponto importante é que a Termocolor também pode utilizar plásticos reciclados PCR como veículos em seus masterbatches", avalia Feltran.

Com o extenso know-how em cores e aditivos, a Termocolor fornece diversos masterbatches de aditivos para modificar de forma específica determinadas propriedades e melhorar a performance do processamento do material. Feltran explica que um grande diferencial da empresa é a possibilidade de combinar várias soluções em um masterbatch único, produzido sob medida para o cliente. Como exemplo, o executivo sita que é possível desenvolver masterbatches de cor cinza, azul ou branco que já possuam aditivação para outras funcionalidades, como agentes de proteção à radiação UV e/ou agentes nucleantes para polipropileno. Ele afirma que o uso combinado de vários aditivos possibilita uma grande vantagem no processo de dosagem pelo cliente, além de proporcionar vantagens logísticas e redução de estoque na fábrica do cliente.

"Além disso, a Termocolor pode fornecer o polímero já tingido e aditivado, pronto para ser processado pelo cliente, sem a necessidade de dosagem de masterbatches no processo de moldagem", afirma.

Aditivo para PP reciclado

A Edemm, que atua na área de aditivos e pigmentos líquidos, localizada em Jundiaí (SP), tem em sua essência a busca por soluções tecnológicas e sustentáveis, em harmonia com as demandas atuais do mercado. Como carro chefe a empresa apresenta o novo aditivo de alta performance, desenvolvido especialmente para o polipropileno reciclado.

"Esse aditivo traz consigo características incríveis. Primeiro, ele aumenta a fluidez do Polipropileno reciclado sem degradar ou perder suas propriedades mecânicas. Isso significa que você terá um material mais fácil de processar, sem comprometer a resistência e a durabilidade", explica Joab Manoel. Mas, segundo o empresário, as vantagens não param por aí. "O aditivo pode ser combinado com pigmentos, ou seja, além de melhorar o desempenho do plástico, ele também traz cor e traz vida", acrescenta. Outra vantagem, revela Joab Manoel, é que, mesmo na presença de contaminação de Polietileno, ele continua aumentando a fluidez do Polipropileno, graças à sua ação compatibilizante. "É uma solução completa para os desafios do processo de reciclagem. Os benefícios são surpreendentes. Além de aumentar a fluidez, nosso aditivo também aumenta o brilho dos produtos finais. Imagine ter peças plásticas com um aspecto visual ainda mais atrativo. E não podemos esquecer que ele reduz o odor desagradável que muitas vezes acompanha o plástico reciclado. Menos odor, mais satisfação para seus clientes", enfatiza. O aditivo proporciona ainda uma rápida troca de cor, conferindo mais agilidade na produção, economia de tempo e a possibilidade de atender a demandas diversas sem complicações. "Tudo isso atrelado a um sistema de dosagem (dosador) exclusivo EDEMM confeccionado pela empresa EcoRealhe", diz.

Outra linha de destaque na área de sustentabilidade é a ECO COLOR – Pigmento líquido de carbono sustentável (origem de reciclagem de pneus), produto exclusivo com objetivo de reduzir o impacto ambiental do descarte de pneus e reduzir a emissão de CO2 e consumo de óleo de origem fóssil.

Atentos às demandas

O ano de 2022 foi especial para Actplus, que iniciou o período com a contratação de um time de profissionais especialistas, seguido pela compra da unidade de masterbatch da Portalplast. "Esses investimentos duplicaram a capacidade produtiva da empresa e, aliados à estrutura robusta do grupo activas, nos coloca entre os maiores produtores de masterbatch da América Latina", sinaliza o diretor comercial Wagner Catrasta, que também destaca outros integrantes do time: Marcela Bonetti e Tiago Zorzo.

O portfólio de aditivos da actplus contempla antioxidantes, antiestáticos, antichama, anti-blocking, anti-odor, auxiliar de fluxo, anti-UV, compatibilizantes, entre outros. "Um dos nossos diferenciais, além de um time técnico especializado, é entregar a resina na cor desejada e aditivada atendendo a especificação do produto final", afirma Catrasta.

Como novidade, a empresa oferece os aditivos funcionais para a indústria de reciclados para as resinas PP/PE/ABS / PSAI. "O momento da economia circular está em alta, e por este motivo a procura por aditivos que atendam esse nicho vem crescendo cada vez mais na actplus. Estamos sempre antenados às novidades no Brasil e no mundo para que possamos trazer em primeira mão para os nossos clientes", explica o executivo. Nesse sentido, o principal produto da empresa visando a melhora de processo e produto em materiais reciclados é o master compatibilizante, que facilita o processamento em materiais com cargas minerais e outros tipos de resinas, proporcionando um produto com boa qualidade.

Mercado em crescimento

A Aditive também tem acompanhado a tendência mundial e vem investindo no desenvolvimento de novos produtos focados na economia circular. Entre eles, destaque para os agentes compatibilizantes que auxiliam a reciclagem de filmes multicamadas PE+PA, BOPP+PE, PE+PET. "Além disso estes mesmos produtos possibilitam a manutenção de propriedades de materiais reciclados contaminados PE+PP+ABS, PE+PA, PE+PET. Seguindo essa linha, possuímos aditivos que atuam reduzindo as perdas de propriedades mecânicas de materiais reciclados com longo histórico térmico, possibilitando aumentar o tempo de vida útil do polímero", explica o supervisor de laboratório da Aditive, Marcos Lins.

Lins destaca que mercado de reciclados sempre foi muito relutante em utilizar aditivos, já que algumas vezes podem resultar em um aumento de custo a curto prazo. "Contudo, hoje esta cultura está se modificando graças à tendência global de conscientização e priorização da economia circular", pondera. Os principais desafios, destaca Lins, estão no convencimento do reciclador em utilizar aditivos capazes de prover a manutenção necessária das propriedades do polímero. "Além disso, com certeza o incentivo público nacional para a regulamentação de medidas que incentivem a coleta seletiva de resíduos e o suporte a pequenos estados e municípios conforme o decreto 11.413/2023 prevê implantar uma consistente logística reversa", destaca.

Sobre as demandas dos clientes, a crescente busca por aditivos protetores para os reciclados e agentes antiodor, para inibir o cheiro característico dos reciclados, é uma das percepções da equipe da Aditive. Contudo, historicamente a empresa recebe muitas consultas e pedidos para retardantes de chamas para aplicação em reciclados. "Isto é visto por nós com bons olhos, pois incentiva a economia circular, já que polímeros reciclados podem e estão sendo utilizados em aplicações especiais e de segurança graças à utilização de aditivos", explica Lins.

A Aditive tem em seu portfólio mais de 100 tipos de aditivos com diversas finalidades e aplicações. Tendo destaque para os produtos estabilizante UV, retardantes de chamas, auxiliares de processo, sequestrantes de ácidos e anticolapsantes.

Soluções variadas

Jade Rodriguero Dino, do marketing de Aditivos para Plásticos da BASF para a América do Sul, vê com otimismo a perspectiva para os próximos anos para o mercado de aditivos para plástico da América do Sul. "Observa-se, de maneira geral, cada vez mais o interesse em desenvolver produtos com padrões mais elevados e que promovam a economia circular, apesar do cenário desafiador de resinas virgens globalmente", diz. A executiva explica que, após um cenário de mercado favorecido pela pandemia, onde houve um crescimento da demanda para grades específicos, devido principalmente a problemas na cadeia de suprimento, o cenário atual apresenta mais estabilidade e pressão por redução de custos na cadeia.

Dentro desse contexto, a empresa possui, além do amplo portfólio para as mais diversas aplicações, destaques importantes na área. Entre eles estão os aditivos destinados aos filmes agrícolas que podem ser adequados aos tipos e teores de defensivos que estão presentes ao redor do uso dos plásticos. "Aditivos convencionais não têm resistência química adequada para suportar o uso de defensivos sem romper. A BASF é a criadora da tecnologia NOR-HALS, que atende a esse desafio e também protege contra a radiação UV, ajudando os plásticos usados em todos os tipos de cultivos a durarem mais tempo", explica Jade.

Outro destaque importante é o portfólio B-Cycle, que, segundo a executiva, traz soluções completas para todas as etapas da reciclagem mecânica, desde a triagem, passando pela lavagem e extrusão. O B-Cycle é voltado para os mais diferentes tipos de plásticos – desde embalagens flexíveis, plásticos rígidos, como lixeiras, tambores, peças automotivas, até mesmo para plásticos com contaminantes ácidos, como os de baterias e outras peças automotivas.

Uma novidade que foi apresentada recentemente pela empresa é o filme plástico voltado para o cultivo de bananas. Jade sinaliza que ele deve ser colocado logo no início da formação da flor para proteger contra o ataque do inseto Tripes, comum durante as estações mais quentes do ano, e que deixa marcas e erupções na casca. "Com a proteção, é garantida a qualidade visual da fruta e a lucratividade do produtor. A solução foi desenvolvida pela BASF em parceria com a Braskem e a Unesp (Universidade Estadual Paulista). Tem ação repelente graças a um aditivo anti-UV, é 100% reciclável e pode ser reutilizado por duas safras, garantindo a mesma eficiência de controle do inseto", diz a executiva.

Neste ano, o portfólio também ganhou uma nova solução criada pelo negócio de Home Care da BASF e que é voltada para a segunda etapa da reciclagem – a limpeza dos materiais. Sujeira, matéria orgânica, gordura, são resíduos que comprometem a qualidade do produto reciclado, geram mau odor e acabam exigindo grande esforço na etapa de lavagem. Jade explica que com foco nesses desafios, o time de P&D desenvolveu uma formulação específica, o Soluprat Superfície, que melhora a qualidade do material reciclado: um produto 3 em 1 biodegradável com ação detergente, antiodor e antiespuma.

"Por fim, na extrusão e conversão, oferecemos aditivos que evitam degradação oxidativa e térmica, que garante qualidade e preserva as propriedades do material reciclado. Assim, ele pode voltar para a economia, fechando a sua circularidade", afirma.

Jade resume as principais demandas atuais em três tópicos:

  1. Matérias-primas que agreguem valor ao produto acabado, porém como o mercado está muito "pressionado" devido aos preços das resinas virgens, o aumento do custo precisa ter o menor impacto possível no custo do produto acabado, para que seja possível se manter competitivo na indústria.
  2. Brand Owners & Indústrias aumentem o consumo de produto reciclado, mesmo que o preço esteja similar ou menos competitivo que o preço da resina virgem, para fomentar ainda mais o produto reciclado.
  3. Projetos conjuntos de circularidade - como conseguimos fomentar novos projetos para maximizar a utilização de plásticos reciclados, conectando os players da cadeia, desde a cooperativa até o Brand Owner.

DENKA TX

A Compostos do Brasil oferece ao mercado produtos de empresas líderes em seu segmento divididos em três famílias: Elastômeros termoplásticos (TPE, TPV, TPU, TR, TPE – E, PEBA e NSBC), Plásticos de engenharia (POM, PBT, PPS, PPO, Compostos de Poliamida, Compostos de PP), e Aditivos especiais (Dyna Purge, agente de purga, modificadores de impacto para PS e PP). Conforme o diretor comercial, Nilton Bueno, a empresa está lançando um material transparente de nome DENKA TX, voltado ao mercado de substituição de vidro em embalagens ou produtos em geral. "Esse material 100% reciclável tem menor densidade que o acrílico, excelente transparência e fácil processamento", explica Bueno.

A Compostos tem em sua grade de oferta, aditivos que melhoram a performance do material reciclado o que beneficia o aumento de possibilidade de atendimento a aplicações mais rígidas. Segundo o empresário, o aditivo recupera significativamente as propriedades do material reciclado.

Como principais demandas dos clientes na atualidade, Bueno cita principalmente Elastômeros para modificação de impacto ao PP reciclado e o CLEAREN para modificação de impacto ao PS reciclado. "A Compostos do Brasil vem crescendo a dois dígitos desde 2015, e temos a expectativas de conseguirmos isso também em 2023", finaliza o diretor comercial.

Lançamentos recentes

Com um portfólio com mais de 500 tipos de aditivos para plásticos com diversas funções e resinas base como PE, PP, PA, PET, PC, HIPS, entre outros, o carro-chefe da Cromex são os deslizantes, antiestáticos, antibloqueio, antioxidantes e estabilizantes à luz. Em 2022 a empresa lançou as linhas:

  • Act Green, Live All Colors®: Composta por um pacote de soluções sustentáveis, dentre elas aditivos para auxiliar na processabilidade e ganhos de propriedades mecânicas das resinas pós-consumo;
  • GrapheX – Cromex Graphene: Desenvolvida em parceria com a 2DM (2D Materials Pte Ltd), é uma linha de masterbatches com grafeno que oferece benefícios significativos em termos de propriedades mecânicas em vários processos industriais, como rotomoldagem, injeção, extrusão e sopro de peças e produtos reciclados.
  • Compatibilizantes: Capazes de compatibilizar diferentes polímeros, melhorando sua processabilidade e propriedades mecânicas, aumentando a porcentagem de PCR no produto final, recomendado em Blendas de resinas PE/EVOH/PA e PE/PP em aplicações de rígidos e flexíveis;
  • Tracer: Utilização de tecnologia de aditivação em embalagens para dificultar fraudes e falsificações de produtos.

Para Thiago Lima, Gestor de Produtos, o mercado plástico vem buscando cada vez mais alternativas que minimizem o impacto ambiental e que promovam uma economia circular. "Pensando nisso, a Cromex investe e dedica esforços em desenvolver soluções inovadoras e ambientalmente responsáveis aos transformadores. A fim de solucionar os principais desafios no processamento da resina pós-consumo, a Cromex vem ampliando as pesquisas e lançamentos de novos aditivos que promovam o desempenho das resinas pós-consumo (PCR)", explica.

Os destaques da empresa são os produtos da linha Act Green, Live All Colors®, que inclui 4 linhas de soluções sustentáveis: aditivos para facilitar a reciclagem e melhorar a qualidade de resinas PCR (poliolefinas, estirênicos e PET), a linha de pretos NIR (isento de negro de fumo) para facilitar a classificação de peças pretas durante a reciclagem, a linha de masterbatches coloridos e aditivos em resina PCR (poliolefinas, estirênicos e PET) e a premiada linha rC-Black, masterbatches pretos produzidos com negro de fumo recuperado de pneus, que atualmente retira anualmente 1,2 milhões de pneus descartados no meio ambiente, reduzindo 5.000 t/ano de emissão de CO2 e 5.000 t/ano de utilização de óleo de origem fóssil.

Macrogreen e Macrofilled

O carro-chefe da Macroplast no momento é o Anti UV, produto vastamente utilizado no segmento do agronegócio. A diretora comercial Elisangela Melo e a gerente de produtos, Jucie Bandeira, destacam uma molécula que proporciona altas resistências químicas com baixa espessura para estufas e mulching além dos aditivos para ráfias com excelente performance e baixo arraste de água.

Além disso, as executivas apontam a Macrogreen, linha de soluções completa para a economia circular. "A linha de aditivos tem muito destaque e entregamos para a economia circular produtos de altíssima qualidade técnica e aditivados com um pacote de aditivos que auxiliam tanto no nosso processamento como na aplicação de nosso cliente, com blendas de antioxidantes, por exemplo", descrevem as gestoras.

Elisangela e Jucie destacam a liderança da empresa na fabricação de resinas tingidas e compostos para plásticos de engenharia, e no setor de construção civil, a liderança em resinas brancas aditivadas com UV. "Lançamos recentemente compostos de PP com bário para aplicação no segmento odontológico. Além dos compostos para fios e cabos e espelhos de tomada de retardante à chama Glow Wire", explicam. Outro importante lançamento voltado à economia circular, tanto na substituição de produtos de menor reciclabilidade, quanto no custo, é a linha Macrofilled. Trata-se de um composto formulado com carga híbrida para atender aos requisitos mais rígidos de tração e impacto, por exemplo. "Entendemos que o movimento circular é global e necessário para diminuirmos o impacto do consumo para o planeta, vai crescer cada vez mais também no Brasil, por isso incluímos em nossa visão e atuamos continuamente para implementar melhorias internas em nosso processo, assim como em nosso portfólio", afirmam.

PRO+ e dessecantes

Na Plástico Brasil 2023, ocorrida em março, a Procolor lançou uma nova linha de produtos com o nome de PRO+. Essa nova linha de aditivos colorantes engloba produtos com conceitos diferenciados, como os efeitos marmorizados e as fibras naturais, sendo conceitos de produtos exclusivos diferenciados dos tradicionais, podendo ser aplicados tanto na resina virgem quanto na resina reciclada. "A linha PRO+ traz ao produto final uma característica conceitual, gerando exclusividade, valor e elegância, sendo indicados para os processos de injeção e extrusão, mas estamos estudando algumas aplicações para os processos de Rotomoldagem e moldagem por sopro", explica Rodrigo Avelino, assistente técnico da empresa.

Atenta às demandas sustentáveis, Avelino afirma que a Procolor está cada vez mais alinhada com a economia circular e fomentando produtos para melhorar o processamento de plásticos reciclados. "Os aditivos absorvedores de umidade (Dessecante), compatibilizantes, Anti UV, Antioxidantes, Modificadores de impacto, Essências, Anti Odor e outros contribuem significativamente para recuperar os plásticos reciclados e os mesmos voltarem ao consumidor final como produtos de qualidade, tal qual aqueles de primeiro ou segundo processamento", diz o assistente técnico.

Avelino acrescenta que todos os produtos da linha voltada para a transformação utilizando plástico reciclado têm uma excelente performance. O destaque vai para o aditivo absorvedor de umidade (Dessecante), que tem a função de absorver a umidade dos polímeros reciclados em processamento, especialmente as poliolefinas, garantindo, por exemplo, um filme sem umidade e dando ao produto final uma característica visual tal qual a utilização de um polímero virgem, além dos ganhos em resistência mecânica que acabam sendo fragilizados pela umidade. "O aditivo é utilizado em pequenas dosagens de 1% a 5%, conforme o processo, produto final e percentual % de umidade da resina reciclada. Com todos esses benefícios, o transformador ganha em redução de custo, com a eliminação do processo de aglutinação (secagem do material plástico), tempo, energia e mão de obra, focando em produtividade e garantindo um produto final com qualidade, simplesmente adicionando o Dessecante em processo direto de adição em carga", explica o executivo. Ele também dá uma dica para esse produto: utilizar sempre a embalagem em 100% e, se for necessário utilizar parte do produto, selar a embalagem de forma a eliminar o ar dentro dela para que o produto não absorva umidade e perca sua eficiência quando for necessária a sua utilização. "Sempre ressaltamos os cuidados no manuseio e armazenamento, a fim de garantir que o produto, quando aplicado, consiga realizar a sua função perfeitamente", sinaliza.

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