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Automação e Indústria 4.0: novas tecnologias aumentam a eficiência

21 de novembro de 2023
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A competitividade do setor industrial, que representa quase 25% do PIB nacional, depende cada vez mais da automação industrial, que consiste no uso da tecnologia para controlar e tornar autônoma a execução de tarefas, funções e mecanismos com o objetivo de tornar a cadeia produtiva mais eficiente. Essa representatividade justifica os investimentos em P&D para viabilizar a Indústria 4.0, na qual também se insere o segmento de transformação do plástico.

Graças às empresas de vanguarda que fornecem produtos e serviços envolvendo um amplo sistema de tecnologias avançadas, tem sido possível mudar as formas de produção e os modelos de negócios. Estas tecnologias, até pouco tempo desconhecidas, mas que hoje fazem parte de um conceito bem familiar no setor industrial, a desejada Indústria 4.0, cresce aos poucos, pois ainda está em fase de implantação no Brasil.

No entanto, gradativamente esse panorama mostra novas estratégias. Empresas de qualquer porte sabem que precisam investir em tecnologia, pois, em função do uso de máquinas e computadores, cria-se um cenário de inovação, eficiência e customização, e o sistema está mudando as etapas de produção por meio da automação e troca de dados e de modelos de negócios. A Plástico Sul ouviu fabricantes de equipamentos e outros players para saber o que o mercado oferece, o estágio de implantação e os benefícios que as novas tecnologias proporcionam aos que decidem se modernizar.

Com cinco unidades produtivas e sede em Caxias do Sul, a Sulbras Moldes e Plásticos é uma empresa em sintonia com as exigências tecnológicas do mercado de automação para a indústria do plástico, como ressalta Flavio Venzon, Diretor de Manufatura e Qualidade. “As novidades mais recentes na empresa estão no campo da Manipulação (montagem) e no campo de sistemas artificiais de visão. Digo de manipulação, pois em montagens complexas procuramos utilizar tecnologia com robô articulado de 6 eixos livres. Isso nos dá uma flexibilidade maior para atuar em mais de um tipo de produto. E quanto à sistemas de visão: sabemos que o processo de injeção, por mais tecnológico e controlado que seja, pode ainda ter defeitos mínimos. Estes defeitos podem ser aceitos, como também podem não ser aceitos. Neste caso da não aceitabilidade, sistemas de visão computacional que substituem a visão humana são bem empregados. Também destaco que, produção de larga escala, ciclo rápido, não é possível detectar mínimos defeitos a olho nu, e mais uma vez, o recurso do sistema de visão é muito bem empregado. Carro-chefe então são sistemas poka yoke com visão computacional e manipulação”, explica o executivo.

Especialista em máquinas e equipamentos para soldagem por ultrassom, a Herrmann Ultrassom também apresenta atualizações no seu portfólio. “Com os sistemas SLIMLINE e COMPACTLINE, a Herrmann Ultraschall oferece a solução de soldagem ideal para a automação dos processos de produção”, informa Andreas Haug, Gerente de Vendas Regional América do Sul. “Além do aumento das taxas de ciclo, as empresas se beneficiam da consultoria com a Herrmann Engineering, que permite uma rápida integração nas linhas de produção. Especialmente desenvolvidos para uso no ambiente de automação, os sistemas de soldagem da série SLIMLINE e COMPACTLINE proporcionam um aumento duradouro na velocidade e na eficiência da fabricação”, diz.

Andreas Haug ressalta que “o controle preciso do processo de soldagem e o acionamento com tecnologia de válvula proporcional, ou na versão mais rápida Pre-Loaded, ou até sistemas servo-pneumáticos patenteados garantem altas velocidades de produção de até 60 soldas por minuto com resultados de soldagem excelentes e de alta repetibilidade”. E acrescenta: “Devido ao design compacto e às interfaces digitais necessárias, a integração dos sistemas de soldagem SLIMLINE e COMPACTLINE em linhas de produção novas ou existentes é facilmente possível”.

O executivo explica que “a soldagem ultrassônica automatizada elimina processos que consomem bem mais tempo, como processos térmicos que precisam de aquecimento ou processos com adesivos de cura ou cola como hot melt. Além disso, os sistemas SLIMLINE e COMPACTLINE unem plásticos sem fornecimento de calor externo ou agentes de união adicionais, resultando em um consumo de energia significativamente menor em comparação com processos de união alternativos. Isso reduz os custos e, ao mesmo tempo, melhora o equilíbrio em termos de sustentabilidade”, esclarece.

Para atender às necessidades individuais dos clientes, a Herrmann oferece diversas variantes da série SLIMLINE e COMPACTLINE com diferentes potências, funções e sistemas de controle. “Junto com o cliente, os especialistas em aplicações da Herrmann determinam a solução de soldagem ideal e prestam suporte à integração dos sistemas para que eles estejam disponíveis rapidamente”, completa Andreas Haug.

Ampliações e lançamentos

Em setembro, o Sepro Group, uma das mais conceituadas fornecedoras mundiais de tecnologia de automação, celebrou 50 anos de existência e aproveitou para inaugurar sua nova sede em Itupeva-SP, onde conta com estoque de robôs em pronta entrega para máquinas de 20T até 1500T, como informa Oscar da Silva, Diretor de Vendas & Serviços América do Sul. O executivo também destaca quais são as novidades tecnológicas mais recentes e o destaque no catálogo. “A SEPRO Group lançou a função 'EcoAir', que permite reduzir o consumo de ar comprimido de até 85% e até antecipar desgaste prematuro da sua garra de preensão. Ela também apresentou na feira K2022 e na Fakuma 2023 o painel 'Sepro Connect', que permite coletar e apresentar informações de todos os equipamentos que completam células automatizadas de moldagem por injeção de plástico (incluindo máquina injetora) em diferentes locais, pois o robô acaba sendo o centro da célula interagindo com todos os periféricos, incluindo a injetora”, ressalta. E acrescenta que o "Sepro Connect" promete transformar a maneira como os transformadores gerenciam sua produção, aumentam sua produtividade geral e controlam o consumo de energia, reduzindo assim sua pegada ambiental e os custos operacionais.

“O modelo mais vendido da SEPRO é a gama SUCCESS, que atende máquinas de 20T até 1000T. E dentro dessa gama, a venda dos modelos de 5 eixos equipados de uma dupla rotação servomotorizada da Sepro que permite maior aproveitamento do robô fora da injetora com operações de etiquetagem, flambagem, marcação, corte, empilhamento, está crescendo”, explica Oscar da Silva.

A Branqs Automação é uma indústria nacional que produz CLPs e IHMs, auxiliando no desenvolvimento de processos industriais de diversos segmentos da Indústria 4.0. “Possuímos o domínio da tecnologia dos nossos produtos, tanto na parte de hardware quanto na parte de software, o que faz com que tenhamos total expertise para capacitar os profissionais e os jovens que procuram desenvolver habilidades e se destacar no setor industrial”, diz Thiago La Pastina, Líder da Engenharia de Aplicação.

"A Branqs é conhecida por possuir produtos com qualidade e alta performance para as máquinas mais exigentes do mercado", ressalta. O executivo conta sobre novidades: "Visando também oferecer um CLP de maior qualidade, alta performance e preço competitivo para máquinas de pequeno e médio porte de injeção e sopro de plásticos, a Branqs lançou o 'Kit Injetora Padrão' e o 'Kit Sopradora Padrão'. Os Kits padrões são flexíveis, se adaptam a vários tipos de máquina e estão prontos para a indústria 4.0. Contam com recursos avançados, como o controle dos motores por inversor de frequência para economia de energia da fábrica e programador de Parison gráfico, no caso do kit para sopradora", informa.

Na mesma sintonia, José Luiz Galvão Gomes, Diretor Comercial da Dal Maschio, comenta detalhes específicos desse mercado. "O setor onde atuamos, de automação industrial, se diferencia de muitos outros pela necessidade de oferecer a nossos clientes soluções personalizadas. Desta forma, nosso 'carro chefe' é o foco no entendimento e busca do atendimento das necessidades de cada cliente e de cada aplicação, com o melhor custo/benefício, que é o que o mercado tem cada vez mais exigido", ressalta.

Mercado exige, empresas resolvem

Em muitas ocasiões os fabricantes oferecem novidades e atualizações, em outras, o mercado faz uma espécie de exigência. Os fornecedores revelam o que está sendo exigido, como enfatiza Flavio Venzon, Diretor de Manufatura e Qualidade. "Em se tratando de produtos, o mercado exige ZERO DEFEITO. Da mesma forma que o 'Transformador' (indústria), exige a máxima tecnologia dos fabricantes de máquinas para minimizar a produção de peças defeituosas. Considero que existem ao menos 6 fatores relacionados ao surgimento de defeitos em peças, e que os fabricantes de máquinas estão incansavelmente na busca de soluções computacionais para minimizar e eliminar variáveis que interferem diretamente no processo/produto. E não é diferente para sistemas de automação: mecanismos que garantam o posicionamento com repetibilidade", explica o executivo.

Para Andreas Haug, Gerente de Vendas Regional América do Sul da Herrmann Ultrassom, o mercado tem foco preciso do que deseja: "Mais precisão e repetibilidade nas soldas, definidos com medição exata da profundidade de solda; Mais sistemas de solda SLIMLINE e COMPACTLINE integrados em soluções com robôs, ao lado da automação clássica com integração em sistemas de esteira ou mesas giratórias; Mais visualização de processo de solda com curvas gráfica; e mais controle/monitoramento de processo de solda, leitura e download de dados da solda". E como resolver? "Seja via módulos fieldbus ou por integração adicional de um próprio desenvolvimento da Herrmann, o DataRecorder", informa. "A cada processo de soldagem, os geradores registram os dados do processo, o que significa um banco de dados significativo com mais de 150 parâmetros por solda está disponível. A mais nova geração do software DataRecorder permite gravação confiável, arquivar, analisar e exportar esses dados em diversos formatos a um computador externo do cliente. Assim que o PC DataRecorder e as máquinas, sistemas ou geradores estão na mesma rede, os dados do processo são registrados automaticamente. O DataRecorder G3 registra os dados do processo de até 16 geradores da geração ULTRA-X ao mesmo tempo", ressalta Andreas Haug.

Conforme destaca Oscar da Silva, Diretor de Vendas & Serviços América do Sul da SEPRO, "a automação é a chave para o sucesso dos transformadores por injeção de plástico, a escassez de mão-de-obra qualificada e não qualificada, os elevados preços da energia e dos materiais, a pressão ambiental e a incerteza global são grandes preocupações para os transformadores". E aí é preciso atender o mercado. "Felizmente, a automação robótica oferece pelo menos uma solução parcial para cada um deles, ao reduzir a dependência do trabalho manual, aumentar a eficiência, reduzir o desperdício e reduzir os custos de produção. Na Fakuma 2023, a Sepro apresenta diversas inovações para demonstrar o que é possível através da aplicação inteligente da automação", esclarece o executivo.

Superar a simplicidade é a constatação da Branqs. "Para o atual mercado, ter produtos que supram os requisitos básicos como qualidade, segurança, confiabilidade, durabilidade e suporte já não bastam para a exponencialidade dos avanços tecnológicos. Com a consolidação da quarta revolução industrial nas manufaturas brasileiras, características como a capacidade e a facilidade de integração com outros tipos de equipamentos e sistemas, saíram do rol dos recursos opcionais e passaram a vigorar como exigências para novas negociações", explica o Líder da Engenharia de Aplicação Thiago La Pastina.

Desafios da Indústria 4.0... e a 5.0 é real?

Enquanto alguns setores na Europa já falam em Indústria 5.0, no Brasil ainda há um vácuo na implantação da Indústria 4.0. Flavio Venzon, Diretor de Manufatura e Qualidade da Sulbras, lembra que diversas iniciativas governamentais, educacionais e industriais estão sendo tomadas para promover a adoção e implementação de tecnologias de Indústria 4.0 no Brasil. "Isso inclui investimentos em pesquisa e desenvolvimento, estabelecimento de parcerias público-privadas, criação de programas de capacitação e treinamento para profissionais, além de incentivos fiscais para estimular a adoção de tecnologias de ponta. A Indústria 4.0 tem uma fundação mais robusta, pois já tem 12 anos de pesquisas e implementações, nas mais variadas áreas, de serviços à Manufatura. A implementação ainda é lenta no Brasil. Antes de falar de Europa, temos que conceituar e colocar as diferenças entre a Indústria 4.0 e a Indústria 5.0".

Venzon faz uma interessante dissertação para explicar quais são estas diferenças: A indústria 4.0 é o termo que designa os movimentos de transformação dentro das indústrias que estão buscando novas tecnologias em vários níveis para aumentar a qualidade dos seus produtos, aumentando a produtividade de todo o negócio. A transformação não é somente na aquisição ou evolução de maquinários, como também no pensamento estratégico de gestores, através de constante atualização: Maturidade 4.0. A principal intenção é que os sistemas consigam ter automações ainda mais eficientes para otimizar a manufatura, para isso, estão muito presentes o big data e a inteligência artificial, que refletem em tecnologias e processos voltados à coleta de dados para serem aproveitados como estratégia.

Já a Indústria 5.0 é o processo de inserção do ser humano junto às tecnologias automatizadas, criando um campo onde ambos se complementam. No processo de fabricação, os avanços tecnológicos devem ser considerados, assim como a sua capacidade de autoaprendizagem e de automação, porém, a visão da indústria 5.0 é que esse processo é melhor aproveitado quando há um ser humano o impulsionando, através de nosso potencial criativo. O principal propósito da quinta revolução industrial é permitir que o pensamento crítico de especialistas em diversas áreas seja aproveitado em maquinários e tecnologias avançadas, gerando uma criatividade única e entregando aos consumidores produtos com maior toque humano e voltados para as suas necessidades.

“Logo, dizer que na Europa já se fala em Indústria 5.0 é muito real, pois a metodologia já vem desde 2017 surgida no Japão. E se formos ‘mirar um olhar ao passado’, unindo o Sistema Toyota de Produção com a Indústria 4.0, analise comigo, é a Indústria 5.0: coloca o ser humano no centro de tudo e se utiliza da tecnologia para melhorar a sua jornada profissional e pessoal”, esclarece Flavio Venzon.

Sem se aprofundar tanto em conceitos, Andreas Haug, da Herrmann Ultrassom, comenta sobre a lentidão de um sistema já conhecido e outro iniciante. “Quanto à solda por ultrassom, a implantação da Indústria 4.0 no Brasil ainda está relativamente devagar. Discutida muito, mas pouca aplicada ainda. Porém, um leve crescimento e demanda neste sentido já é visível. Indústria 5.0 com mais inclusão de AI e sistemas auto-monitorados com mais sensores, por exemplo, está começando na Europa, mas ainda bem no início. Aparentemente em nível similar como a Indústria 4.0 atualmente no Brasil”, explica.

Thiago La Pastina, Líder da Engenharia de Aplicação da Branqs, faz uma observação importante. “Há dez anos, enquanto tratávamos a Indústria 4.0 como uma promessa ou até como um conceito abstrato, em alguns países desenvolvidos a integração promovida por este advento já se fazia real. Atualmente, enquanto já começamos a colher os frutos da Indústria 4.0, a preocupação das grandes potências econômicas é tornar a inserir o ser humano nessa equação de crescente produtiva e tecnológica. A recolocação do fator humano nos processos produtivos tecnológicos é o que se esboça como Indústria 5.0”, comenta o especialista.

E arrisca uma previsão: “No Brasil, diferente de países europeus, fatores culturais fazem com que a importância do homem para os processos produtivos e de tomadas de decisões já seja reconhecida e valorizada. Com essa característica da sociedade brasileira, somada ao fato de que a tecnologia se propaga de forma cada vez mais rápida, creio que atingiremos os potenciais da Indústria 5.0 mesmo antes da Europa”, aposta.

Com foco no aspecto produtivo, José Luiz Galvão Gomes, Diretor Comercial da Dal Maschio, direciona o foco para a interação. “Nossos equipamentos há anos possuem saída preparada para comunicação e integração com sistemas de Fábrica 4.0, sendo que as mesmas são comumente usadas para a comunicação remota nos permitindo efetuar análises de operação/funcionamento dos equipamentos, bem como atualizações e personalizações de software de forma não presencial, reduzindo custos e prazos de atendimento”, destaca.

Estratégias para conquistar e fidelizar
Em um mercado competitivo, as empresas precisam desenvolver estratégias para crescer. Se não há fórmula mágica, qual o segredo? Flavio Venzon, Diretor de Manufatura e Qualidade da Sulbras, explica: “Conquistar e manter clientes pode ser um desafio complexo, dependendo do setor e da natureza específica do negócio. No entanto, existem alguns desafios comuns que muitas empresas enfrentam ao tentar atrair e reter clientes. Alguns dos principais desafios incluem”:

A) Concorrência acirrada - Em muitos setores, a concorrência é intensa e os clientes têm uma ampla variedade de opções para escolher. Destacar-se da concorrência e oferecer valor único é fundamental para conquistar clientes.
B) Mudanças nas preferências dos clientes - As preferências dos clientes podem mudar rapidamente devido a tendências de mercado, mudanças no comportamento do consumidor e avanços tecnológicos. Adaptar-se a essas mudanças e oferecer soluções que atendam às necessidades e desejos dos clientes é crucial.
C) Comunicação eficaz - A comunicação eficaz e clara com os clientes é fundamental para construir confiança e estabelecer relacionamentos duradouros. Compreender as necessidades dos clientes e comunicar como seu produto ou serviço pode atendê-las é essencial.
D) Qualidade do produto/serviço - A qualidade do produto ou serviço oferecido é um fator-chave na atração e retenção de clientes. Garantir a consistência e a alta qualidade ao longo do tempo é fundamental para construir uma base sólida de clientes fiéis.
E) Serviço pós-venda - Um bom serviço pós-venda pode fazer a diferença na experiência do cliente e na sua decisão de repetir o negócio/desenvolvimento. A capacidade de resolver problemas e atender às necessidades dos clientes após a compra é crucial para construir lealdade.
F) Adaptação à tecnologia - Em um ambiente de negócios em constante mudança, a adaptação a novas tecnologias pode ser fundamental para atrair e reter clientes. A implementação de soluções tecnológicas que facilitem a interação e melhorem a experiência do cliente pode ser crucial para o sucesso.

“Superar esses desafios requer uma compreensão profunda dos clientes, um compromisso com a inovação e a melhoria contínua, além de uma abordagem centrada no cliente em todas as operações do negócio”, completa Fábio Venzon.

Andreas Haug, da Herrmann Ultrassom, concentra sua análise na questão técnica. “Do ponto de tecnologia, a Herrmann é líder mundial em tecnologia no segmento da solda por ultrassom e benchmark na indústria de solda de plásticos. Como especialista em soldagem ultrassônica de componentes plásticos, a Herrmann vem desenvolvendo sistemas de soldagem seguros e eficientes há mais de 60 anos. Com os serviços da Herrmann Engineering, mais de 600 funcionários estimulam clientes em todo o mundo. O princípio orientador 'BONDING - MORE THAN MATERIALS' representa uma colaboração respeitosa e confiável”, aponta.

E completa o raciocínio: “Dessa forma, a Herrmann, como um consultor confiável, garante um processo de soldagem sustentável e econômico a longo prazo. Desafios principais no Brasil são atualmente altos custos de financiamento (juros), mas com soluções individuais como parcelamentos no pagamento, a Herrmann ajuda os seus parceiros a reduzir esses custos. Vários produtos da Herrmann, encaixando em Ex-Tarifário, são isentos de imposto de importação, também reduzindo os custos dos clientes”, explica.

Enquanto isso, Oscar da Silva, da Sepro, é extremamente objetivo na avaliação. “O maior desafio é mostrar para os clientes que equipamentos de preço baixo geralmente vindos da China têm limitações em termos de desempenho, de velocidade, de versatilidade além de um suporte técnico local fraco ou inexistente, o que dificulta o transformador poder otimizar sua produtividade e evoluir na medida que seu nível de exigência e competitividade for aumentando”, ressalta.

Uma questão diferente, mas igualmente importante, foi apontada por Thiago La Pastina, da Branqs. “Pensando na indústria de Controladores Lógicos Programáveis e na prestação de serviços de automação industrial, o principal desafio que encontramos é a carência de profissionais especializados em Tecnologia da Informação (TI) na indústria. Os profissionais de TI, podem não saber, mas serão grandes facilitadores para a evolução tecnológica industrial e, atualmente, já vigoram como uma grande carência nesse setor”, aponta o executivo.

Em sintonia com aqueles que pensam na questão da eficiência, José Luiz Galvão Gomes, da Dal Maschio lembra questões de produtividade. “Tivemos sempre muita preocupação em fornecer sistemas de programação e operação de fácil uso e simples interação, sendo que nossos robôs oferecem conceito de programação diferenciado, com o uso de telas de funções Macro pré-programadas, as quais simplificam a programação dos ciclos de operação normais, as quais podem ser mescladas ou substituídas por sistema de programação passo a passo. Com isso unimos a simplicidade com a flexibilidade, dando total autonomia de operação a nossos clientes. O sistema possui ainda sistema inteligente de auto programação de velocidades, aumentando a segurança de movimentação dos robôs, assim como reduzindo o consumo energético e aumentando a vida útil dos mesmos”, destaca o executivo.

Desempenho positivo, futuro promissor
O período pós-pandemia foi superado e a mudança de governo não alterou a curva ascendente de muitas empresas, como a Sulbras Moldes e Plásticos, que segundo Flavio Venzon, está em um momento de crescimento e expansão. “Em 2023, a empresa superou as metas de produtividade e qualidade, além de reduzir os incidentes em clientes. Com isso, a companhia espera concluir o ano com um desempenho positivo, com crescimento de receita”, projeta. E há um futuro otimista de acordo com o executivo. “Para 2024, a Sulbras projeta um crescimento ainda maior. A empresa planeja investir em novos equipamentos e tecnologias, a fim de aumentar a produtividade e a eficiência. Além disso, buscará expandir sua presença no mercado, conquistando novos clientes e mercados”, afirma.

O executivo inclusive revela alguns dos principais objetivos da Sulbras para 2024: a) Qualificar ainda mais os colaboradores; b) Crescimento de receita; c) Crescimento de lucro; d) Investimento em novos equipamentos e tecnologias; e) Expansão da presença no mercado. “Para alcançar esses objetivos, a empresa continuará a investir em seu pessoal e em suas instalações. Acreditamos que, com dedicação e trabalho duro, será possível continuar a crescer e se tornar uma das principais companhias do setor”, diz. Flávio Venzon elenca alguns dos fatores que contribuem para o bom desempenho da Sulbras: A) Equipe experiente e qualificada; B) Foco na qualidade; C) Investimento em tecnologia; D) Estratégia de expansão. “A Sulbras Moldes e Plásticos é uma empresa sólida e bem-sucedida. Com um plano de crescimento sólido, está preparada para continuar a crescer e prosperar nos próximos anos”, completa.

A Sepro também compartilha esse sentimento de superação diante dos resultados positivos. O diretor Oscar da Silva está otimista. “A previsão é para fecharmos 2023 com um faturamento 20% acima em relação ao ano anterior e com recorde de volume de venda. Mas como todo ano, é muito difícil se projetar para o ano seguinte diante de tantas incertezas globais. No entanto, seguimos investindo contratando profissionais e desenvolvendo mais soluções de automação para acompanhar nossos clientes no caminho de maior produtividade, eficiência e economia de energia”, comenta. Da mesma forma, a Branqs também avalia o desempenho e as projeções depois de um período instável até 2022. “No ano de 2023 pudemos vivenciar um vislumbre na normalização dos serviços e fornecimentos que foram fortemente prejudicados pela pandemia. Para 2024, projetamos um aquecimento no mercado, impulsionado pela forte tendência de deflação. Com isso, esperamos, além de ganhar mercado, aumentar nosso faturamento’, projeta Thiago La Pastina. Igualmente positiva é a avaliação da Herrmann Ultrassom, conforme destacou Andreas Haug. “O ano 2023 no Brasil vai ser concluído na Herrmann muito satisfatório, acima das expectativas. Projeção para 2024 atualmente um pouco difícil, provavelmente mais desafiador’, afirma. E para fechar o bloco, José Luiz Galvão Gomes, diretor da Dal Maschio, destaca que “com a flexibilidade de fornecimento de equipamentos totalmente personalizados e equipados com acessórios dedicadas para as mais exigentes aplicações estamos preparados para acompanhar as novas necessidades demandadas pelo surgimento de Fábricas 4.0 no Brasil. Isso tem repercutido no bom resultado operacional que a empresa está obtendo nesse ano de 2023 e nos deixa muito otimistas com o resultado que teremos nos próximos anos, onde contamos com a certa volta de maiores investimentos de nossos clientes e da indústria em geral”, finaliza.

Impactos sazonais relevantes
Ao serem questionadas sobre outros fatores impactantes na indústria do plástico, alguns comentários são interessantes, como o de Flavio Venzon, Diretor de Manufatura e Qualidade da Sulbras. “A empresa opera em um mercado global, e as políticas governamentais podem ter um impacto significativo em seus negócios. Por exemplo, a companhia pode ser afetada por mudanças nas tarifas comerciais, regulamentos ambientais ou políticas de investimento. Além disso, pode ser alvo de outras medidas políticas”, avalia.

O executivo cita alguns exemplos específicos de como é possível enfrentar dificuldades no âmbito político: A) Se o governo brasileiro aumentar as tarifas comerciais sobre produtos importados, a Sulbras pode ter que aumentar seus preços para os clientes brasileiros. Risco de redução de demanda por seus produtos; B) Se a União aprovar novas regulamentações ambientais, a empresa pode ter que investir em novos equipamentos ou processos para se adequar às novas regras. Isso pode aumentar seus custos operacionais; C) Se o Brasil adotar políticas que desencorajem o investimento estrangeiro, a Sulbras pode ter dificuldade em encontrar maneiras para financiar seus planos de expansão.

Venzon, porém, destaca que a Sulbras mitiga riscos políticos adotando as seguintes medidas: A) Monitorar as políticas governamentais que podem afetar seus negócios; B) Construir relações com políticos e autoridades governamentais; C) Ter um plano de contingência para lidar com mudanças políticas adversas; D) A empresa também pode procurar oportunidades de se beneficiar das políticas governamentais. Por exemplo, a empresa pode buscar incentivos fiscais ou subsídios do governo para investir em novos equipamentos ou tecnologias. “Em geral, a empresa está ciente dos riscos políticos que podem afetar seus negócios. Ao adotar medidas para mitigar esses riscos, a companhia pode melhorar suas chances de sucesso no longo prazo”, orienta Flávio Venzon.

Outros fabricantes também apontam questões relevantes nos relacionamentos ou anunciam mudanças. Andreas Haug, da Herrmann Ultrassom, por exemplo, é defensor da qualidade. "Observando mais e mais consciência de qualidade no Brasil. (Só ser barato não gera competitividade no prazo médio e prazo longo)", adverte. E Oscar da Silva, Sepro, divulga projeto de expansão em Itupeva (SP), como citado no início do texto.

Entrevista

"O mais importante é criar um ambiente nas fábricas propício à implementação de inovações"

Hiram Freitas Andreazza, diretor industrial e de desenvolvimento da SEW-EURODRIVE BRASIL, relata os desafios e oportunidades da automação industrial no Brasil, enfatiza as inovações da empresa, reflete sobre a indústria 5.0 e explica sobre o desempenho da companhia na atualidade. "Estamos projetando crescimento em torno de 10% este ano, e para 2024 estamos estudando novos produtos para os segmentos em que nossa equipe de vendas avalia que podemos atender com força as novas tendências de mercado."

Plástico Sul - Quais são as novidades tecnológicas mais recentes da empresa em automação para a indústria do plástico? Qual é o carro-chefe?

Hiram Freitas Andreazza - São muitas aplicações em que a SEW pode apoiar as empresas do setor de plásticos. Como fabricante de sistemas de acionamento e movimentação, nós podemos prover soluções para praticamente todas as etapas do processo produtivo. Por exemplo, sistemas de packing, sistemas de movimentação de esteiras, sistema de seleção de materiais, sistemas para extrusoras, sistemas para formação de filme plástico, retirada de peças de máquinas, sistemas de sincronização para esteiras entre outros. O veículo autônomo AGV para transporte de materiais em fábrica, que hoje é provido localmente pela SEW do Brasil, também é usado na indústria do plástico.

PS - O que o mercado está exigindo dos fabricantes atualmente?

Andreazza - O mercado está pedindo aumento de produtividade, tecnologias de fácil implementação, como por exemplo conseguir fazer uma automação de um pequeno sistema com custos reduzidos. O mercado ainda não está pedindo um sistema completo para colocar uma fábrica inteira no 4.0 de uma vez. Ele pede sistemas pontuais para aumentar sua produtividade aos poucos com investimentos mais diluídos ao longo do tempo.

PS - Como está a implantação da indústria 4.0 no Brasil. Na Europa já falam em Indústria 5.0. Isso é real?

Andreazza - Na Indústria 5.0, a tendência é aumentar a interação entre o ser humano e os sistemas de automação. Eles se completam. Por exemplo, veículos AGV's inteligentes apoiando o ser humano na movimentação de produtos no chão de fábrica. Robôs colaborativos que trabalham ao lado do operador auxiliando nas tarefas repetitivas. No Brasil, o 4.0 é um processo que vai levar muitos anos. O mais importante é criar um ambiente nas fábricas propício à implementação destas inovações.

PS - Quais são os principais desafios a superar para conquistar clientes?

Andreazza - Na SEW, nós adotamos uma postura muito ousada e criativa na busca por clientes. Na condição de uma empresa fabricante de sistemas de acionamento e movimentação, nós podemos atender diferentes setores com diferentes soluções. E por isso, acreditamos que as ótimas participações de mercado que temos em muitos setores se deve ao fato de que a SEW apresenta mais do que um portfólio quase ilimitado de produtos, e sim pelas soluções totais que conseguimos implementar com nossa engenharia brasileira.

PS - Em termos de desempenho, como espera concluir 2023 e como projeta 2024 ?

Andreazza - Estamos projetando crescimento em torno de 10% este ano, e para 2024 estamos estudando novos produtos para os segmentos em que nossa equipe de vendas avalia que podemos atender com força as novas tendências de mercado. Vamos crescer em 2024 em cima de novos mercados, além de consolidar os mercados em que já estamos.

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