Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Cade pode impugnar compra da Solvay pela Braskem

25 de junho de 2014
Compartilhe nas Redes Sociais

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou ao tribunal a impugnação da aquisição da Solvay, da Argentina, pela petroquímica brasileira Braskem. Após avaliar dados da operação e novas informações prestadas pelas empresas, a superintendência entendeu que a fusão das duas empresas "criaria um monopólio" da Braskem nos mercados de PVC-S e PVC-E, utilizados principalmente no setor de construção civil.


De acordo com a Superintendência, a operação também elevaria a concentração no mercado de soda cáustica, usada em indústrias de papel e celulose, metalurgia e petroquímica, que passaria a contar com a presença de apenas três fortes concorrentes no País. O negócio, anunciado em dezembro do ano passado, está avaliado em US$ 290 milhões. Os conselheiros do Cade podem ou não acatar o parecer, publicado nesta terça-feira, 24, no "Diário Oficial" da União, ao julgar a compra de 70,59% do capital social da Solvay Indupa pela empresa nacional. Em maio, o Cade já havia declarado o caso "complexo" e decidiu aprofundar a análise da operação com a realização de novas diligências. Entre elas, novos pedidos de informações às empresas.


A Solvay Indupa Argentina atua no mercado de produção de resinas de PVC e cloro-derivados e detém 99,99% de participação no capital social da Solvay Indupa do Brasil, em conjunto com a Solvay Indupa Argentina, e 58% de participação no capital social da Solalban Energia. A recomendação de impugnação ocorre quando a Superintendência entende que o ato deve ser rejeitado, aprovado com restrições ou quando avalia não existirem elementos conclusivos quanto aos seus efeitos no mercado. O despacho publicado no D.O. não detalha os motivos que levaram à recomendação pela impugnação. Pela legislação, as requerentes têm 30 dias para apresentar razões contra a impugnação recomendada pela superintendência.
 

Confiantes - Em notas divulgadas ontem, as duas empresas informaram que mantêm a confiança na operação. O Grupo Solvay informou que "continua totalmente comprometido em cooperar com a Braskem e o Cade" com o objetivo de concluir a operação com a Braskem. Já a petroquímica brasileira afirmou que discorda da conclusão da superintendência do Cade, que viu potencial de efeitos anticompetitivos no mercado resultantes da operação. "A Braskem discorda dessa conclusão e irá apresentar sua manifestação no prazo de 30 dias para obter a aprovação da operação pelo plenário do Cade", diz na nota.


A empresa também destacou que, como previsto em lei, o parecer da superintendência não tem força de decisão, constituindo a primeira etapa do processo de análise da operação, que agora será apreciada pelo Cade. "A Braskem entende que o mercado relevante de PVC e soda cáustica é internacional, em linha com a jurisprudência consolidada do Cade para as resinas termoplásticas. De fato, os preços praticados no mercado brasileiro seguem a dinâmica de preços do mercado internacional, sendo a Braskem uma tomadora de preços ("price taker") e não uma formadora de preços ("price maker"). Além disso, com a aquisição da Solvay Indupa, a participação da Braskem em PVC e soda cáustica no mercado internacional será de 2% e 1%, respectivamente, o que não representa uma ameaça à competição." (Fonte: Agência Estado)

Assine a nossa Newsletter:

Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!
Criação de sites: Conectado
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram