*Por Luiz Henrique Hartmann,
Coordenador do 12º Energiplast
Estamos em um momento político de fortes debates no Brasil. Neste contexto, se colocam na mesa para discussão diferentes temas, propostas, visões para uma sociedade mais justa e sustentável. Se fala em acesso à educação e à saúde, em segurança, em medidas econômicas e tributárias, mas, ainda, e por incrível que pareça, muito pouco se discute o meio ambiente, a economia circular ou o consumo consciente. Menos ainda se propõe estudos mais aprofundados sobre esses assuntos e que integrem todos os elos dessa corrente. Afinal, quando se fala de cuidados com o planeta, a responsabilidade é de todos: de quem produz, de quem dita as regras e também de quem consome.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam que, no Brasil, mais de 75% das empresas já desenvolvem alguma iniciativa de economia circular. Por outro lado, dados da Abrelpe indicam que apenas 4% dos resíduos sólidos no Brasil são destinados para a reciclagem. Ou seja, temos uma indústria que se prepara cada vez mais para atender o consumo consciente, mas não temos o engajamento e a conscientização da sociedade nem a infraestrutura pública ideal para a coleta e a destinação dos resíduos.
No setor plástico, esse tema já vem sendo debatido há mais de uma década, em eventos como o Energiplast. Percebemos o avanço das tecnologias, compartilhamos ano a ano cases de sucesso, mas ainda nos debatemos com muita informação errada, com agentes públicos preferindo proibir o material do que ver um futuro mais sustentável com o plástico em suas comunidades.
Temos tecnologia, temos pesquisas técnicas que mostram o quanto o plástico é sustentável e que, se descartado corretamente, ele se transforma em um novo produto e faz a economia girar. Jogar plástico no lixo é o mesmo que jogar dinheiro no lixo. Plástico se transforma em energia, em combustível, em novos produtos. Já existe tecnologia para isso e já tem muita gente fazendo e que gostaria de fazer poder fazer ainda mais. Estamos aqui falando de uma indústria, que gera empregos e renda, mas que também está muito atenta ao meio ambiente. O Plástico Preserva!