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Com o aumento do custo dos materiais de construção e menor poder aquisitivo das famílias, a escolha por sistemas construtivos em EPS (poliestireno expandido, também conhecido como 'isopor') pode ajudar a realizar o sonho da casa própria de muitos brasileiros. Segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), há projeção de alta de 2% para o setor da construção civil em geral, caso haja expansão do PIB de 0,5% a 1%.

Ainda gerando curiosidade nas pessoas, as chamadas "casas de isopor", como são popularmente conhecidas, já estão presentes em todo o Brasil, como nas cidades de Caraguatatuba (SP), Engenheiro Coelho (SP), Ourinhos (SP), Paraguaçu Paulista (SP), Pirassununga (SP), São Carlos (SP), São Bernardo do Campo (SP), Vinhedo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Alfenas (MG), Cambuí (MG), Varginha (MG) e muitas outras.

"O projeto construído com o Monopainel é uma obra sustentável, sem desperdícios de materiais, como exemplo dos blocos quebrados durante a execução das instalações em obras convencionais. Além disso, proporciona redução aproximada de 30% nos custos finais da obra, sendo um terço mais rápida de se executar em comparação à alvenaria convencional. As peças em EPS podem ser utilizadas em todas as etapas da obra e são capazes de substituir 100% dos blocos ou tijolos", afirma Karen Peroni, Engenheira Civil do Grupo Isorecort.

Aplicável desde a etapa da fundação até a execução da estrutura com o uso do sistema construtivo em painel monolítico, o EPS também pode estar presente em ambientes internos e externos da edificação, desde escadas e telhas até lajotas, fechamentos de shaft, forros e molduras.

"O EPS é também um material leve e resistente, que consegue suportar, dependendo da densidade, mais de 40 toneladas por m² quando submetido à compressão. Por ser um excelente isolante térmico, ele permite que os ambientes permaneçam frescos e arejados", complementa a Engenheira.

Solução bastante utilizada nos Estados Unidos e em países europeus e asiáticos, as construções em EPS estão conquistando cada vez mais profissionais da construção civil do Brasil. O Grupo Isorecort, que é especialista neste sistema construtivo, treina construtores que atuam em projetos residenciais e comerciais em todo o país.

"O EPS oferece praticidade tanto em obras como em reformas e a manutenção em casos de vazamento na rede hidráulica é realizada de modo bem mais simples, rápido e prático. O material tem baixíssima absorção de umidade, evitando a proliferação de microrganismos e diminuindo o surgimento de infiltrações e o aparecimento de bolores, tão comuns nas casas de alvenaria", destaca Karen.

Fonte: Agência Comunicado

*Por Fernanda Stafford, Engenheira Ambiental, Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais, consultora do Grupo Isorecort

Com o aumento do interesse do mercado por modelos de negócios sustentáveis, cresce também a procura por materiais que, além de trazerem técnicas inovadoras, têm como característica a redução do impacto no meio ambiente. A atenção a esta questão tem estado no radar dos consumidores. O estudo sobre “Estilos de Vida”, publicado pela Nielsen em 2019, já apontava que 42% dos consumidores brasileiros estavam mudando seus hábitos de consumo a fim de poluir menos o planeta, enquanto 30% dos entrevistados declararam estar atentos aos ingredientes que compõem os produtos.

Vejamos o exemplo do banimento dos canudos plásticos em São Paulo. Apesar da resistência da população no início, hoje os paulistanos já se acostumaram com os de papel, ou a simplesmente não usarem canudos. Entretanto, ações assim não levam necessariamente à conscientização sobre a responsabilidade para o descarte correto de materiais recicláveis. Há um movimento parecido durante as festividades de Carnaval, em que consumidores mais conscientes passaram a evitar o glitter com microplásticos, mas é comum encontrar ruas repletas de resíduos que seriam facilmente recicláveis se fossem corretamente destinados.

E quanto ao EPS, ou poliestireno expandido (popularmente conhecido como “isopor”)? É importante que as pessoas saibam que ele é, em sua essência, um material com forte apelo ambiental em todo o seu ciclo de vida produtivo. Isso porque ele é composto por 98% de ar e apenas 2% de matéria-prima. Ele é isento de produtos tóxicos ou perigosos, tanto para o ambiente como para a camada de ozônio (é isento de CFCs). E ao final de sua vida útil, ele é 100% reciclável, o que considero uma característica muito importante nos materiais contemporâneos.

Como se recicla o EPS?

O “isopor” conta com um processo relativamente simples de reciclagem, que não precisa de insumos químicos. O método mais utilizado no Brasil é o mecânico, que começa separando as peças contaminadas por tintas e outras substâncias daquelas que estão livres de impurezas, promovendo assim o retorno do poliestireno expandido ao ciclo produtivo.

Após essa etapa, o material ‘limpo’ segue para as máquinas degasadoras, que retiram o ar presente no interior das peças, reduzindo o volume do material em até 90%. Em seguida, o composto passa por etapas de trituramento, processamento e aquecimento, e por último, por uma máquina extrusora que prepara o EPS para a criação de paletes. 

A reciclagem mecânica é o modelo adotado pelo Grupo Isorecort, que recebe os resíduos por meio da logística reversa e de cooperativas que o recolhem das vias públicas, assim como todas as sobras que são recolhidas e recicladas dentro da própria indústria, eliminando o descarte de resíduos. O EPS de até 12 kg/m³ dá origem ao Material Reciclado (MR), com densidade entre 9 e 10 kg/m³, muito próxima ao EPS (isopor) tipo 1F. Com um custo em média, 15 a 20% menor, é um produto bem aceito pelo mercado, principalmente da construção civil, onde pode ser empregado com algum tipo de revestimento, por exemplo, argamassa, ou para enchimento de lajes ou fôrmas.

Como e onde reciclar?

Por ser um tipo de plástico, o descarte do EPS pode ser feito em qualquer lixeira para coleta seletiva ou em pontos de entrega voluntária (PEV). Para saber o local exato para o descarte em sua cidade, basta entrar em contato com a Comissão Setorial EPS por meio do site da entidade.

O Grupo Isorecort também é apoiador do “Programa Isopor Amigo”, uma iniciativa que promove a sensibilização para o descarte correto de EPS (isopor) e ajuda organizações no engajamento dos colaboradores para a destinação correta deste material.

Acima de tudo, é preciso separar corretamente o material descartado para facilitar o seu tratamento e diminuir as chances de impactos nocivos para o ambiente. Todo esse processo passa pelo incentivo à responsabilidade compartilhada, por acordos multisetoriais que promovam a logística reversa, ambas preconizadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), e finalmente, por campanhas de sensibilização para o consumidor final, que tem como propósito levar informação e conhecimento sobre as alternativas de reciclagem e reutilização do EPS.

Por isso, quando se fala em EPS ou “isopor”, é preciso ter atenção ao material, ao seu ciclo de vida e às suas possibilidades. Trata-se de um material que, por meio de tecnologia, é aplicado na construção civil, por exemplo, por suas características menos poluentes, de conforto térmico, sem desperdício de materiais e de redução de tempo e custos. Por ser um material leve de ser transportado, a escolha por produtos em EPS na construção influencia até mesmo no consumo de combustível dos veículos.

Finalizo deixando um questionamento: para obter conforto térmico em ambientes internos, seria mais benéfico consumir energia elétrica de fonte não renovável ou aplicar um isolamento em EPS para diminuir a troca térmica com o ambiente externo? São questões como esta que precisam ser apuradas quando pensamos na prática integral da sustentabilidade.

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