Não é fácil se consolidar em um mercado altamente competitivo como o de distribuição de resinas. Os desafios logísticos e a gestão de operações nesta área, por exemplo, são entraves na busca pela excelência. Entretanto, quando se tem foco, profissionalismo, conhecimento técnico e um olhar diferenciado para as parcerias construídas em prol de inovações, uma tarefa difícil, torna-se completamente atingível. Este é o caso da ENTEC do Brasil. Multinacional com instalações no país, sob a liderança de Osvaldo Cruz, a empresa cresceu de forma sólida nos últimos vinte anos e está hoje entre as mais importantes do mercado de distribuição nacional.
Em entrevista exclusiva à Revista Plástico Sul, a gerente de vendas, Cristina Lucatelli, reforça os pontos fortes da empresa que, segundo a executiva, “permitem oferecer ao mercado resinas de alta qualidade com constância no fornecimento, logística de excelência e uma equipe altamente profissional, plenamente consciente de suas responsabilidades com os clientes”.
Plástico Sul - Qual foi o principal desafio enfrentado pela Entec nos primeiros anos de operação no Brasil?
Cristina Lucatelli - O principal desafio foi se consolidar como um distribuidor recém-chegado em um mercado altamente competitivo, onde já existiam empresas estabelecidas há muito tempo e com grande representatividade entre os clientes.
PS - Quais foram os marcos mais significativos alcançados pela empresa ao longo dos últimos 20 anos?
Cristina - Crescemos ao longo dos anos em um mercado hostil e altamente competitivo. Ampliamos nosso portfólio com parceiros reconhecidos e altamente tecnológicos, estabelecemos parcerias com transformadores e ganhamos a confiança do mercado ao prestar um serviço de excelência e fornecer produtos de primeira qualidade.
PS - Como a Entec tem se adaptado às mudanças no mercado de polímeros no Brasil?
Cristina - Buscamos aprimorar nossos serviços, onde a logística e um amplo portfólio tem se destacado entre os nossos clientes e o mercado. Desde 2019 incorporamos os Biopolímeros em nosso portfólio. Esses materiais contribuem para a circularidade no uso das resinas, promovendo a compostagem e atendendo às demandas crescentes por soluções mais sustentáveis e ecologicamente corretas.
PS - Quais são as inovações mais notáveis que a Companhia trouxe para o mercado brasileiro de polímeros?
Cristina - A ENTEC tornou-se parte integrante da economia brasileira, com um enfoque humano que se reflete na geração de empregos qualificados e no cumprimento rigoroso das leis tributárias do país. Aprimoramos a forma de trabalho na distribuição de resinas com excelência qualidade em todos os serviços envolvidos, esse é o nosso maior destaque. Uma equipe que segue conosco ao longo desses anos, com profissionais dedicados e com conhecimento técnico. Nosso profissionalismo é evidente em cada parceria estabelecida ao longo dessa trajetória de sucesso.
PS - Como a Entec tem contribuído para a sustentabilidade e a promoção de polímeros biodegradáveis no Brasil?
Cristina - Estamos constantemente buscando aprimorar e atualizar nosso portfólio com as últimas inovações do setor. Exemplos disso são as resinas de Plástico Reciclado REVOLOOP™, o PCR da DOW, 100% pós-consumo, que oferecem muitas classes como uma solução de pellet único. Esta é uma solução sustentável e reciclável que poderá ser incorporada em diferentes aplicações de embalagens, totalmente formulado e pronto para o uso. Também trabalhamos com os PLA's da Nature Works, maior produtor de ácido polilático do mundo, e os PHA's da CJ Bio, empresa mundialmente conhecida no mercado "Bio". Estamos trazendo inovações em diversos segmentos onde a sustentabilidade é primordial. Esses materiais contribuem para a circularidade no uso das resinas, promovendo a compostagem e atendendo às demandas crescentes por soluções mais sustentáveis e ecologicamente corretas.
PS - Como a empresa tem lidado com a concorrência no mercado brasileiro e quais são suas principais vantagens competitivas?
Cristina - Nosso ponto forte são nossos parceiros, que nos permitem oferecer ao mercado resinas de alta qualidade com constância no fornecimento, logística de excelência e uma equipe altamente profissional, plenamente consciente de suas responsabilidades com nossos clientes. Recentemente contamos com mais uma forma inovadora de levar nossos produtos e serviços ao mercado, o DAIMO, uma plataforma 100% on-line, onde permite que o cliente otimize a busca por matérias-primas e economize tempo.
PS - Como a Entec tem investido no desenvolvimento profissional de seus colaboradores no Brasil?
Cristina - Proporcionamos treinamentos técnicos e profissionais constantes, com visitas e treinamentos em laboratórios e plantas produtivas dos nossos fornecedores. Também oferecemos cursos de reciclagem tecnológica e de processos, cursos de fluência em língua estrangeira e apoio à formação acadêmica.
PS - Quais são as perspectivas futuras da empresa para os próximos 20 anos no Brasil?Cristina - Nossas perspectivas são otimistas. O grupo está cada vez mais investindo e crescendo no Brasil. Estamos em constante aprimoramento do nosso portfólio e dos nossos serviços. Vemos o Brasil como uma grande oportunidade para os próximos anos e nos consolidamos cada dia mais como um parceiro confiável e inovador no mercado de resinas.
A entrevista está na última edição (#247) da Revista Plástico Sul, disponível gratuitamente aqui.
Distribuidora oficial do grupo Ravago, a Entec trouxe para o país duas novas tecnologias para mitigar a presença do plástico na natureza: o biopolímero NuplastiQ e o aditivo Eco One®️, que misturados às resinas plásticas aceleram a sua decomposição, “Além de incentivar a circularidade dos materiais por meio da coleta seletiva e da reciclagem do plástico, estamos em busca de soluções para os nossos clientes que, somadas às demais, contribuam para um final ainda mais adequado ao plástico, especialmente se este não for descartado corretamente”, explica Osvaldo Cruz, diretor da ENTEC.
Algumas dessas soluções, citadas por Cruz, já estão disponíveis no Brasil. São dois polímeros sustentáveis inovadores que a ENTEC está oferecendo aos seus clientes: o biopolímero NuplastiQ e o aditivo Eco One®️. Importados dos Estados Unidos, os produtos são responsáveis por acelerar a decomposição de peças plásticas duráveis em aterros ou ambientes marinhos.
“Não podemos mais ignorar as restrições que têm sido impostas contra o plástico. Nossa missão como profissionais da área e, principalmente, como cidadãos, é deixar um legado. Essas novas tecnologias deixam o plástico menos persistente e mitigam sua presença na natureza”, conta Antonio Bescorovaine, coordenador de Polímeros Sustentáveis da ENTEC Brasil.
Conheça os produtos
NuplastiQ
Segundo informações da Entec, o NuPlastiQ, produzido pela BioLogiQ, melhora a biodegradabilidade de plásticos “normais” - como PE, PP e PS - por um mecanismo natural que não é a fragmentação. Feito de plantas, NuPlastiQ demonstrou não afetar a vida útil do produto (ou embalagem) nem a reciclabilidade mecânica quando utilizado de acordo com as recomendações do fabricante.
Ainda segundo a empresa, comercializado desde 2017, o NuPlastiQ é um “upgrade” aos plásticos tradicionais, almejando um perfil de biodegradação similar ao da madeira: durável durante o uso e mais rapidamente biodegradável nos infelizes casos nos quais atinge o meio ambiente.
Disponível em blendas prontas para extrusão com PE, PP e PS.
EcoOne®️
Eco One®️, produzido pela EcoLogic LLC, é um aditivo enzimático que, quando adicionado na cadeia do polímero do plástico, atrai micro organismos ao serem colocados em um ambiente anaeróbico, – como nos lixões e aterros sanitários – no qual os fungos, enzimas e bactérias formarão colônias de decomposição sobre a superfície do plástico, promovendo a biodegradação desse material.
Eco One®️ pode ser adicionado a diferentes tipos de plásticos como PE, PP, PS, PET, PVC, entre outros, sem necessidade de alterar a configuração da máquina, além do fato que a reciclabilidade do material continua intacta.