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Para viabilizar o uso sustentável do plástico, coalizão com mais de 200 empresas pede ambição dos governos em tratado global da ONU

Organizadas na Coalizão Empresarial por um Tratado Global para os Plásticos, mais de 200 empresas e instituições financeiras estão pedindo aos governos que formalizem, ainda este ano, um tratado global para o uso sustentável do plástico com regras e medidas obrigatórias. O objetivo é impulsionar uma mudança em escala global na economia dos plásticos para que eles não se tornem resíduos e poluição. A motivação é a necessidade de regulamentos alinhados entre os países sobre redução, circulação e prevenção da poluição plástica para facilitar uma transição da indústria que seja eficaz e ocorra em larga escala. 

Desde dezembro de 2022, as nações vêm discutindo e desenvolvendo um Tratado Global da ONU para acabar com a poluição por plásticos, um desafio ambiental mundial cada vez mais urgente. De acordo com estudo da The Pew Charitable Trusts e SYSTEMIQ, se nada for feito, a quantidade de plástico entrando na economia até 2040 vai dobrar, o volume de plásticos indo para os oceanos vai triplicar e os estoques de plástico nos oceanos irão quadruplicar. Este dado vai ao encontro das descobertas do estudo "The New Plastics Economy: Rethinking the future of plastics", publicado em 2016 pela Fundação Ellen MacArthur, que apontou que em 2050 pode haver mais plásticos do que peixes no oceano.

"Nosso compromisso até 2030 é usar pelo menos 50% de material reciclado em nossas embalagens, com 25% do portfólio de bebidas sendo embalagens retornáveis, e coletar 100% das embalagens colocadas no mercado".

Isso faz parte do compromisso global por um "Mundo Sem Resíduos", lançado em 2018 pela Coca-Cola.

"Atualmente, estamos avançando com as embalagens retornáveis em toda a América Latina e outros marcos importantes nesse compromisso com a circularidade incluem a nova embalagem transparente de Sprite, que facilita a reciclagem; e a garrafa de água Crystal, que foi a primeira garrafa de água mineral PET feita exclusivamente de material PET reciclado. Essas iniciativas mostram que é possível avançar na agenda da economia circular", explica Victor Bicca, diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil.

Com o objetivo de desenvolver recomendações políticas claras e coerentes para a formulação de um tratado ambicioso e eficaz, além de criar confiança na comunidade empresarial, foi lançada em setembro de 2022 a Coalizão Empresarial por um Tratado Global para os Plásticos. A coalizão é formada por empresas de toda a cadeia de valor do plástico, instituições financeiras e organizações não-governamentais (ONGs). Entre os participantes estão nomes como Coca-Cola, Unilever, Nestlé, Pepsico, 3M, Carrefour, Colgate-Palmolive, Decathlon, Danone, H&M Group, L'Oréal, Lego, Mars, Mondeléz, Starbucks, Ferrero, Walmart em aliança com WWF e Fundação Ellen MacArthur, organizações que atuam contra a poluição plástica.

Tratado ambicioso

A Coalizão Empresarial entende que o fim da poluição por plástico deve vir a partir de uma visão abrangente de economia circular para o setor. Essa visão consiste em: eliminar os itens plásticos que são problemáticos ou desnecessários, inovar para garantir que todos os plásticos necessários sejam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis e manter em circulação todos os plásticos que entram na economia. 

O grupo também enxerga um tratado legalmente vinculativo como a oportunidade mais importante para acelerar o progresso rumo a uma economia circular para o plástico. Para o grupo, esta é a chance de os governos desenvolverem um tratado ambicioso e eficaz, que fornecerá as condições necessárias para viabilizar investimentos em infraestrutura, inovação e habilidades para transacionar a essa nova economia dos plásticos.

Para a Coalizão, o tratado deve estabelecer medidas que acelerem a transição para uma economia circular para os plásticos e incluir mecanismos para que ela seja implementada. Além disso, deve considerar as condições locais, abranger macro e microplásticos e abordar todas as fontes e caminhos da poluição plástica no ambiente natural. 

Recomendações de políticas 

No Brasil, o foco do diálogo entre a Coalizão e o governo são políticas que eliminem os plásticos desnecessários, como os canudos, talheres e pratos descartáveis (exceto itens de plástico da área da saúde); que estimulem o design circular dos produtos, inclusive design para a reciclagem, e que viabilizam modelos de negócios baseados em reuso dos plásticos. Para apoiar as discussões globais sobre o texto do tratado, a Coalizão desenvolveu instruções de políticas para cinco aspectos técnicos das negociações: restrições e eliminação gradual, voltada à identificação dos plásticos problemáticos e evitáveis; políticas de reutilização; design de produtos; responsabilidade estendida do produtor; e, por fim, gestão de resíduos. A quarta sessão do Comitê de Negociação Intergovernamental que desenvolve o tratado sobre poluição plástica (INC-4) acontece nos dias 23 a 29 de abril, em Ottawa, Canadá e será precedia por consultas regionais que acontecerão em 21 de abril. 

Os representantes da Coalizão Empresarial no Brasil pedem que o governo nacional tenha um posicionamento ambicioso para essa rodada de negociações, visto que a relevância do país pode influenciar as discussões e impulsionar o tratado para que seja mais ambicioso.

Ao todo, 127 mil pessoas já participaram da iniciativa, considerando as três unidades da companhia

A Unipar recebeu a visita de alunos da escola Grau Técnico São Bernardo, do curso técnico de Administração, ao Fábrica Aberta. O programa tem como objetivo mostrar como a empresa realiza sua produção, respeitando o meio ambiente e priorizando a saúde e a segurança de seus colaboradores e vizinhos. Com a ação, a Unipar de Santo André registrou o marco de mais de 3 mil visitas, desde a criação do programa na unidade, em setembro de 2018.

Durante a visitação é possível conhecer as áreas de produção das fábricas, laboratórios e salas de controles, e entender como os produtos fabricados na Unipar são aplicados em produtos do dia a dia. Os visitantes são acompanhados por monitores, que os guiam durante todo o trajeto, explicando sobre o processo produtivo e a história do grupo Unipar.

"Temos o objetivo de fazer a diferença no dia a dia das pessoas e ser um agente transformador da sociedade. Com o Fábrica Aberta, apresentamos com transparência o que fazemos e como fazemos, e demonstramos para os visitantes a integração entre indústria e meio ambiente", explica Suzana Santos, head de Comunicação e Sustentabilidade da Unipar.

Para Ítalo Almeida de Souza, professor de administração do Grau Técnico de São Bernardo, a iniciativa é fundamental para entender como funcionam todos os processos. "A visita é muito importante para os estudantes compreenderem as questões ambientais e administrativas de uma indústria do porte da Unipar", conclui.

● Instituições participantes do ‘Escola Sustentável’ destinaram 54 mil quilos de materiais para beneficiamento em 2023, sendo 26 mil quilos de plástico flexível pós-consumo;
● Iniciativa mobiliza 17 mil estudantes e impacta 23 municípios do estado.

A Plastiweber, empresa de soluções sustentáveis em plástico sediada em Feliz (RS), vai entregar mais de R$ 100 mil a escolas do Rio Grande do Sul pela coleta de 54 mil quilos de resíduos para reciclagem em 2023. Por meio do projeto ‘Escola Sustentável’, a empresa destina recursos para a educação, com o objetivo de fomentar melhorias nas instituições participantes e auxiliar na compra dos materiais necessários. Ao todo, 69 escolas se mobilizaram no último ano, incentivando a conscientização ambiental para crianças e jovens em 15 municípios.

De 2022 para 2023, houve um aumento de 131,8% no volume de resíduos recebidos pelo projeto, e o número de escolas que destinaram materiais cresceu em 60,5%. Além dos mais de 26 mil quilos de plástico flexível pós-consumo destinados à iniciativa, viabilizando a reaplicação em novas embalagens e produtos, os colégios também entregaram para reciclagem 11 toneladas de PET e PEAD, 14,5 toneladas de papelão e 2.160 quilos de alumínio.

O projeto possibilita que, para cada quilo de material entregue, a Plastiweber conceda um retorno econômico às escolas. A APAE Barão, localizada em Barão, ficou em primeiro lugar no ranking do Escola Sustentável em 2023, pela entrega de 8.975 quilos de plásticos flexíveis. Em segundo lugar, está a EMEI Escadinhas do Saber, de Feliz, com 5.167 quilos entregues de material. Na terceira colocação, ficou a EMEF 29 de Abril, de São Vendelino, pelos 4.269 quilos de plástico destinados. A premiação acontecerá em março.

"O Escola Sustentável é um projeto muito especial para todos nós da Plastiweber. É uma iniciativa que mobiliza crianças e jovens a participarem da cadeia de reciclagem e, ao mesmo tempo, rende recursos para as próprias escolas, uma maneira de os alunos perceberem de forma clara como suas ações podem impactar no dia a dia. Nosso objetivo é ajudar a população a, desde cedo, encarar o plástico como um importante ativo econômico."

CEO da Plastiweber, Moisés Weber.

As cidades impactadas pelo Escola Sustentável em 2023 foram: Feliz, Bom Princípio, Alto Feliz, Vale Real, São José do Hortêncio, São Sebastião do Caí, Tupandi, São Vendelino, São José do Sul, Cachoeirinha, Portão, Barão, Salvador do Sul, Gravataí, Gramado, Pareci Novo, Viamão, Linha Nova, Montenegro, Lindolfo Collor, Sapiranga, Presidente Lucena e Novo Hamburgo.

Idealizado em 2009, o Escola Sustentável busca conscientizar, através de parcerias com escolas, crianças e jovens sobre a importância do descarte correto dos resíduos e sobre o valor do plástico para a economia circular, a partir de atividades de educação ambiental. Durante a execução do projeto, a Plastiweber já reintegrou à cadeia produtiva um total de 96 mil quilos de plástico e alcançou mais de 30 mil alunos. Atualmente, a iniciativa promove uma mobilização de mais de 17 mil alunos.

No último ano, a partir dos resíduos coletados, o projeto gerou diversos benefícios ao meio ambiente, como a redução de: 52 mil quilos de gases de efeito estufa; 26 toneladas de plástico que iriam para aterros; 78 mil quilowatts de energia elétrica consumida; do gasto de 205 mil litros de água; e de 30 mil litros de petróleo consumidos.

Nova legislação em São Paulo impõe responsabilidades mais rigorosas aos organizadores de eventos para a gestão de resíduos, visando a sustentabilidade e a inclusão social

À medida que o Carnaval de São Paulo se aproximava, a gestão de resíduos se tornou um aspecto crucial para garantir a sustentabilidade do evento. Em outubro de 2023, o governo de São Paulo sancionou a Lei 17.806/2023, estabelecendo diretrizes mais rigorosas para o gerenciamento de lixo em eventos de grande porte. Segundo essa nova legislação, os organizadores de eventos passaram a ser responsáveis por toda a cadeia de gestão de resíduos, incluindo coleta, transbordo, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada. A lei também incentivou a colaboração com cooperativas de catadores de materiais recicláveis, visando não apenas a eficiência na gestão de resíduos, mas também a inclusão social e a valorização do trabalho desses profissionais.

Este avanço legislativo refletiu uma mudança significativa na abordagem de eventos de grande escala em relação ao meio ambiente, colocando uma ênfase maior na responsabilidade dos organizadores em promover práticas sustentáveis. A implementação dessas diretrizes foi essencial para minimizar o impacto ambiental negativo associado ao acúmulo de lixo, uma preocupação comum em celebrações que atraem grandes multidões.

Em alinhamento com esta legislação, a Embalixo, mobilizou-se para apoiar a gestão de resíduos no Carnaval de São Paulo de 2024. Utilizando a sua nova linha "Oceano", a organização participou ativamente do Carnaval no Sambódromo do Anhembi, fornecendo sacos de lixo especialmente projetados para facilitar a coleta e o descarte adequados durante o evento. Além da distribuição de seus produtos, a empresa lançou uma campanha de conscientização ambiental, visando educar o público sobre a importância do descarte responsável de resíduos.

A iniciativa da Embalixo não apenas responde às exigências da nova legislação, mas também reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade ambiental. Por meio dessa ação, a Embalixo busca promover uma mudança positiva na cultura de descarte de resíduos, contribuindo para um Carnaval mais limpo e sustentável. Este esforço conjunto entre organizações públicas, empresas privadas e a sociedade civil sinaliza um importante passo em direção à realização de eventos mais verdes e responsáveis, alinhados com as necessidades do planeta.

Mais da metade (65%) separaram lixo para reciclagem com frequência nos últimos

seis meses, aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Os brasileiros têm adotado ações relacionadas à conservação do meio ambiente no dia a dia, embora ainda haja espaço para expansão do consumo sustentável. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 81% adotam hábitos sustentáveis sempre ou na maioria das vezes. Em 2022, eram 74%.

Nos últimos seis meses:

— 73% evitaram desperdício de água sempre e 17% na maioria das vezes, somando 90%;

— 69% evitaram desperdício de energia sempre e 20% na maioria das vezes, somando 89%;

— 50% reduziram a produção de lixo sempre e 28% na maioria das vezes, somando 78%;

— 52% reutilizaram água sempre e 22% na maioria das vezes, somando 74%;

— 47% separaram lixo para reciclagem sempre e 18% na maioria das vezes, somando 65%;

— 45% reutilizaram ou reaproveitaram embalagens de produtos sempre e 25% na maioria das vezes, somando 60%;

— 43% reutilizaram o uso de embalagens sempre e 27% na maioria das vezes, somando 70%;

"Todos temos de fazer a nossa parte: governo, sociedade e setor produtivo juntos, no que cabe a cada um para viabilizar a descarbonização da economia. Temos de entrar em um ciclo virtuoso para impulsionar o país para uma economia mais sustentável e alinhada à conservação do planeta e à promoção do bem-estar social", afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Por outro lado, 62% consideram difícil encontrar produtos sustentáveis em lojas e 45% não verificam se o produto que vão comprar foi produzido de forma ambientalmente sustentável. Os principais entraves para práticas sustentáveis apontados foram falta de campanhas de conscientização (19%), hábitos ruins (15%) e desconhecimento (15%).

Preço dos produtos orgânicos e sem crueldade animal ainda é barreira

O preço mais alto de produtos orgânicos ou que preservam o bem-estar animal ainda é uma barreira para muitos consumidores: 

— 32% compram alimentos orgânicos só se não houver diferença no valor com os não orgânicos;

— considerando dois produtos de origem animal iguais, 33% compram a mercadoria que preserva o bem-estar animal apenas se o preço for o mesmo.

Quem são os brasileiros que reciclam?

O perfil mais comum de quem separa lixo para reciclagem é morador de cidades do interior, mais velhos e com menor escolaridade. Também há variações regionais. Nos últimos seis meses:

— 57% separaram o lixo para reciclagem sempre na região Sudeste, seguido de 55% no Sul, 36% no Nordeste e 32% no Norte/Centro-Oeste;

— 50% separaram o lixo para reciclagem sempre no interior; o indicador cai para 45% nas regiões metropolitanas e 42% nas capitais;

— 56% das pessoas com 60 anos ou mais separaram o lixo sempre; o indicador cai para 52% na faixa de 41 a 59 anos, 44% entre 25 e 40 anos e 34% de 16 a 24 anos;

— 55% das pessoas analfabetas ou com escolaridade no nível de saber ler e escrever separaram sempre o lixo para reciclagem; o indicador cai para 50% para aqueles com ensino fundamental, 45% com ensino médio e 44% com ensino superior.

As maiores dificuldades apontadas para adotar a prática foram falta de costume e esquecer de separar (29%), não haver coleta seletiva na rua, bairro ou cidade (20%) e falta de informação sobre reciclagem ou coleta seletiva (11%).

Metodologia

A pesquisa ouviu 2.021 cidadãos com idade a partir de 16 anos em todas as unidades da Federação. O levantamento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre os dias 18 e 21 de novembro de 2023. A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95% e a soma dos percentuais pode variar de 99% a 101%, devido ao arredondamento.

A indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis cresceu 4,3% no segundo semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com pesquisa da Maxiquim para a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF).

O consumo também aumentou 6% no mesmo período. Isso resultou em uma produção de 1.070 mil toneladas e um consumo de 1.041 toneladas no segundo semestre deste ano, com predominância de PEBD e PEBDL, representando 77% do total. As embalagens monocamada foram as mais produzidas, com 56% de participação. A indústria de alimentos foi o maior cliente, com 41% do mercado. Ademais, as exportações cresceram 3,8% nos primeiros seis meses de 2023 em comparação com o semestre anterior.

O presidente da ABIEF, Rogério Mani, destacou que, se considerarmos a produção em unidades e não em toneladas, o crescimento é ainda mais significativo. Ele enfatizou os esforços da indústria em direção à economia circular, incluindo a redução do peso das embalagens e a melhoria em seus tamanhos.

Clique aqui e leia a edição na íntegra!

A Cromex está presente na Feira do Plástico Brasil 2023. A empresa pioneira em produção de masterbatches de cores e aditivos para plásticos no Brasil em 45 anos, se preparou muito bem para a Feira. O diretor comercial da empresa, Cezar Ortega, disse que a Cromex está preparada para a feira e que houve muito estudo por trás.

"A gente pesquisou tudo o que era inovação, trouxemos vários produtos inovadores para as empresas, sabíamos que o público ia buscar por isso. Hoje percebemos que o mercado todo está passando por nós, com isso, a expectativa está se concretizando. Muitos contatos e "pré-contratos" estão sendo gerados, o que só anima a empresa", disse o diretor.

Cézar ainda diz que a Cromex está seguindo os principais temas "em alta" da atualidade, com isso o foco está sendo na sustentabilidade. O resultado disso, está vindo nas conversas de novos contatos. "Estamos tendo muitos contatos com a parte de sustentabilidade da linha PCR. Lançamos a linha GrapheX, que vem do grafeno, o qual está tendo palestras sobre ela todos os dias.", completou.

As informações foram coletadas nesta terça-feira (28), em uma entrevista concedida à Revista Plástico Sul.

A Unipac - integrante do Grupo Jacto - está lançando para o mercado agro, em parceria com a Sumitomo Chemical, o portfólio de embalagens para defensivos agrícolas utilizando a resina da linha Braskem Rigeo. A solução foi desenvolvida em conjunto com a Braskem, em resposta a uma necessidade da Unipac para a produção de embalagens com maior resistência mecânica.

O projeto nasceu em 2017 com apoio da Braskem e incluiu vários ciclos de testes e homologações antes de chegar ao mercado. A Unipac possui uma unidade de produção in house na planta fabril da Sumitomo Chemical, localizada em Maracanaú (CE), onde são fabricadas as embalagens, por processo de sopro, e que passou por gradativa substituição da matéria-prima, movimento este que acaba de ser finalizado, com bastante êxito.

O portfólio de Braskem Rigeo tem os atributos técnicos de um polietileno de alta densidade (PEAD), com a vantagem de combinar elevada rigidez e ótima resistência ao impacto e ao Environmental Stress Cracking (ESCR), atendendo às exigências de qualidade e segurança dos mercados químico e agroquímico. Possibilita também explorar designs em embalagens mais leves e sustentáveis, mantendo a performance do produto final.

Com isso, a Unipac pode produzir embalagens de até 20 litros, de diferentes modelos. As embalagens são homologadas e atendem às regulamentações para acondicionamento e transporte de produtos perigosos, e aos requisitos dos clientes.

Codesenvolvimento e união de valores

O desenvolvimento da nova resina deu-se graças às sólidas parcerias entre a Unipac e a Braskem, que permitiu a troca de informações essenciais e o desenvolvimento mais preciso de soluções para aplicação específica de embalagens para defensivos agrícolas, e à Sumitomo Chemical, que ofereceu o suporte para realização dos testes necessários para a viabilização do material.

Devido à maior resistência mecânica e robustez em relação ao material anteriormente utilizado, a resina também favorece a resistência ao empilhamento, um dos pontos buscado pela Unipac no desenvolvimento do material. "Além de maior rigidez, havia o desafio de manter um bom processamento da resina, que também exigiu atualizações e investimentos em máquinas e dispositivos, periféricos, sistema de alimentação e ferramentais. Com alinhamento das expectativas e necessidades de cada uma das partes, os desafios foram superados em um trabalho conjunto envolvendo as três empresas, considerando toda a cadeia produtiva: desde a petroquímica, passando pelo processo de transformação e envase do produto até o envio ao cliente final", informa André Silvestre, Gerente de Vendas do Segmento Embalagem da Unipac.

Segundo o Diretor Executivo de Desenvolvimento de Produto e Registro da Sumitomo Chemical, Luís Henrique S. Rahmeier, a Unipac está sempre envolvida em processos de desenvolvimento e melhoria contínua em conjunto com seus fornecedores, fortalecendo a inovação da cadeia produtiva e trazendo, com exclusividade e rapidez, os últimos avanços. "Como clientes finais, estamos sempre ávidos por soluções alinhadas às nossas demandas e, nesse caso, foi um pilar para o êxito de nosso projeto, mantendo o binômio qualidade e sustentabilidade, uma questão central na nossa empresa", afirma o executivo

Uma grande mudança é necessária a partir do grito da sociedade contra as embalagens

*Por Assunta Napolitano Camilo

A indústria de plásticos apresentou na feira K, que aconteceu de 19 a 26 de outubro, em Düsseldorf, na Alemanha, muitas propostas para a redução do impacto ambiental rumo à descarbonização prometida por muitas empresas até 2040.

Um grande palco foi montado no “quintal” da Messe Düsseldorf para demonstrar a importância do tema ECONOMIA CIRCULAR. Lá também foi realizado o fórum sobre o assunto e muitas companhias mostraram equipamentos para reciclagem ou para processamento de materiais com PCR (material reciclado pós-consumo), equipamentos à base de energia limpa, com menor consumo de energia e de água, entre outros.

Novas possibilidades de embalagens plásticas com barreira monomaterial ou material de fonte renovável e, até mesmo, incorporação de minerais para redução de uso de material fóssil e soluções para facilitar a reciclagem mecânica ou química.

A preocupação com as mudanças climáticas também acelerou a nova legislação que entra em vigor em meados de 2024 na Alemanha. Trata-se das tampas Tethered (amarradas) para líquidos. Muitos donos de marcas já estão utilizando até em embalagens cartonadas assépticas.

Sem dúvidas, a maior aposta é o projeto piloto R-Cycle, considerado passaporte digital para produtos plásticos, que já está em teste, e conta com o apoio de grandes empresas do setor. Um total de 26 empresas e organizações líderes apresentou o R-Cycle na K 2022 como parte de um estande conjunto no Fórum de Economia Circular.

Através de um sistema de gerenciamento de banco de dados, após a leitura via QRCODE na embalagem, é possível ter acesso a todos os dados de processo e tipos de materiais, aditivos presentes, quantidade de PCR utilizado, se é food grade, (quando o material utilizado pode ter contato com alimentos), entre outras informações.

A promessa é avançar nos próximos anos, permitindo o crescimento da Economia Circular e a sua mensuração. Esse é o caminho do futuro do plástico. Ulrich Reifenhäuser, CEO da Reinfenhauser e membro da VDMA, reforçou: “É hora de agir. Vamos transformar os desafios em respostas”.

Num único artigo é impossível apresentar tantas novidades, por isso, iremos continuar a contá-las nos próximos artigos. Até aqui, estou muito feliz com a iniciativas que vi na feira. Tenho certeza que logo mais teremos mais EMBALAGENS PLÁSTICAS MELHORES PARA UM MUNDO MELHOR.

No próximo dia 07 de dezembro, o Instituto de Embalagens, referência no ensino de embalagens no Brasil, realiza a Conferência de Feiras Internacionais no formato presencial e online, que vai trazer as novidades, tendências e inovações tecnológicas apresentadas na drinktecSial e K Trade Fair, as feiras mais importantes no calendário global das indústrias de alimentos, bebidas e de plástico. 

Serviço

Conferência de Feiras Internacionais | Quando: 07 de dezembro | Horário: 09h às 17h | Onde: ABIMAQ – Avenida Jabaquara, 2925, São Paulo

Inscreva-se: https://bit.ly/3fh3cbf

*Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens, graduada em Engenharia Mecânica e especialista em Administração Industrial, ambas pela USP. Com mais de 40 anos de atuação no setor de embalagens, acumula experiência nas áreas de desenvolvimento, planejamento estratégico e gestão de importantes empresas no setor. 

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