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*por Anderson Silva

Quando o assunto é embalagem, as discussões são inúmeras, principalmente sobre o impacto do material plástico no meio ambiente. O que muitas pessoas não imaginam é a importância desses produtos na proteção dos alimentos, além de garantir menos desperdício e pegada de carbono.

Quando analisamos a vida útil de algum tipo de produto de forma macro, é claro que, se o descarte não acontecer de forma adequada, o destino dos resíduos das embalagens plásticas provavelmente será flutuar nos mares e oceanos. Por ano, cerca de oito milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos, o que resulta na morte de 100 mil animais marinhos, segundo pesquisa da ONU.

No entanto, o artigo ‘Pack it in’, do World Wide Fund for Nature (WWF, em inglês) traz um cenário diferente sobre esse assunto. O texto afirma que a embalagem, na verdade, desempenha um papel crítico na proteção de produtos e recursos e muitas vezes ajuda a reduzir e prevenir o desperdício, principalmente quando se trata de alimentos.

Desde 2015, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) realiza estudos que mostram que um terço de todos os alimentos são descartados e essa atitude resulta em uma enorme perda, não só de recursos, mas também em um aumento significativo da pegada de carbono gerada.

Estudos mostram que a pegada de carbono produzida na perda e desperdício de alimentos é, em média, cinco vezes maior do que o impacto da produção ou otimização de embalagens plásticas. Assim, o grande desafio das empresas produtoras desses produtos está focado em encontrar e otimizar as propriedades necessárias para evitar a emissão de resíduos alimentares.

A Flexible Packaging Europe destaca percepções importantes sobre a chamada Embalagem Flexível, aquela cujo formato depende da forma física do produto acondicionado. Segundo a organização, quando consideramos o ciclo de vida dos alimentos, essa embalagem é uma parte muito pequena da pegada de carbono – em média, menos de 10%. Além disso, em um cenário em que todos os alimentos fossem embalados nesse tipo de embalagem, mesmo com 0% de reciclagem, haveria uma redução da pegada total de carbono de 40% e economizaria 25 milhões de toneladas de materiais de embalagem na União Europeia.

É certo que a vida útil de um produto embalado é maior do que a de um produto in natura, o que gera economia para o meio ambiente. Por isso, o produto é o que determina os requisitos técnicos de uma embalagem. A linha de poliamidas Ultramid® da BASF, por exemplo, resulta em níveis mais altos de resistência mecânica e barreira ao oxigênio em comparação às embalagens apenas de poliolefina.

Nós contamos com duas linhas distintas de produção no que diz respeito a poliamidas com a utilização de recursos renováveis. O Ultramid® CCycledTM que possui as mesmas características dos produtos nos quais são utilizados recursos fósseis, o que representa ao cliente um ganho já que não há necessidade de realizar qualquer tipo de alteração na linha de fabricação. Já a linha Ultramid® Flex é produzida parcialmente com recursos renováveis, neste caso, um ácido graxo.

Aqui na BASF, entendemos que a preservação do frescor do alimento, na embalagem correta ou na melhoria de custos, é uma necessidade importante na indústria. Por isso, focamos em inovação para oferecer aos nossos clientes valores e soluções sustentáveis.

A jornada em busca dos melhores resultados não pode parar. Por isso, nós, em conjunto com a indústria, estamos sempre em busca de entregar materiais que impactem de forma positiva e contribuam para uma sociedade mais sustentável, que está engajada em diminuir os impactos ambientais no planeta.

*Anderson Silva é Coordenador de Serviços Técnicos para a BASF América do Sul

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