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Não é fácil trilhar os caminhos da disrupção e seguir firme rumo a um comportamento efetivamente sustentável nos três pilares propostos pelo termo.

As empresas da cadeia produtiva do plástico estão atentas a essa nova ordem mundial e na área de distribuição de matérias-primas, boa parte é comprometida na busca por soluções diferenciadas para seus clientes e parceiros.

Dentro desse contexto a activas tornou-se recentemente a primeira distribuidora de resinas com certificação do sistema B, um movimento global que busca redefinição do conceito de sucesso nos negócios, colocando a importância do lucro ao lado da importância dos benefícios sociais e ambientais.

Mas afinal, qual o conceito prático da certificação B? Como funciona, quais os benefícios e desafios? Conversamos com a Head de Marketing e ESG da activas, Fernanda Boldo, para entender esses e outros detalhes da recente conquista.

Plástico Sul - A activas divulgou recentemente que é a 1ª distribuidora de resinas termoplásticas do mundo, a ser B-CORP. O que é ser uma empresa B?

Fernanda Boldo - Ser uma empresa B é, primeiramente, possuir a certificação emitida pela organização norte americana, B Lab e que é recebida apenas com o atingimento de uma pontuação mínima, após ter passado por um processo extenso de auditoria que leva por volta de dois anos.

As Empresas B são companhias que atendem altos padrões de desempenho social e ambiental e que equilibram propósito e lucro, considerando o impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente.

Como o próprio movimento diz: "São empresas que buscam ser melhores PARA o mundo e não apenas as melhores DO mundo".

PS - Qual a importância dessa certificação de forma prática?

Fernanda - A certificação B Lab é uma forma de reconhecimento para empresas que atendem aos critérios de impacto social e ambiental, além de práticas éticas de governança. Ela é uma ferramenta para ajudar as empresas a medir e melhorar seu impacto, além de fornecer transparência e credibilidade para os consumidores, investidores e outras partes interessadas. Além disso, a certificação B Lab também é uma excelente conexão com outras empresas e organizações comprometidas com a sustentabilidade e o impacto social positivo.

PS -Dentro do segmento de distribuição, quais são os reflexos para a empresa e seus clientes? 

Fernanda - A certificação B Lab tem vários reflexos positivos para uma empresa de distribuição, que faz parte de um mercado tão conservador e que muitas vezes a inovação e a estratégia ESG fica em um segundo plano. Destaco alguns:

  1. Melhoria da imagem e reputação da empresa: a certificação B Lab apoia diretamente a construir confiança e credibilidade junto aos clientes, fornecedores e outros stakeholders, pois demonstra que a empresa está comprometida com práticas éticas e responsabilidade social e ambiental.
  2. Diferenciação competitiva: Ajuda a empresa a se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, ao oferecer uma proposta de valor diferenciada e atrair clientes que valorizam a sustentabilidade e o impacto social positivo.
  3. Melhoria dos processos internos: a certificação B Lab requer que a empresa atenda a critérios rigorosos de impacto social e ambiental, o que pode ajudar a identificar áreas de melhoria e implementar práticas mais sustentáveis e éticas em todos as áreas da companhia.
  4. Conectar com outras empresas comprometidas: a certificação proporciona para a empresa a possibilidade de se conectar com outras empresas e organizações comprometidas com a sustentabilidade e o impacto social positivo, o que pode ser uma oportunidade para parcerias, negócios e outras colaborações de muito sucesso e com retorno financeiro efetivo.

PS - Quais foram os principais desafios para conquistar o certificado?

Fernanda - Posso dizer que foi um dos projetos mais desafiadores e complexos da minha carreira. Tanto pela complexidade do preparo e da auditoria em si, quanto da quantidade de áreas envolvidas – todas passaram pelo processo, nenhuma ficou de fora – quanto pelo tema ser muito novo, principalmente em nosso seguimento, e assim, esse pioneirismo requer mais trabalho e dedicação ainda. Abaixo alguns desafios:

"Uma das grandes expectativas da activas em ser pioneira na certificação é abrir espaço para que outras empresas do setor sintam-se inspiradas a nos ajudar nessa jornada, criando uma comunidade cada vez mais completa e alinhada no mesmo propósito".

PS - Quanto tempo levou desde o início até a aprovação como empresa B?

Fernanda - No início de 2020 foi realizado, junto com a consultoria parceira Samaúma, uma investigação inicial se estaríamos aptos para iniciar o processo de Certificação e foram levantadas as ações para que atingíssemos a pontuação mínima necessária (80 pontos) para dar início à certificação.  No final de 2020 tivemos o kick off do Projeto. Trabalhamos ao longo de 2 anos para cumprir todos os requisitos (processo, boas práticas, autoria com os EUA) e, finalmente, em novembro de 2022, recebemos a tão complexa e aguardada certificação.

PS - O que levou a empresa a almejar essa conquista?

Fernanda - O mais importante foi entender que a activas já possui diversas ações em ESG e que essa jornada era só o início e que ter uma certificação dessa, além de somar a outros selos importantes que tinham, nos apoiariam a trazer de forma concreta, detalhada e muito transparente nossas ações nos três âmbitos: social, governança e ambiental.

Além disso fortalecemos nosso compromisso com a sustentabilidade e o impacto social positivo. E como a certificação B Lab é uma forma de reconhecimento para empresas que estão comprometidas com a sustentabilidade e o impacto social positivo, almejar essa certificação foi uma forma de demonstrar esse compromisso.

Somado a isso, almejamos seguir com uma diferenciação competitiva. Não apenas no Brasil, mas globalmente, o mercado está cada vez mais competitivo e, ainda encontramos nas empresas da cadeia toda de stakeholders, uma falta de comprometimento real ao ESG, onde até podemos chamar, com ações "greenwashing". Ao oferecer uma proposta de valor diferenciada, atraímos clientes e parceiros que valorizam a sustentabilidade, o impacto social positivo, transparência nos negócios e construímos um movimento positivo em todo nosso setor.

PS - A certificação B é algo extremamente raro no Brasil. Na sua opinião, o que falta para incentivar seu crescimento na região e quais dicas você daria para que outras empresas também se sintam motivadas a avançar na busca por certificações importantes como esta? 

Fernanda - Entendo que ainda temos um longo caminho pela frente, mas temos visto cada vez mais empresas entendo a importância de se adequar a uma realidade que já urgente e importante para a sociedade.

Precisamos cada vez mais trabalhar em regulamentação e incentivo governamental: O governo tem um papel importante na promoção de ações socioambientais através de regulamentação e incentivos fiscais, por exemplo, mas ainda há falta de regulamentação e incentivo nesse sentido no Brasil. Apoiar a conscientização sobre a importância das ações socioambientais, desenvolver ações robustas para a melhoria de transparência e monitoramento das ações socioambientais das empresas.  

E ainda somos muito sensíveis aos movimentos de mercado. Em épocas de baixa, o olhar, prioridades e ações em ESG, de forma geral, ficam em segundo plano.

A principal dica é saber que o Sistema B vem para apoiar no processo de ações em social, ambiental e governança, mas não é possível iniciar a certificação se você não possui uma visão estratégica em ESG e um olhar geral da companhia para isso.
Outra dica importante é networking. Converse com pessoas que passaram pela Certificação, pesquise nos canais do Sistema B e do B Lab, para que quando iniciado o processo, você já saiba o que esperar e as demandas e recursos necessários.

PS - A activas é uma tradicional distribuidora, que começou pequena, crescendo de forma sólida e atingindo grandes patamares de desempenho. Nos últimos anos avançou significativamente em temas importantes relacionados à sustentabilidade e compromisso social. Quais são os próximos passos e metas? 

Fernanda - A Certificação B nos trouxe clareza, amadurecimento e grandes responsabilidades. Uma delas é ser referência em sustentabilidade, governança estruturada e compromisso social e dessa forma, junto com os stakeholder construímos 11 metas a serem atingidas até 2025, que contemplam os pilares do Sistema B e atendem as ODSs da ONU. Compartilho com vocês nosso compromisso a longo prazo.

PS - Deseja acrescentar algo?

Fernanda – Uma das grandes expectativas da activas em ser pioneira na certificação, é abrir espaço para que outras empresas do setor sintam-se inspiradas a nos ajudar nessa jornada, criando uma comunidade cada vez mais completa, alinhada no mesmo propósito. Nos colocamos à disposição para um canal de diálogo e troca de experiências.

E convido todos a acessar o Primeiro Relatório Anual da activas, que encontra-se em nosso site, para ver em mais detalhes nossas ações em ESG, inclusive com números e informações importantes.

A ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) anuncia continuidade do trabalho de Laercio Gonçalves à frente da entidade no biênio de 2022 e 2024. A decisão foi tomada em reunião com associados no dia 17 de novembro. "É uma honra continuar como presidente da entidade. Estamos desenvolvendo cada vez mais o nosso setor e trabalhando em pautas essenciais como a sustentabilidade de nossos negócios", comentou Gonçalves.

Segundo o presidente reeleito, a ADIRPLAST continuará trabalhando para diminuir as desigualdades ou desequilíbrios fiscais entre empresas que atuam na distribuição e revendas. "Vamos também fortalecer a ampliação da representatividade da ADIRPLAST e investir em mais projetos de economia circular e sustentabilidade em conjunto com outras entidades", explica. 

Em 2022 a ADIRPLAST lançou o projeto Espaço Circularidade, no qual disponibiliza ao consumidor final informações sobre a Economia Circular. Os espaços estão presentes no Shopping ABC e Shopping Metrô Tatuapé. "Nesta nova gestão vamos ampliar o nosso projeto para alcançar o maior número de público possível", conta Gonçalves. 

Cecília Vero, da Nova TIV, também segue como vice-presidente da entidade. "A ADIRPLAST é de extrema importância para todo o setor do varejo tanto em resina, plástico de engenharia, masterbatch e filmes biorientados. Desde sua fundação em 2006, já desenvolvemos uma série de trabalhos, palestras e eventos que fortalecem o setor", comenta.

Quadro diretivo Adirplast biênio 2022-2024

Diretoria Executiva:

Presidente: Laercio Gonçalves – Activas

Vice-presidente: Cecília Vero – Nova TIV

Secretário: Ricardo Mason – Fortymil

Tesoureiro: Osvaldo Cruz – Entec do Brasil

Diretores:

Claudia Savioli – Polymark

João Rodrigues – Thathi Polímeros 

Erasmo Fraccalvieri – Tecnofilmes

Suplentes: Silvia Regina da Silva – Premix 

Marcos Fávaro – HP Chem

Conselho Fiscal:

James Tavares – SM Resinas

Marcelo Prando – Replas 

Rodrigo Fernandes – Eteno

Suplente: Wagner Catrasta - Actplus

A ENTIDADE

A ADIRPLAST tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a integração do setor de varejo de resinas plásticas, filmes biorientados, plásticos de engenharia, masterbatches e compostos Seu objetivo é demonstrar a importância que os distribuidores têm para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. A entidade trabalha ainda para promover a imagem sustentável do plástico, estreitar o relacionamento com as empresas produtoras e colaborar com o ajuste do desordenamento tributário sobre a indústria de transformação.

Para mais informações, acesse www.adirplast.org.br.

A ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) informa que o volume total de resinas commodities, plásticos de engenharia e filmes biorientados distribuídos pelos seus associados de janeiro a julho deste ano foi de 140.272 toneladas. No mesmo período de 2021 foram distribuídas 130,444 toneladas, o que representa um aumento de 7,5%. “Esse é um resultado bastante importante para nossa cadeia. O segundo semestre deste ano ainda nos deixa apreensivos devido aos inúmeros fatores, como dólar, problemas de logística internacional e eleições, mas seguimos otimistas”, explica Laercio Gonçalves, presidente da entidade.

Um dos mercados com mais destaque neste primeiro semestre foi o de BOPP e BOPET. Os distribuidores da ADIRPLAST deste segmento de filmes biorientados tiveram um aumento de 19% em relação ao mesmo período de 2021. Para Claudia Savioli, da Polymark, mesmo com o fluxo comercial tenso no exterior, o Brasil vem somando boas variáveis: “A indústria está aproveitando a melhora da economia pós-pandemia e a cadeia do plástico vem se comportando bem nos números, porém, ainda é um momento de cautela, mesmo com auxílio emergencial do governo, embalagens positivas e a busca pela vida mais saudável, ainda temos dificuldades com os preços e juros acumulados neste período”. Para a executiva, o segundo semestre deste ano deve seguir a mesma tendência do primeiro: “Acredito que os números continuarão em aclive, conforme a sazonalidade histórica de mercado”.

Entre os distribuidores de plástico de engenharia o aumento nas vendas nos primeiros seis meses deste ano foi de 5% em relação ao 2º semestre do ano passado. “Em 2021 sofremos com a falta de matéria-prima, já este ano não tivemos este problema e os números são frutos do restabelecimento do fornecimento”, explica Osvaldo Cruz, da Entec Polímeros.

Considerando a venda das resinas commodities no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2021, o destaque fica com o PS (poliestireno), que teve um aumento de 28%, e com o PP, com 5%. “O aquecimento do consumo é fator decisivo para este aumento”, finaliza Gonçalves.

O mês de abril apresentou uma queda significativa no volume de vendas de resinas dos associados ADIRPLAST de 29% comparada ao mês de março deste ano. O índice era esperado devido a pandemia do Covid-19 e a falta de matéria-prima pela qual o setor está passando.

Para enfrentar o momento, a ADIRPLAST aposta na experiência, conhecimento e detalhada análise de dados. Por isso convidou Stephen Moore, Diretor Global de Operações da consultoria internacional Townsend Solutions, para uma apresentação sobre cenários do mercado mundial petroquímico: “A pandemia do Covid é uma grande lição para os negócios. Os países perceberam que a dependência da China não é positiva e abriram os olhos para novos modelos”, explicou.

Moore explicou que o Polietileno (PE), por exemplo, teve 104.580 kt consumidas mundialmente em 2020. Desse total, 51% são utilizados pela China e América do Norte, o Brasil utiliza 2,7%. A previsão é que o volume aumente em 3,7% até 2025.

O especialista também afirmou que os preços praticados mundialmente não são só determinados pela demanda, mas também pela oferta da matéria-prima que pode sofrer de acordo com questões ambientais, como a do congelamento no Texas e até mesmo da pandemia, por exemplo. “O futuro será volátil e é preciso se planejar para isso”, alertou. 

Um dos exemplos desta alteração de preços é dada por Erasmo Fraccalvieri, sócio-diretor da Tecnofilmes, que também escreve a coluna Radar Econômico para o Boletim semanal ADIRPLAST: “Segundo fontes da plasticmatrix.com está ocorrendo uma queda acentuada da demanda por embalagens flexíveis na China, tal fato tem forçado produtores de filmes (BOPP e BOPET) a revisar preços para baixo enquanto as resinas permanecem em patamar elevado. O PE continua ainda pressionado”. Ele também alerta que nas commodities químicas pouca coisa mudou nos últimos tempos. O compasso de espera ainda marca presença. Os contratos futuros de propano mostram uma diminuição do stress, mas ainda indicando lateralização dos preços.

Já no segmento de Plástico de engenharia, Joel Pereira de Araújo, da Master Polymers, conta que este produto também está com uma demanda desproporcional à capacidade produtiva. “Estamos com aumento de preços desde janeiro e dependendo do produto o prazo de produção/entrega pode ser de 4 meses após a confirmação do pedido. Todavia acredito que este desbalanço do mercado deve se normalizar entre junho e julho deste ano e em Agosto e Setembro espero que os preços comecem a recuar lentamente”, explica.

Araújo também reforça que o alto preço dos metais tem contribuído para uma maior procura de materiais alternativos. “E os polímeros de engenharia entram como fortes candidatos nesta substituição, permitindo não só a redução do custo final da peça como a sua diminuição de peso.”


Aposta no futuro e na Distribuição Oficial

"Como distribuidores de resinas plásticas e afins, nós, da ADIRPLAST, temos feito o possível para atender nossos clientes. Vale lembrar que, no início da escassez, ainda no final do primeiro semestre do ano passado, foram nossos estoques que permitiram que muitas indústrias conseguissem seguir atendendo os clientes. Infelizmente, nenhum estoque é infinito. Nós também temos encontrado problemas para repor nossos produtos, mesmo sendo distribuidores oficiais”, conta Laercio Gonçalves, presidente da entidade.

Ainda segundo ele, há relatos de associados da entidade que sofreram em 2020 uma queda de mais de 20% em suas vendas justamente pela falta generalizada de insumos que afetou não apenas o Brasil, mas o mundo.

O executivo explica que na tentativa de mitigar o problema, os associados têm mantido estreito contato com os fornecedores e estão em busca de novos parceiros. “Mas vale ressaltar que em uma realidade como essa, pior e mais desafiadora do que a imaginada por todos nós, é difícil para o empresário enfrentar tudo isso sozinho. Muito do que vamos colher neste ano também será fruto das resoluções ligadas ao controle da pandemia no país e no mundo, além da seriedade com que o governo e Congresso deve tratar de um tema fundamental para o setor privado: a reforma tributária, que consequentemente promoverá o combate à sonegação", finaliza.

Fonte: Assessoria Adirplast

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