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Muito se evoluiu nos últimos anos quando falamos em injetoras. Com o desenvolvimento tecnológico das máquinas houve aumento de produtividade, de eficiência, além de precisão e economia de energia. Embora a indústria 4.0 já seja uma realidade mundial, no Brasil ainda não deslanchou como o esperado, mas já apresenta crescimento e grande potencial.
Apesar da evolução, ainda há desafios, em especial, entraves que dizem respeito ao contexto atual vivido pela indústria como um todo. A dificuldade no fornecimento de insumos para a produção de máquinas, como componentes eletrônicos e chips, aparece como grande obstáculo a ser superado, mas dentro deste pacote de instabilidades, o setor de logística tem dado bastante trabalho para os fabricantes de injetoras em decorrência principalmente da crise de falta de containers e navios.
Segundo Luis Guerra, Gerente Comercial da Chen Hsong South America, tais desafios têm causado forte pressão para elevar os preços. “Estes fatores que pressionam negativamente o mercado, são os mesmos que trazem grande oportunidade de crescimento para aqueles que podem produzir em escala e fazer um forte estoque local, como a Chen Hsong South America tem feito, desde a metade do ano passado (2021). Pensando nisso, investimos em novas e maiores instalações aqui no Brasil (mudança para um galpão de 3.500 m²) e também mantemos contratos de armazenagem externa”, explica Guerra. Com isto a empresa consegue apresentar variedade e rapidez nas entregas. “Qual o resultado destas ações? Mais que dobramos as vendas no nosso último ano fiscal e neste ano já demonstra novo crescimento considerável, neste primeiro semestre”, completa o executivo.

Chen Hsong


Guerra destaca o momento de cautela vivido pelo setor. “O mercado de injeção plástica neste ano está bastante instável, teve um desempenho fraco no primeiro trimestre, melhorou no segundo, mas não mostra uma forte recuperação nos últimos seis meses. Eu diria que o momento é de cautela, com investimentos para projetos que estão se realizando agora e não no futuro”, revela. Apesar disso tudo, a Chen Hsong South America teve um crescimento bem forte no mercado, o que, conforme Guerra, indica um aumento de market share no mercado já existente.
Sobre as exigências dos transformadores na hora de comprar uma máquina, o Gerente Comercial explica que atualmente no mercado uma das principais demandas dos clientes são os servomotores para acionamento das bombas hidráulicas. “Isso promove uma falsa ideia de que todas as máquinas com bombas hidráulicas acionadas por servomotor são iguais. Porém não podemos esquecer que os servomotores são somente um componente de uma máquina injetora, ainda temos as próprias bombas hidráulicas que na maioria dos casos são bombas engrenadas, diferentes das bombas hidráulicas que utilizamos, que são de engrenamento interno”, diz. Ou seja, há um sistema planetário interno, promovendo um melhor desempenho da bomba, eficiência, maior economia de energia e menor nível de ruído. Guerra também acredita que os compradores deveriam levar em consideração, na hora da compra, a estrutura que as empresas oferecem em relação a estoque de máquinas e peças de reposição, número e qualidade da equipe de assistência técnica e, por último, condições comerciais. “Com isto, àqueles que investirem mais em suporte aos clientes, terão um valor agregado maior a oferecer. Enquanto não conseguirmos mostrar tudo isso aos clientes, o preço continuará pesando mais de 50 % na decisão dos compradores”, sinaliza.
A Chen Hsong South America é uma filial do Grupo Chen Hsong, que tem a matriz em Hong Kong, 4 fábricas na China e 1 em Taiwan. O parque fabril da Chen Hsong na China é de 800 mil m², 30 mil m² em Taiwan e possui uma área de galpão de 3.500 m² no Brasil. Foram produzidas aproximadamente 15.000 mil máquinas neste último ano. Neste ano a Chen Hsong está lançando uma série de novos equipamentos em diferentes áreas. A empresa está entrando, pra valer, no mercado de injetoras totalmente elétricas, com a série SM Spark, inicialmente com máquinas de 100 a 230 ton de força de fechamento, equipadas com servomotores e controlador touch screen Inovance, velocidade de injeção de 300 mm/s, sendo extremamente econômicas quanto ao consumo de energia, rápidas e precisas.
Outro lançamento são as máquinas injetoras específicas para UPVC (PVC rígido) com força de fechamento de 160 a 650 ton, bombas hidráulicas de engrenamento interno e acionadas por servomotores de terceira geração Inovance. Ainda no portfólio de novidades, está a nova JM 568 MK6 Hybrid, na linha de máquinas hibridas de alta velocidade (high speed), SPEED e SPEED PACK II. “Este novo equipame nto está dimensionado para a injeção de baldes industriais de 16 a 18 litros, com velocidade de injeção de 250 mm/s, com 4 bombas de injeção para garantir a velocidade, precisão e estabilidade no processo. Os primeiros equipamentos instalados estão tendo um desempenho excelente”,diz o executivo.

Hidráulicas X Elétricas


Para o Gerente Comercial da empresa, as principais diferenças das máquinas mais antigas e as mais modernas referem-se principalmente à eficiência, velocidade, economia de energia e precisão. Tudo isto reflete diretamente no custo final de cada peça produzida e consequente lucratividade e competitividade das empresas que investem nos novos equipamentos. “Quando falamos em máquinas elétricas x hidráulicas, trata-se questão bem interessante, pois é voz corrente no mercado nacional que as máquinas totalmente elétricas são melhores em tudo, porém acredito que alguns pontos desta crença sejam discutíveis”, reflete Guerra. Ele explica que, muitas vezes temos máquinas hidráulicas ou hibridas que têm desempenhos similares ao das máquinas elétricas. Há também, no caso de máquinas para ciclo rápido, o desgaste prematuro dos fusos de esferas que movimentam o fechamento destas máquinas, versus a velocidade e longa duração dos sistemas hidráulicos, acionados por servomotores. “Na minha opinião as máquinas elétricas tem muitas vantagens e aplicações nas quais são imbatíveis, porém as máquinas hidráulicas e híbridas ainda tem seus mercados onde no ponta do lápis não perdem o seu lugar para as máquinas elétricas”, finaliza.

Arburg


Para Alfredo Schnabel Fuentes, da Arburg, o mercado de injeção apresentou queda no primeiro semestre de 2022 comparado a 2021 , porém nota-se uma retomada que deve se acentuar no segundo semestre. Segundo o executivo, o setor automotivo ainda é o mais retraído e o de embalagens o que apresenta maiores oportunidades. Sobre os entraves vividos pela indústria, Fuentes afirma que o Custo Brasil representado por altos impostos de importação para acesso a maquinário, a escassez de linhas de crédito para modernização tecnológica do parque fabril nacional e também falta de acesso a informação sobre o mercado global e oportunidades de negócio, limitam o planejamento do empresário ao que está acessível apenas no mercado doméstico, reduzindo seu potencial de venda e ganho de escala.
Fuentes observa ainda que, em geral, o parque fabril brasileiro está bastante defasado em relação a outros países com tradição de transformação de plástico como EUA, Alemanha, Suíça, etc. “Temos falta de investimento em automação e digitalização com máquinas acima de 15 anos de uso. Estamos muito longe, com raras e honrosas exceções, do que se vê nas economias mais competitivas”, avalia. As diferenças das máquinas consideradas “antigas”, para as mais modernas, segundo Fuentes, estão no aspecto construtivo como tecnologia dos componentes hidráulicos e eletro-eletrônicos, o avanço computacional na tecnologia de hardware e softwares, o que minimizam a produtividade destas máquinas "antigas" em comparação com as "novas".
A Arburg possui 3.500 funcionários no mundo inteiro, conta com 25 filiais, e atua nos segmentos automotivo, embalagens , cosméticos, farmacêutico, utilidades domesticas e construção. Em outubro na Feira K, em Düsseldorf , Alemanha, a ARBURG apresentará grandes novidades. “Posso adiantar que serão inovações relacionadas ao processo de digitalização da produção , além do processamento de diversos materiais ambientalmente corretos , como bio-elementos , biodegradáveis e reciclados”, diz.

Wittmann Battenfeld


Ao avaliar o mercado de injeção de plásticos, o diretor geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, Cássio Luis Saltori, observa que a indústria da construção civil está com bom desempenho, com muitos investimentos e novos desenvolvimentos no setor, porém o segmento automotivo ainda está a passos lentos devido à falta de componentes no mercado. “Acredito que ainda deverá levar algum tempo até a normalização, embora muitas empresas do setor estejam se preparando para a retomada com a modernização de suas plantas, visando uma produtividade maior, menor consumo de energia e otimização de processos” observa o executivo.

Parque Industrial


Saltori considera que parque industrial brasileiro necessita de investimentos em tecnologia, máquinas de alta produtividade, de valor agregado tecnológico que permita a ambos, clientes e fornecedores, chegarem a uma relação custo x benefício que agrade a todos. “Sobre a indústria 4.0 ainda há muitas etapas a serem vencidas, protocolos de comunicação a serem definidos, cada um deve saber o que espera em termos de resultados e suas reais necessidades dentro do universo da Indústria 4.0. Não é um investimento barato, demanda tempo e pessoas capacitadas para que os resultados estejam a altura daquilo que se investiu. A Wittmann Tecnology hoje já possui toda a cadeia da indústria 4.0 integrada em todos seus equipamentos bem como a integração aos sistemas MÊS com utilização do OPC-UA”, diz.
Atualmente os maiores destaques da empresa são: a linha MacroPower, com fechamento de 2 placas com forças de 400ton até 2000ton, e a linha Smartpower, com fechamento hidráulico e forças de fechamento de 25 até 400 ton . O lançamento mais recente é a Ecopower Xpress , totalmente elétrica, com forças de fechamento 160ton até 500 ton, para injeção de ciclos rápidos e paredes finas aplicadas no setor de embalagens. Saltori cita também, com grande procura na área médica, a Micropower, 15ton de força de fechamento destinada a injeção de micropeças com peso de injeção menor que 1g .

Borche Brasil


Segundo Christian Heinen a BORCHE BRASIL conta com a matriz em Novo Hamburgo e uma filial em Araquari/SC, além de técnicos em outros Estados. Já a BORCH China tem 4 filiais e cerca de 1200 funcionários com 210.000 m2 construídos. Cada unidade tem um foco em determinado tipo de injetora. A capacidade instalada é de 5.000 injetoras ano. A empresa tem cerca de 100 engenheiros de P&D, sendo que investe cerca de 5% da receita em desenvolvimento.
A expectativa, segundo Heinen, é encerrar o ano de 2022 com faturamento cerca de 10% acima de 2021. “Não existe um mercado foco, porém alguns mercados estão mais em alta. Houve um aumento principalmente na necessidade de injetoras de maior porte”, explica.
A indústria 4.0 é um foco da BORCH desde 2016. O executivo salienta que trata-se da da primeira empresa fabricante de injetoras a defender o uso. “Porém os entraves do mercado brasileiro ainda não permitem o uso em larga escala. Principalmente devido ao custo da tecnologia”, lamenta Heinen.
Em outubro de 2022 serão apresentadas novas linhas de injetoras na feira K em Dusseldorf, principalmente linhas de injetoras híbridas e elétricas com foco em maior produção e facilidade no processo. “Também haverá uma nova linha voltada para ciclo rápido”. Para ele, desde o evento da pandemia, preço e condição de pagamento é 50% da decisão de compra. “A eficiência energética também é relevante na decisão”.

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