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 Pesquisa do PICPlast aponta que reciclagem do plástico pós-consumo cresce 46,1% no Sul 

21 de novembro de 2023
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O índice de reciclagem é um indicador importante para avaliar o compromisso de um país com o meio ambiente. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste se destacaram na última pesquisa divulgada pelo PICPlast (Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico), que apresenta o Índice de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-consumo no Brasil, iniciativa criada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e pela Braskem.

O estudo mostra que o Sul reciclou 46,1% e continua sendo a região que mais expandiu sua capacidade produtiva, com um crescimento de 10,6% de 2018 a 2022. A Termotécnica, por exemplo, maior transformadora de EPS da América Latina, sediada em Joinville, Santa Catarina, recicla um terço do EPS pós-consumo do Brasil, o que equivale a 48 milhões de quilos de poliestireno expandido coletados e transformados em novos produtos.

"Nossa abordagem ambiental traz a circularidade na prática, incluindo uma visão integrada desde a concepção de produtos, eficiência operacional, passando por logística reversa e reciclagem e indo até novas cadeias produtivas, fechando o ciclo da economia circular. Pensando na cadeia logística como um todo, dar uma nova vida às embalagens pós-consumo, transformando-as em produtos nobres, atende à demanda da sociedade por uma atuação responsável das empresas em termos de sustentabilidade", conta Albano Schmidt, presidente da Termotécnica.

Ainda no Sul, na cidade de Maringá, a CIMFLEX transforma embalagens de pós-consumo agrícolas, de óleos lubrificantes, utensílios domésticos e tubos de PEAD em produtos para construção civil e infraestrutura. Ricardo Hajaj, Diretor Executivo da empresa, conta que desde que foi fundada em 2004, até hoje, já reciclou mais de 100.000 mil toneladas de resíduos pós-consumo.

Na região Sudeste, a pesquisa do PICPlast indica que 28,0% dos resíduos são reciclados, representando um aumento de 4,6%, um dos maiores índices desde 2018. Esse índice é seguido pelo Nordeste, que apresenta 16,3%, pelo Centro-Oeste, com 11,3%, e, por fim, a região Norte, que registrou 4,9%.

Esse é o resultado da atuação de empresas como a Lar Plástico, localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, que processa mensalmente mais de 1.200 toneladas de resíduos, transformando-os em paletes, caixas plásticas organizadoras, cestos para lixo, mesas e vasos em polietileno produzidos com resina 100% reciclada.

Leonardo Marino, CEO da Lar Plástico, destaca que a missão da empresa é impulsionar a economia circular e o desenvolvimento sustentável por meio da transformação do plástico. "Recebemos plástico pós-consumo e pós-industrial que, de outra forma, seria descartado em lixões e aterros. Integramos esses resíduos na cadeia produtiva, promovendo a circularidade do material. Desenvolvemos resina 100% reciclada de alta performance em laboratório próprio, seguindo as normas das principais petroquímicas, e 95% de nossa produção ocorre por meio de injeção e rotomoldagem de plástico PCR, resultando em uma solução pronta para a indústria que contribui para o alcance das metas de sustentabilidade", comenta.
 

O estudo revela que o país alcançou um índice de recuperação mecânica do plástico de 30,1%, uma taxa de reciclagem de embalagens de 28,7%, e uma reciclagem mecânica de descartáveis de 13,1%. Esses números indicam que a maior parte dos resíduos foi descartada de maneira apropriada, reduzindo os impactos negativos no meio ambiente. No total, a quantidade de resíduos consumidos na reciclagem em 2022 foi de 1.722 toneladas.

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