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Parlamentares defendem acerto no contrato de Nafta

27 de agosto de 2014
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A indefinição sobre o novo acordo de fornecimento de nafta da Petrobras à empresa Braskem já tem repercussões em Brasília. Além da Fiergs- Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, que, na semana passada, enviou carta à presidente da República, Dilma Rousseff, pedindo uma solução para o assunto, a Câmara dos Deputados também está acompanhando essa questão. Um dos políticos que está envolvido com o tema é o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, deputado federal Vanderlei Siraque (foto). O parlamentar espera que uma resposta seja encontrada antes do término do contrato atual entre as companhias, que ocorre no final deste mês.

Siraque diz que o assunto está sendo discutido com os representantes da Petrobras e do governo federal, abrangendo ainda os sindicatos de trabalhadores. Os valores da negociação entre a estatal e a Braskem são sigilosos, porém fontes indicam que a Petrobras almejaria aumentar em pelo menos 5% o preço da matéria-prima. O incremento afetaria a competividade da Braskem dentro do mercado internacional. “Somos defensores árduos da Petrobras, mas nesse caso a Petrobras está errada”, afirma o deputado. Siraque recorda que, se não for atingido um consenso, existe o risco de unidades petroquímicas interromperem a operação. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) considera que a definição quanto ao abastecimento de nafta passa por uma decisão política. O parlamentar enfatiza que a presidente Dilma é uma pessoa que conhece a realidade da indústria petroquímica nacional. “E, com a dimensão de um tema como esse, ela não pode ficar alheia”, salienta o parlamentar gaúcho.

Conforme o gerente de relações institucionais da Braskem no Rio Grande do Sul, João Ruy Freire, o grupo continua negociando com a Petrobras e ainda acredita que chegará a um final satisfatório. O executivo confirma que assim que acabar a tratativa com a estatal, será retomado o diálogo com a Synthos. Essa empresa planeja construir uma fábrica de borracha sintética em Triunfo, entretanto depende do butadieno da Braskem, que é feito a partir da nafta. Freire não espera que a discussão entre Petrobras e Braskem deixe sequelas no relacionamento das companhias. “É uma negociação que tem que ser concluída”, frisa.

João Luiz Zuñeda, diretor da MaxiQuim Assessoria de Mercado, argumenta que, caso não seja encerrado nessa semana o debate sobre um acordo mais longo entre as partes, será preciso, no mínimo, fazer um contrato que se estenda até o final do ano nas condições atuais. O consultor lembra que nos últimos dez anos a Braskem consolidou-se como a empresa brasileira com atuação global na área petroquímica. Zuñeda acrescenta que o fato de a Petrobras não estar conseguindo remunerar-se como gostaria no seu segmento principal (combustíveis), não é desculpa para tentar reverter o cenário fragilizando a cadeia petroquímica brasileira.

O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiquim/RS), Newton Battastini, é outro que acredita que o assunto será resolvido positivamente. O dirigente sustenta que iniciativas como a correspondência que o presidente da Fiergs, Heitor Müller, enviou, na semana passada, à presidente Dilma Rousseff para alertar sobre os riscos da situação, devem sensibilizar o governo. O Sindiquim/RS, em parceria com a Braskem, realizou ontem, na Fiergs, o fórum “A química em seu estado mais inovador”. (Jefferson Klein/Jornal do Comércio -RS)

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