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Déficit em produtos químicos se agrava com turbulento cenário econômico

26 de outubro de 2018
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A falta de competitividade mais uma vez prejudica a balança comercial de produtos químicos. De janeiro a setembro, o déficit chegou a US$ 21,6 bilhões, representando um aumento de 21,5% em relação a igual período de 2017. Nos últimos 12 meses (outubro de 2017 a setembro deste ano), o déficit já atingiu US$ 27,3 bilhões e as expectativas são de que o déficit acumulado deste ano deva ser de US$ 28 bilhões, maior resultado desde 2014. Em setembro, o Brasil importou praticamente US$ 4 bilhões em produtos químicos, valor que representa aumento de 5,2% em relação a igual mês de 2017, ao passo que o valor exportado, de US$ 1,1 bilhão, significou uma redução de 8,3% na mesma comparação. Os produtos químicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 879 milhões no mês, aumento de 52,4% contra setembro de 2017. Já as mercadorias mais exportadas foram as resinas termoplásticas com vendas de US$ 191 milhões, crescimento de 11,0% em igual comparação.

No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as compras externas de produtos químicos somam US$ 31,6 bilhões, uma elevação de 13,4% frente ao mesmo período de 2017, enquanto as vendas externas alcançaram a marca de US$ 10 bilhões, valor 0,9% abaixo do que o registrado entre janeiro e setembro de 2017. Em termos de volumes, as importações, de 31,5 milhões de toneladas, são apenas inferiores ao registro do mesmo período de 2017, que foram de 32,9 milhões de toneladas, recorde para o acumulado entre janeiro e setembro de um mesmo ano, desde o início do acompanhamento das quantidades importadas em produtos químicos, com compras externas concentradas em produtos químicos para o agronegócio, cujas importações de mais de 20,9 milhões de toneladas representam aproximadamente 70% do volume total importado.

Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, Denise Naranjo, a escalada das tensões comerciais entre as maiores economias do mundo, o delicado momento econômico enfrentado pela Argentina, principal mercado de destino das exportações brasileiras de produtos químicos, a ainda instável retomada do crescimento nacional e a forte oscilação cambial do real frente ao dólar serão variáveis determinantes para a balança comercial até o final do ano. “O último trimestre de 2018 será particularmente desafiador, tendo em vista o turbulento cenário internacional e que no Brasil é preciso sermos pragmáticos quanto ao posicionamento estratégico que o País tem que assumir na nova realidade do comércio global e, nesse contexto, imediatamente se retomar a agenda de fortalecimento da competitividade da indústria com políticas públicas que promovam mais produção nacional e atração de novos investimentos. Só assim o País conseguirá nível maduro de desenvolvimento econômico coerente com seu tamanho e que permita a sua inserção internacional de maneira responsável e sustentável”, avalia Denise.
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